Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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31 de março de 2014

Música e dança na Pré-História


 Sabe-se que o homem primitivo teve desde muito cedo necessidade de comunicar. Para isso usava, por exemplo, sinais sonoros como: gritos, sons corporais, batimentos com pedras ou com ramos de árvores, etc. No fundo, o homem pré-histórico tinha como principal objectivo o de imitar a natureza e não o de fazer música. Mas desde o momento que o homem começou a produzir sons com a intenção de fazer música, pode-se afirmar que se deu início ao longo percurso da história da música. Assim o homem começou a fazer uso da música nas suas cerimônias e rituais, como por exemplo, na evocação das forças da natureza, no culto dos mortos, no decorrer da caça,...
Começou por usar apenas a voz e os diversos sons corporais, mais tarde, também introduziu gradualmente instrumentos que construía para usar nas suas músicas e danças numa tentativa de agradar mais aos deuses.
Depois de descobrir a beleza e a funcionalidade da música o homem nunca mais se separou dela.
Não temos, hoje, clareza nem de quando e nem de que por que razões o homem dançou pela primeira vez, no entanto na medida em a arqueologia consegue traduzir as inscrições dos “povos pré-históricos”, ela nos indica a existência da dança como parte integrante de cerimônias religiosas, nos permitindo considerar a possibilidade de que a dança tenha nascido a partir ou de forma concomitante ao nascimento da religião. Foram encontradas gravuras de figuras dançando nas cavernas de Lascaux, na medida em que estes homens usavam estas inscrições para retratar aspectos importantes de seu dia-a-dia e de sua cultura, como os relacionados à caça, a morte e a rituais religiosos, podemos inferir que essas figuras dançantes fizessem parte destes rituais de cunho religioso, básicos para a sociedade de então.
A dança, provavelmente, veio da necessidade de exprimir a alegria ou de aplacar fúrias dos deuses.


 ATIVIDADE: Criar um desenho que mostre movimento e em que se consiga imaginar sons, música, canto, como no modelo acima.

27 de março de 2014

Romero Brito


"Abaporu" de Tarsila do Amaral e "Abaporu" de Romero Brito - Releitura da pintura de Tarsila do Amaral


Romero Britto é um artista brasileiro que foi criado em favelas de Recife e hoje vive nos Estado Unidos. Seus trabalhos são coloridos e alegres e sou admirado no mundo todo.
Começou a vender seus primeiros quadros nas feiras de Recife.
Em 1989, um empresário sueco conheceu e gostou de seus trabalhos e contratou para promover seus produtos nos Estados Unidos.
Suas pinturas tornaram-se conhecidas e hoje, seus quadros são adquiridos por várias personalidades internacionais do cinema, da musica, do esporte e da política.

Empresas com interesse em cultura popular, como Absoluty Vodka, IBM, Disney, Pepsi e Grand Manier, incorporaram as pinturas de Britto em seus projetos especiais.

O trabalho de Romero Brito é dividido em linhas pretas e colorido com com cores variadas e contrastantes recheadas de elementos como traços e círculos maiores e menores.

Sugestão:
Fazer Releitura da Monalisa no estilo de Romero Brito



Trabalho em equipe: Cartaz: 
Fazer uma releitura da pintura "O grito" usando papéis coloridos,  
observando as características de Romero Brito



24 de março de 2014

Povos indígenas paranaenses



Os povos indígenas foram os primeiros habitantes do Estado do Paraná. Foram eles os recepcionistas dos portugueses.  Varias nações habitavam o território paranaense, ocupavam as florestas tropicais e as margens dos rios. Atualmente existem três etnias indígenas Tupi-Guarani, com várias nações: os Guarani, a maior delas, os Kaingangues e os Xetá. Os Tupis ocupavam o litoral, o nordeste e o oeste do Estado. Os Kainganges tinham uma concentração maior nas terras altas, regiões de campos e florestas de araucárias. Os Jês também habitaram o Estado, mas foram praticamente dizimados. Estudos mostram que hoje restam apenas oito sobreviventes espalhados, um em cada lugar. Com a ajuda de sociólogos e da FUNAI, reivindicaram seus direitos e o reconhecimento de sua cidadania, conseguiram documentos pessoais, aposentadoria e atendimento dos programas sociais.
Os Tupi habitaram a região onde moro, Alto Piquiri. No município não restou nenhum vestígio nem habitantes indígenas que se tenha conhecimento. Documentos sobre a história do Município de Alto Piquiri afirmam que a região foi habitada por índios da nação Kaigangue na região do Pai-querê, terras altas e férteis situadas entre os vales dos rios Piquiri, Ivaí e Iguaçu, motivo que deu o nome ao Salto Paiquerê, http://www.panoramio.com/photo/78213210 no rio Goio-Erê, que limita os Municípios de Alto Piquiri e Mariluz.  Na região de Serra dos Dourados, divisa com Mato Grosso do Sul, nos municípios de Umuarama, Cruzeiro do Oeste, Icaraíma, Douradina e outros, habitaram os Xetá.
Os Tupi-guarani tinham uma cultura bastante desenvolvida, se comparada a outras nações indígenas. Fabricavam seus próprios utensílios. Desenvolveram uma cerâmica bastante adiantada, confeccionando em grande quantidade. Essa cerâmica era cozida. Usavam fibras de taquara na confecção de cestas e outras peças. Sabiam tecer o algodão. Com ele fabricavam redes e tecidos aperfeiçoados. Suas ocas eram feitas de madeira cobertas com folhas de palmeira. Aprenderam a extrair um veneno da raiz da mandioca e torná-la  comestível. Preparavam alimentos, fabricavam cerâmicas, Construíam suas ocas e armas para guerra, caça e pesca. No Litoral do Paraná ainda se encontram alguns vestígios de Sambaquis. São conchas, ostras, ossos de animais marinhos, restos de cozinha indígena pedras amontoados irregularmente, onde se encontram material arqueológico acumulados. Nestes locais também são encontrados jazidas arqueológicas, evidências de pedras, ossos e cerâmicas, trabalhados por indígenas pré-históricos. São os zoolitos, figuras de pedra, reproduzindo geralmente aves, animais, peixes de forma rudimentar.
Esses povos têm seus esportes, sua dança, sua pintura corporal, seu trançado em palha, sua música e seus mitos.
Ainda hoje, as tribos indígenas paranaenses remanescentes, com a ajuda da FUNAI, lutam por seus direitos, reivindicando terras, educação para os filhos, manutenção de sua cultura. Muitas vivem na miséria, sem assistência médica e social. Se não quiserem viver marginalizados, precisam se organizar e resistir através de movimentos, impedindo a passagem de carros, viajando até Brasília, correndo riscos. Precisam se organizar, eleger um líder, pois muitas vezes são tratados como se não fossem brasileiros. É claro que algumas tribos já desfrutam de concessões, mas ainda há muito por fazer. A burocracia é lenta. Enquanto isso, os indígenas correm o risco de terem sua cultura perdida para sempre e o Brasil uma parte de sua História.






20 de março de 2014

Ecologia

A crueldade do homem representada em um desenho animado

 

O homem pode planejar ações que evitem a destruição da natureza, possibilitando um futuro melhor para a humanidade.

18 de março de 2014

Arte pré-histórica



A arte pré-histórica é a mais antiga forma de arte conhecida. Tudo o que conhecemos desse período são o resultado das pesquisas de antropólogos e historiadores e dos estudos da ciência
arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.
As primeiras produções da Idade da Pedra datam de 15000 a.C., época em que o homem esculpiu estatuetas de deusas e pintou bisões, veados e gados nas paredes das cavernas, como nas grutas de Altamira e de Lascaux. No período paleolítico, 8000 a.C, foram deixados notáveis desenhos e pinturas rupestres. o pintor-caçador do Paleolítico supunha ter poder sobre o animal desde que possuísse a sua imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente num desenho. Utilizavam as pinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas. O homem deste período era nômade.
No período mesolítico, 5000 a.C, as pinturas já retratavam guerras intertribais, cenas da colheita e caçadas. No período neolítico, 5000-2500 a.C, as pinturas eram bastante elaboradas sobre as pedras.


Os artistas da Pré-História realizaram também trabalhos em escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas. Predominam figuras femininas. Destaca-se: a Vênus de Willendorf. 


As manifestações de pintura rupestre podem ser encontradas em todo o território brasileiro, porém são pouco conhecidas. Exemplos desse tipo de pintura são encontradas em áreas como Sete Cidades, no Piauí, e Lagoa Santa em Minas Gerais.







ARTE:
A arte tem sido definida de diferentes formas. Alguns artistas tentaram definir um conceito para a arte. Conheça algumas definições:
            “Será arte tudo o que eu disser que é arte” (Marcel Duchamp)
            “A beleza perece na vida, porém a Arte é imortal” (Leonardo Da Vincci)
            “Se eu pinto meu cachorro exatamente como é, naturalmente terei dois cachorros, mas não uma obra de arte”. (Goethe)


ATIVIDADE: 
Desenhe e pinte um cachorro, procurando fazer uma obra de arte.

            Tamanho: 12cm x  18cm



TRAÇOS ENCONTRADOS EM PINTURAS RUPESTRES



ATIVIDADE: 
Fazer pinturas rupestres nas figuras abaixo
Expor as figuras num painel




ATIVIDADE:
Ilustrar os potes abaixo com traços selecionados dos quadros a seguir:







17 de março de 2014

Fotografia

A humanidade sempre desejou registrar momentos e imagens, sejam eles, bons ou ruins, feios ou belos. Com o passar dos anos  e com o empenho de muitos estudiosos isso foi se tornando realidade, e cada vez melhor. A fotografia  tem a capacidade de congelar momentos e torná-los visíveis para outras pessoas. São capazes de apresentar outro tipo de informação - a visual e mesmo que as imagens fiquem amareladas, elas continuam ali. A fotografia é a prova de que vivemos, ficamos mais velhos, com a vantagem de ver fragmentos de nossas vidas. Ela denuncia injustiças, mostra o tempo, a moda, a classe social, o momento político, a estação do ano, a hora...  Muitas famílias têm fotografias antigas guardadas. Elas  
são documentos que podem ser estudados para se conhecer como eram as pessoas, como viviam, como pensavam. A fotografia pode ser um importante instrumento para recuperação da história pessoal e social. É preciso ter um olhar atento para identificar as diferenças em relação às fotografias atuais a partir das informações sobre luz, sombras, cor, paisagem, cenário, figurino, tipo de vestimenta que mais chamam a atenção. 

 Breve análise de uma fotografia antiga:

FamiliaSiegle-gentilezaMariaInesEscalonaPurcell2005

Uma família numerosa. Aparenta ser a foto familiar de um casal mais velho e sua prole. Dentre esses, alguns já casados e com filhos também.  Percebe-se três gerações: à frente estão as crianças e um jovem; no centro, sentados estão os mais velhos. No fundo, em pé, estão os mais jovens. Todos se prepararam para esse momento, vestiram roupas de passeio: os homens, terno e gravata, as mulheres e as meninas, vestidos. As mulheres mais jovens, as meninas e os bebês usam roupas claras. Todos usam roupas de mangas compridas, parecer ser inverno, porque os meninos usam roupas grossas. Os cabelos das mulheres são longos.  Todas estão com eles muito bem arrumados, um sinal da vaidade feminina. Todas as pessoas estão estáticas, a impressão que se tem é de que há um profundo silêncio. As meninas que ladeiam o menino vestem roupas iguais, um costume da época, quando as compras eram feitas com o máximo de economia. Provavelmente, para evitar sobras e para igualar a importância das filhas, escolhia-se o mesmo tecido e o mesmo modelo.  
            O fundo é confuso, aparenta ser um ambiente externo, mas lateralmente estão visíveis móveis e pintura. 

14 de março de 2014

Lugares Sagrados

LUGARES SAGRADOS São lugares consagrados a um culto religioso. 

Torre de Babel

No início de sua história o homem usava, para as suas orações, o alto das montanhas, ou o refúgio sob as árvores de bosques e florestas. Esses lugares eram considerados sagrados. Mas era perigoso, um inimigo ou um animal feroz podia atacá-lo. Os templos religiosos surgiram quando houve a necessidade do homem buscar proteção conta inimigos ou animais , então ele construiu os muros.

Os primeiros templos surgiram entre os sumérios, 4000 anos A.C. na Mesopotâmia, região situada entre os rios Tigre e Eufrates, Os primeiros templos eram  feitos de tijolos secos ao sol e eram bastante simples, sem teto, chamavam-se Zigurate.

Zigurate
Os templos egípcios, que surgiram depois, tinham colunas, mas eram descobertos. Depois de séculos, fizeram um teto imitando a abóbada celeste. Os templos egípcios e babilônicos influenciaram, os templos hebraicos, ou templo de Salomão, e serviram de  modelo para as igrejas atuais. Foi com os gregos que a construção de templos tornou-se a mais alta expressão da arquitetura antiga, influenciando todas as culturas, inclusive a nossa.

O lugar mais sagrado do judaísmo era o Templo, construído no monte Moriá em Jerusalém. Ele foi destruído pelos gregos . O segundo Templo, construído no mesmo lugar, foi destruído pelos romanos. Um outro lugar sagrado em Jerusalém é o monte das Oliveiras,ele era um cemitério.


LUGARES SAGRADOS NA NATUREZA: - São espaços geográficos abertos, como Cachoeiras, montanhas, vales, grutas naturais, planícies, rios, florestas onde se faz reverencia a algum ser superior.






LUGARES SAGRADOS CONSTRUÍDOS
são templos, construções e monumentos para a experiência do sagrado.

Os lugares sagrados construídos podem ser classificados em:

Lugares destinados ao culto religioso:
            (mesquita, sinagoga, igreja, templo, terreiro, santuário);
Lugares para a vivência espiritual:
            (mosteiro ou convento, seminário);
- Lugares de culto ou reverência aos mortos:

            (ceminários, necrópoles, túmulos, catacumbas).









Caaba




Templo indiano - Taj Mahal


13 de março de 2014

Arte egípcia

Imagem do Museu egípcio, Curitiba

            A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do Antigo Egito localizada no vale do Rio Nilo no Norte da África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na religião durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3000 anos antes de Cristo e demarcando diferentes épocas que auxiliam na clarificação das diferentes variedades estilísticas adotadas: Período Arcaico, Império Arcaico, Império Antigo, Império Médio, Império Novo Época Baixa, Período Ptolomaico e vários períodos intermédios, mais ou menos curtos, que separam as grandes épocas, e que se denotam pela turbulência e obscuridade, tanto social e política como artística.
            O tempo e os acontecimentos históricos encarregaram-se de ir eliminando os vestígios desta arte ancestral, mas, mesmo assim, foi possível redescobrir algo do seu legado no Século XIX em que escavações sistemáticas trouxeram à luz obras capazes de fascinar investigadores, colecionadores e mesmo o olhar amador.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_do_Antigo_Egito


SUGESTÃO:
Mostrar rapidamente as múmias pintadas, pedir aos alunos que observem como são diferentes umas das outras e orientar para que pintem o modelo abaixo fazendo modificações. No final da aula, os alunos devem colar as múmias num painel para observação de outros alunos.

Desenho e confecção de máscaras egípcias.


http://www.pinterest.com/pin/367747125794524042/


Créditos a http://www.pinterest.com/strollercoaster/design/


Fazer colagem e expor as produções dos alunos


http://www.pinterest.com/pin/367747125794524042/



Desenhe uma máscara


Como fazer uma múmia


http://media-cache-ec0.pinimg.com/236x/0d/e8/ba/0de8ba1bda09db86290d87d48917a04d.jpg





12 de março de 2014

Cândido Portinari

OS RETIRANTES


Os Retirantes _ Cândido Portinari – 1944 - Óleo s/ Tela. 190 x 180 cm
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.

            Cândido Portinari nasceu em 1903 em Brodosqui, Estado de São Paulo. Desde criança trabalhou na lavou de café, fato que influenciou sua obra. Aos 9 anos entrou em contato com a pintura, auxiliando na restauração da Igreja Matriz local. Aos 15 foi sozinho para o Rio de Janeiro onde trabalhou durante o dia e estudou  Artes à noite. Começou a expor seu trabalho e em 1925, com 23 anos,  atraiu a atenção dos críticos. Tornou se uma artista admirado no Brasil e na Europa, onde conheceu vários países e obras de pintores famosos.  Voltou para o Brasil e encontrou sua maneira de pintar. O café passou a ser seu tema favorito. Pintou grandes painéis em locais públicos e passou a expressar a realidade vivida pelos trabalhadores: Cansaço, sofrimento e temas políticos. Numa viagem a Nova York visitou o museu de Arte Moderna e conheceu a pintura cubista de Picasso, Guernica e se Surpreendeu. Neste momento de sua vida era grande admirador do Partido Comunista, o que fez com que suas obras fossem  rejeitadas até pela Igreja e assim ele o passou ele passa a ser visto como um perigo à sociedade. Naquele momento histórico, a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto aconteciam na Europa, No Brasil, o nordeste é dizimado pela seca, e Getúlio Vargas é o Presidente da República.
Portinari pintou “Os Retirantes”  sob esses acontecimentos. 

Numa análise estética percebe-se que sua obra recebeu influências de Pablo Picasso, pois tem traços do cubismo, algumas roupas têm formas geométricas. Não existe perspectiva, é com se fosse uma escultura. O fundo distante tem umas poucas montanhas bem claras. As cores são escuras e dão um ar pesado à tela.
Portinari empenhou-se em mostrar a falta de uma política sem preocupação com a situação do nordestino brasileiro. Mostrou a situação de trabalhadores rurais que eram penalizados sempre que a miséria atingia, como acontecia no país naquele momento.  A pintura “Os Retirantes”, acentua as desigualdades sociais: a pobreza e consequentemente  a fome. São nove personagens que olham para o expectador. A tela mostra a necessidade que o nordestino tem de abandonar sua terra em busca de uma vida melhor em outra parte do país. Duas famílias, duas gerações. Analisando dessa forma, é possível perceber que Portinari foi realmente um homem voltado para as questões sociais, pelo fato de ter presenciado isso no Brasil, um pintor que procurou retratar pessoas reais, famílias numerosas, o homem, preso ao campo e o Brasil, essencialmente rural, e isso o incomodava.

            Esses argumentos são imprescindíveis  quando se quer observar a obra do ponto de vista poético. Portinari foi influenciado desde pequeno pelo que presenciou. Para atingir seu objetivo de atrair a atenção da situação brasileira, Portinari lançou mão da dramatização. Procurou criticar o sistema de governo para chamar a atenção e provocar uma mudança. Mostrou-os paupérrimos  e em pleno êxodo, tudo o que têm, cabe numa pequena trouxa: A pé, descalços,sem o mínimo de segurança e bem estar, duas famílias com filhos pequenos fogem da seca. A miséria e o perigo iminente de morte. os igualou. Todos são mostrados desfigurados, cadavéricos, com ar de tristeza e solidão, esfarrapados, nus ou seminus buscando apoio encontrando proteção uns nos outros, já que não podem contar com ninguém mais, como Portinari estava habituado a ver.  Usou cores escuras, como se as pessoas estivessem sujas.  Portinari também mostrou um grave problema de saúde: uma criança seminua com aparência de portadora de esquistossomose, uma doença acarretada geralmente quando há falta de saneamento básico. Não há nenhuma vegetação. Avista-se ao longe o cume de algumas montanhas. O céu também foi pintado para chamar a atenção. Além de escuro, muitos pássaros negros, abutres, esperando o momento em que o grupo não resistir mais e sucumbir. O cajado do senhor mais idoso e uma ave formam uma imagem que lembram o cajado da personagem morte. O sofrimento desta família mostra a situação de inúmeras famílias brasileira. Portinari não poupou esforços para fazer uma crítica social.

            Ao retratar a realidade brasileira,  Portinari atingiu seu objetivo e eternizou a obra. Mesmo sendo uma pintura da década de 40, ainda pode ser considerada uma pintura atual”. Ele mostra  problemas sociais que apesar da critica, continuam requentes, embora atualmente existam muitos programas sócias.

7 de março de 2014

Apenas uma gota



"Nós mesmos sentimos que o que estamos fazendo é apenas uma gota no oceano. Mas o oceano seria menor se faltasse essa gota.

(Madre Teresa, frases sobre a força das mulheres)

Dia Internacional da Mulher


A você mulher:
Que cuida do lar, do sustento familiar, da educação dos filhos;
Mulher que dá força, coragem para enfrentar as dificuldades do dia a dia;
Que dá carinho e amor;
Mulher mãe, profissional, esposa, amiga, 

Parabéns pelo seu heroísmo!

6 de março de 2014

Indústria Cultural

http://www.pulpitocristao.com/wp-content/uploads/2011/06/manipulacao.jpg


No Século XIX havia diversos tipos de cultura: a popular, a erudita; a nacional; a cultura geral e outras, só os burgueses tinham acesso a ela. No Século XX surgem novos meios de comunicação e estas culturas foram dominadas pela Indústria Cultural com o objetivo de atingir a massa, isto é, a maioria da população.. O cinema, o rádio e a televisão, ganharam destaque e passaram a igualar os tipos de cultura. Essa divulgação teve auxílio dos meios de comunicação: jornais, revistas, rádio, TV, internet.

            A Indústria Cultural é o resultado de uma atividade econômica produzida em larga escala, está ligada ao capitalismo industrial e financeiro e oprime as demais culturas, valorizando  somente os gostos culturais da massa. Não respeita a propriedade intelectual (autor, marcas, patentes) e pratica a pirataria de livros, CDs e filmes, obras de arte. As pessoas consomem produtos padronizados, influenciadas pela propaganda maçante e sensacionalista que gera uma necessidade compulsiva de comprar. As pessoas compram sem pensar. Quem não consome se sente marginalizado e pode ser discriminado por não ser idêntico. O objetivo do fabricante é manter o controle e assim garantir o seu lucro.

            Edgar Morin afirma que uma industrialização se processa paralelamente, mais sutil e mais perigosa, a industrialização da alma humana que acontece na imaginação e dá às pessoas meios de escapar da dura realidade social, diminuindo sua capacidade de pensar por si próprio, pois a Indústria Cultural promete vida e felicidade para as pessoas. Exemplos:
            - Filmes, programas e novelas que agradam a maioria; telejornais que apresentam uma realidade difícil, enquanto as novelas apresentam uma realidade fácil; tristeza com a morte de um personagem da novela e indiferença com uma morte real.
             - Um outro exemplo pode ser constatado através da música. Os músicos são escravos das gravadoras. Eles só podem gravar músicas que vendem bem, mesmo que elas não tenham qualidade. O músico que não vende bem é descartado. Por esse motivo as letras musicais são muito parecidas, geralmente de conteúdo medíocre, só preenchem o silêncio e geram falta de comunicação. Além disso, influenciam na formação e no comportamento das crianças e despertam a sexualidade precoce.
           

            A Indústria Cultural é imposta e torna quase inevitável o seu consumo, principalmente se as  pessoas não têm o seu olhar e a sua sensibilidade educados e o acesso indispensável à diversas culturas. É quase impossível resistir às imagens e símbolos que inundam a mente humana o tempo todo. Este é o motor que move a indústria cultural e aliena as mentalidades despreparadas.

http://enancib.sites.ufsc.br/index.php/enancib2013/XIVenancib/paper/viewFile/545/473








 Observe as cores usadas em Che Guevara e pinte a imagem da moça 






Pinte o Papai Noel em cores diferentes da tradicional.


Leia:  
Todo mundo precisa consumir para viver. Comer, vestir-se, morar, passear, viajar fazem parte do ritual de compra, venda e troca que persegue o homem há séculos. Mas para grande parte da humanidade o ato de comprar atingiu um sentido quase transcendental. Ter virou sinônimo de ser. A capacidade de adquirir e possuir coisas passou a ser o termômetro que mede valores como competência, felicidade e sucesso. Quem pode consumir está no topo. Quem não pode é ignorado pelo outro lado.
http://revistaforum.com.br/blog/2011/10/consumo-logo-existo/

Responda:
a- Por que as pessoas consomem?
b- O que as leva a consumir?



Eu Adoro Minha Televisão

Capital Inicial

 

Eu adoro a minha televisão
Ela me conta as coisas como elas são
Se as coisas vão mal
É só mudar de canal
Eu adoro minha televisão
Ela é: meus olhos, meu coração
Estando triste ou contente
O que eu sinto, ela sente
Eu prefiro ficar
Deitado no sofá
Olhando a maravilhosa vida dos outros
Passar
Eu adoro minha televisão
Diante dela eu fico sem ação
Ela me faz muito bem
Eu não preciso de mais ninguém
Eu adoro a minha televisão
Felicidade apertando um botão
Vejo o que eu nunca vou ter
Vejo quem eu nunca vou ser
Eu prefiro ficar......




O personagem da música diz que adora a televisão dele, e explica os motivos. Fale com ele e explique o que você aprendeu sobre Indústria Cultural, fale se você concorda ou discorda dele e por quais motivos.


Os calçados estão entre os produtos de consumo mais desejados pelas mulheres. Faça uma colagem em forma de mosaico. 



Crie uma colagem usando recortes de produtos da Indústria Cultural.