Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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Mostrando postagens com marcador Poesias - I. Mostrar todas as postagens
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9 de janeiro de 2009

Tudo esclarecido

Tudo esclarecido
entre as coisas
e os seus
sig
ni
ficados
o que se viveu
tá vivido
o assunto
virou passado
e o que passou

esquecido


entre as coisas esquecidas
estão as melhores lembranças
entre as coisas perdidas
estão os grandes achados

Alice Ruiz

23 de agosto de 2008

A flor

Que linda flor! dizeis porém
reparei bem:
vede que a sábia Natureza
não lhe deu só beleza,
mas fê-la útil também.


Beleza que é só beleza
embora que nada se iguale,
é coisa fútil...
Pois, com fraqueza,
ser belo de nada vale,
se não se é útil.


Leis da vida, leis do amor!
Tudo produz, e o produto
novos produtos adiante,
constante, continuamente!
A flor se transforma em fruto,
o fruto faz-se semente,
volta a semente a ser planta,
torna a planta a abrir-se em flor!


Se tudo é útil no mundo,
e produtivo, fecundo,
nós, por nosso próprio bem,
trabalhemos, estudemos,
sejamos úteis também!


Afonso Lopes de Almeida

18 de agosto de 2008

Salmo

Àqueles que fazem da política
uma cômoda profissão





Bem-aventurado
o poeta que canta
e encanta
que alegra a vida em versos.

Bem-aventurado
o homem íntegro, reto, o bom político
que faz a santa e sólida política
engrandece o povo,
faz crescer uma cidade
e não aquele que na sórdida monolítica
promove a si mesmo
numa escandalosa vaidade.

Bem-aventurado
quem não esconde a verdade
nas gavetas do escritório
não participa de concorrências fraudulentas
e não corrompe títulos no cartório.

Bem-aventurado
quem não rouba do pobre
não transforma o irmão em paria
para seu próprio proveito
engordando a conta bancária.

Bem-aventurado
aquele que não se torna instrumento
da multinacional propaganda
da ideologia do lucro
não abaixa a cabeça, mas levanta e grita
contra as falácias, as mentiras
dos chicanistas e corruptos.

Bem-aventurado
quem não espia a vida alheia
não espalha cizânia e medo
não apunhala seu irmão pelas costas
e não atira seu irmão na fornalha e na teia.

Bem-aventurado
aquele que se levanta
contra a opressão e a injustiça
que constrói a paz, que não engana o povo
que fala a verdade,
com palavras puras e castiças
que canta o estribilho do amor
do Mandamento Velho, sempre Novo
pregado e vivido por um Homem-Deus
que se fez pobre entre os pobres
para que toda a humanidade
Vivesse e lutasse por ideais mais nobres.

Pedro Thomaz Pereira

28 de julho de 2008

Voar é preciso


Passamos uma vida presos,
Qual pássaros em suas gaiolas!
Medo de amar, de olhar a vida de frente...
E naquele pequeno espaço,
Cantamos nossas dores e sonhos!


Muitas vezes, as portas de
Nossas gaiolas se abrem...
Mas permanecemos ali, acostumados,
Encolhidos nas nossas vontades e sonhos!


Brinquem um pouco com a vida!
Não tenham medo dos rochedos
E sobre eles, estendam suas asas
Corajosas de falcões!
Soltem-se ao vento,
E deixem-no levá-los ao sonho!


Como o Condor,
Tentem enxergar as pequeninas
Coisas a sua volta
E saber apreciá-las,
Dando um sentido novo a sua vida!
Não sejam passarinhos de gaiolas,
Mas, Falcões e Condores do céu!
A cada dia existe uma renovação constante,
E nunca um, será como o outro...


Não há dores eternas,
Lágrimas eternas, perdas eternas!
Há sorrisos esperando-lhes, dias de sol,
Os abraços dos amigos, dos filhos,
E tantos sonhos lindos! Um amor lhes espera,
Para com vocês, voar, voar, porque a vida
É um recomeçar diário de um vôo!
E gaiolas não foram feitas para
Pássaros... Tampouco para Falcões!

Autor desconhecido


16 de julho de 2008

O sino da minha aldeia



O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.

Fernando Pessoa


Enquanto houver amizade


Pode ser que um dia

deixemos de nos falar
Mas ,
enquanto houver amizade
faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe.
Mas, se a
amizade permanecer,
um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos.
Mas, se formos amigos de verdade,
a
amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos.
Mas, se ainda sobrar
amizade,
nasceremos de novo um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe.
Mas.com a
amizade construiremos
tudo novamente,
cada vez de forma diferente,
sendo único e inesquecível cada
momento que juntos viveremo
e nos lembraremos para sempre

Ha duas formas para viver sua vida.
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar, que todas as
coisas são um milagre.

Albert Einstein

28 de setembro de 2007

Oração de uma criança


SENHOR JESUS
Não Te peço nada de muito especial,
Não te peço coisas grandes, mas:
Sei que Tu és bom,
Sei que Tu podes tudo,
Sei que Tu amas muito as crianças,
Portanto, ouve-me, atenda-me,
Faz-me este grande favor:
TRANSFORMA-ME NUM TELEVISOR! ...
Para que os meus Pais se ocupem de mim,
Assim como cuidam do nosso televisor...
Para que olhem atentamente para mim,
Assim como olham para o televisor...
Para que me prestem verdadeira atenção... e também:
Que me dediquem algum tempo,
Que me demonstrem tanto interesse,
Quanto consagram a essa invejável
CAIXA DE MADEIRA
E assim EU POSSA SER FELIZ!...
JESUS: É URGENTE...
Não Te esqueças, para que eles
Não me esqueçam por mais tempo!...
Por hoje é tudo, Senhor Jesus! Amém!
Fr Bernardo, O. P.

Menino de rua


MENINO DE RUA

Menino de rua tem nome,
Tem coração, barriga e fome.
Se virou gato ladrão
Foi porque não tinha pão, coitado...
Quando vê gente comendo,
Sua boca vai enchendo
De saliva e palavrão.
E, se pede um pedacinho,
Leva “Não!”, é enxotado
E apanha do soldado
Feito cão.
Como pode ser bonzinho
Um menino que não tem
Comida, nem escola
E nem casa para morar?
Como vai poder mudar,
Se ninguém lhe dá a mão?
Menino de rua tem beleza
Escondida dentro dele,
Um coração inteirinho,
Um anjo da guarda limpinho
E duas estrelas que brilham
Nos seus olhos que dormem
No canto de um beco escuro.
Menino de rua, no meu coração,
Você é puro!
Martina Zanotti Carneiro