LEVOU UM PUXÃO DE ORELHA
A origem desta frase, expressão que significa repreender, está ligada a antigas tradições populares, que a recolheram de usos e costumes nem sempre vagos, já que inspirados também em documentos jurídicos. As Ordenações Afonsinas prescrevem que os ladrões tenham as orelhas cortadas. O grande navegador português Vasco da Gama (1469-1524) relatou o corte de 800 delas. E Gomes Freire de Andrade, o conde de Borbadela (1685-1763), governador e capitão-geral do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, personagem do filme Xica da Silva, de Carlos Diegues, recebeu 7800 delas. Depois as orelhas deixaram de ser cortadas e foram somente puxadas. Por fim, tudo virou apenas metáfora de admoestação.
A CASA DA MÃE JOANA
A expressão ‘casa da mãe joana’ alude a um lugar em que se pode fazer de tudo, onde ninguém manda. A mulher que deu o nome a tal casa viveu no século XIV. Chamava-se, obviamente, Joana e era condessa de Provença e rainha de Nápoles. Teve vida cheia de muitas confusões. Em 1347, aos 21 anos, regulamentou os bordéis da cidade de Avignon, onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: “o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar”. ‘Casa da mãe joana’ virou sinônimo de prostíbulo, de lugar onde impera a bagunça, mas a alcunha é injusta. Escritores como Jean Paul Sartre, em A prostituta respeitosa, e Josué Guimarães,
ÁGUA MOLE
Utilizada para designar a pertinácia como virtude que vence qualquer dificuldade, por maior que seja, esta frase perde-se nas brumas do tempo, mas um de seus primeiros registros literários foi feito pelo escritor latino Ovídio (
SER SURDO COMO UMA PORTA
A pesquisa sobre a origem desta frase toma um caminho que logo se bifurca. Para alguns deve-se a costumes religiosos da Roma antiga, segundo os quais algumas portas eram consideradas deusas a quem muitas pessoas, especialmente os namorados, faziam suas súplicas. Quando os pedidos eram atendidos, a porta recebia agradecimentos em forma de palavras, abraços, beijos, lágrimas de alegria. Quando, porém a porta se mostrava surda Às solicitações, era ofendida com diversos impropérios que visavam castigar a sua surdez. O costume foi registrado pelo escritor latino Festus, que viveu no século quarto. O filósofo João Ribeiro (1860-1934) tem, porém, outra explicação. Surda era a porta que não abria por ter seus fechos emperrados e por conseguinte não emitia som algum.
TAL PAI, TAL FILHO
E, eu não digo que aprendo muito vindo aqui?! ;)
ResponderExcluirBeijos e fica bem
Muito bom! Além de divertido, educativo e instigante para novas pesquisas!!
ResponderExcluirAdorei seu blog.Muito interesante ....
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