Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

TRANSLATE

Busque arquivos antigos

Mostrando postagens com marcador Dadaísmo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dadaísmo. Mostrar todas as postagens

10 de maio de 2015

Marcel Duchamp



 É o observador quem faz o quadro - Marcel Duchamp
O Dadaísmo surgiu numa época de caos, a Primeira Guerra Mundial, quando a humanidade já não encontrava sentido na arte, na ciência, na religião e na filosofia. Foi criado com a finalidade de mostrar esse descontentamento geral, denunciar injustiças e escandalizar. Para isso usou do absurdo. Seu principal representante foi Marcel Duchamp, para quem a obra de arte não precisava ser feita pelas mãos do artista, o que importava era o resultado final. Duchamp queria mostrar que tudo que possui uma forma é uma obra de arte. Numa exposição, levou um urinol. A respeito do objeto disse: se o sr. Mutt fez ou não a fonte com suas próprias mãos, não importa. Ele a escolheu... criou uma nova idéia para esse objeto.”

            Duchamp propôs um novo olhar para a arte, usando objetos comuns. Foi um convite para uma reflexão. Com isso ele valoriza a criação intelectual e física do objeto exposto, era o local que e a forma que era visto que o valorizava. Fora dali o objeto se tornava comum. Foi a forma que encontrou de romper com padrões. Sua arte desafiadora perturbou e escandalizou, pois Duchamp não tinha preocupação em agradar.
A libertação da Arte de seus clássicos padrões de beleza foi, sem dúvida, a maior contribuição para a humanidade do francês Marcel Duchamp. Sua irreverência influenciou e mudou o pensamento de sua geração e de gerações posteriores quando afirmou que é o observador quem faz o quadro. A partir de então, o que importa é a emoção despertada em cada um.
A arte sempre existiu. O homem pré-histórico mostrou isso nas pinturas rupestres. De lá para cá, o conceito de arte nunca foi instável, mudou em todos os tempos e em todas as culturas. Surgiram movimentos artísticos com características filosóficas e foram substituídos por outros, sempre se adequando ao momento histórico.
Duchamp foi um precursor. Pensou a arte fora dos padrões de sua época. Irreverente, revolucionário e transgressor, rompeu com esses padrões por não concordar com os critérios de avaliação e seleção de obras de arte. A exposição de um urinol chocou o público e gerou uma polêmica entre os críticos, mas com essa atitude ele expandiu os horizontes da arte. A partir de então, qualquer objeto fabricado industrialmente tornou-se uma obra de arte em potencial, bastava vê-lo como tal.
Depois dessa exposição, a arte desceu de seu pedestal e se popularizou. Assim, todas as pessoas, de qualquer idade, em qualquer lugar, passaram a ter contato com ela e adquiriram o poder de criticar, porque para essa nova visão o que importa é a emoção que a arte desperta. Sua finalidade é levar cada espectador a refletir individualmente, com total liberdade,  sobre o que vê. Agora, segundo o artista, “É o observador quem faz o quadro”, isto é, cada um tem plena liberdade de classificar o que é uma obra de arte, sem estar preso a antigos padrões, com os quais Duchamp não concordava.

Portanto, esse novo pensamento, que influenciou os movimentos artísticos posteriores, despertou no espectador, maior sensibilidade e respeito pela arte. Ele passou a enxergá-la ao seu redor e a interagir com ela em toda a parte.