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Hamid pediu tempo para pensar. Foi até o túmulo de seu pai, rezou a tarde inteira. Caminhou durante a noite pelo deserto, sentiu o vento que congelava os seus ossos, e voltou até o hotel onde os estrangeiros estavam hospedados. “Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”, diz um provérbio árabe.
Precisava das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua, descobrimos como nossos antepassados superavam seus problemas. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por esse lugar.
Precisava das asas. Elas nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes, e aprender com eles.
Pediu inspiração a Deus, e começou a rezar. Duas horas depois, lembrou-se de uma conversa de seu pai com um dos amigos que freqüentava a loja de tecidos:
“ Hoje de manhã, meu filho me pediu dinheiro para comprar um carneiro; devo ajuda-lo?
“ Essa não é uma situação de emergência. Então, aguarde mais uma semana antes de atender o seu filho.
“ Mas tenho condições de ajudá-lo agora; que diferença fará esperar uma semana?
“ Uma diferença muito grande. A minha experiência mostrar que as pessoas só dão valor a algo quando têm a oportunidade de duvidar se irão ou não conseguir o que desejam.
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O vencedor está só – Paulo Coelho
Obrigada pela ocasião de ler um pouco de Paulo Coelho. Os meus alunos gostam de lê-lo.
ResponderExcluirTudo de bom!
beijo