Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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15 de setembro de 2015

Cidadão Kane




Título original: Citizen Kane.
Ano: 1941.                                   
Direção: Orson Welles.                       
Elenco: Orson Welles, Agnes Moorehead, Joseph Cotten, Paul Stewart, George Coulouris.
Gênero: Drama.
Nacionalidade: EUA. 

Sinopse:
O filme é supostamente baseado na vida do magnata das comunicações William Randolph Hearst, Na trama conhecemos a história de Charles Foster Kane a partir de sua morte. Um jornalista recebe a tarefa de investigar qual era afinal o significado de sua última palavra, "Rosebud". 


Prêmios:
Venceu o Oscar de 1942 na categoria de melhor roteiro original. Foi indicado nas categorias de melhor ator protagonista (Orson Welles), melhor direção de arte preto-e-branco, melhor fotografia preto-e-branco, melhor diretor, melhor montagem, melhor trilha sonora, melhor filme e melhor som. Venceu o Prêmio NYFCC 1941 (New York Film Critics Circle Awards, EUA) na categoria de melhor filme.

Curiosidades:

O filme ainda é considerado, por boa parte da crítica, como o maior filme da história até o momento, figurando em primeiro lugar na lista do American Film Institute (AFI). Cidadão Kane foi o primeiro filme longa metragem dirigido por Orson Welles, o filme encontrou forte oposição por parte de William Randolph Hearst, pois ele julgava que a obra denegria sua imagem. Em realidade, havia mesmo muitos pontos coincidentes das biografias de Hearst e de Kane, embora publicamente Orson Welles sempre negasse essa relação. Cidadão Kane marcou sua época devido às inovações, sobretudo nas técnicas narrativas e nos enquadramentos cinematográficos. O filme começa com o protagonista já morto, mudando-se a cronologia dos fatos.


Fonte:http://vejasp.abril.com.br/blogs/miguel-barbieri/2015/06/19/cinemark-classicos-temporada-julho/

http://cinemalivre.net/filme_cidadao_kane.php

  Comentário:

O filme Cidadão Kane, no desenvolver das cenas, retrata a importância das virtudes. O protagonista Charles Foster Kane, quando adulto, herdou grande fortuna e passa a construir um império, que por falta da virtude do dever nasce condenado a se desfazer.

Kane é um homem que se dedica a conhecer o que faz. Em tudo o que escolhe fazer o faz através de uma ligação sensível. Gostava do que fazia. Tinha compromisso com suas escolhas, desde que servissem à sua pessoa. Gostava de suntuosidade. Estava sempre comprando e cumulando bens, obras de arte, dominava a arte de comprar e de escolher. Identificava-se com o que fazia, aquilo era natural para ele.  Tudo o que comprava era guardado, sentia grande estímulo nisso. Nada era imposto, fazia porque desejava fazer, e suas atitudes estavam de acordo com sua consciência e não sentia que estava violando a ética. No caso de Kane, a utilidade das coisas eram apenas para si. Anualmente, havia um prejuízo de um milhão de dólares, quantia que era gasta provavelmente com os objetos que acumulava. Quando fazia algo, dedicava-se extremamente. Foi o que fez com que investisse no canto lírico da esposa, a ponto de construir um teatro, pagar um professor para que ela cantasse com perfeição.

Apesar de dominar a arte dos negócios, era  fraudador, desonesto, aproveitador, vingativo. Tudo o que fazia influenciava a vida das pessoas e com isso atingia o nível moral e seu relacionamento com essas pessoas. As atitudes de Kane eram praticadas pensando exclusivamente em si. O resultado foi o afastamento dos amigos e da segunda esposa. Amargurado, deixou de ter domínio sobre seu império e sua pessoa, deixou de inspirar confiança e admiração. O triste final de Kane foi consequência de não ter praticado a virtude dos deveres. Kane não fez o propósito de alcançar o bem social. Tudo o que restou da fortuna de Kanes foram cinzas. 

O ser humano precisa fazer escolhas durante a durante a vida. Procura sempre escolher o melhor, algo que lhe dê estímulo e prazer. Essas escolhas passam por sua consciência. É preciso firmar um compromisso com essa escolha e com o trabalho: fazê-lo sempre de forma prazerosa, buscar conhecimento, e domínio, atualização constante e com perfeição, fazer de forma parcial ou desconhecer uma parte fere os preceitos da moral. A ineficácia leva à culpa. Nada justifica um trabalho ineficaz. O dever envolve a posse do saber. Essa eleição deve ser natural para que a tarefa seja feita de forma prazerosa, para que haja há harmonia sem causar prejuízo para alguém, sem cometer infração contra a ética. Nem sempre pode escolher de acordo com sua vocação, mas por critério de seleção, por identificar-se com o trabalho. Não se pode excluir do trabalho o seu caráter utilitário. O dever precisa ser algo que trás benefício e bem estar, uma vontade espontânea e não uma imposição ou obrigação. Essa é uma regra que vale para a vida toda. O dever da qualidade da execução depende de escolhas práticas, úteis, causadoras de benefícios. A origem do dever está em escolher e firmar um compromisso e cumprir esse compromisso com prazer, por iniciativa própria.

A profissão Eleva o nível moral do indivíduo mas também exige dele uma prática correta, baseada na virtude . Saber não é suficiente, ter competências  científicas, tecnológicas e artísticas também não é suficiente. Para que o dever profissional seja autêntico, é necessário. É preciso que a virtude e a excelência sejam aplicadas no relacionamento com as pessoas. Não só uma virtude, mas todas elas. Isso é chamado de lealdade ao cliente. Deve receber toda atenção. Há relatividade quando se aprecia a virtude, elas são variáveis. No exercício da profissão o social é mais importante que o individual. Os profissionais líderes e notórios são os que estimularam suas virtudes, cumprem seus deveres. São verdadeiros, respeitam seus semelhantes, procuram ter uma conduta justa, equilibrada, passar confiança, pensar no social.  

Todo profissional deveria ter por princípio dominar o conhecimento da profissão que desempenha, de forma utilitária e eficaz. Um trabalho ineficaz, negligente, sem qualidade de execução, não tem excelência. É imprescindível para o profissional buscar atualização constantemente, buscar novas práticas e desempenhá-las de forma responsável. A conduta de um profissional nem sempre corresponde ao ideal que a sociedade espera. Atitudes prejudiciais são corriqueiras em todos os setores da sociedade moderna: abusos, pressões psicológicas, arbitrariedade, traições, corrupção. Tudo isso está resumido numa única palavra: desonestidade. É imprescindível que esse tipo de problema seja solucionado. Uma forma eficaz de eliminá-lo é trabalhar a educação moral, que ensina como cuidar da própria reputação e como agir com as demais pessoas. Vai trabalhar valores que se incorporam ao indivíduo e melhoram seu caráter. 

Um bom profissional norteia suas atitudes em diversas virtudes que auxiliam sua conduta moral. São virtudes indispensáveis para o desenvolvimento da ética. Dentre essas virtudes, a de maior alcance social é o zelo. O zelo ou cuidado, leva o profissional a executar uma tarefa com maior a perfeição possível, com o objetivo de favorecer sua própria imagem. Ele se fundamenta na relação entre o sujeito e o objeto de trabalho. Os maus serviços são indicadores de traições à confiança depositada. Quando não se tem convicção de um bom trabalho, é mais digno recusá-lo. O respeito pela tarefa e por quem dela necessita é prioridade.

23 de agosto de 2015

A saída dos operários da Fábrica




A saída dos operários da fábrica é tido como o primeiro filme da História do cinema. Feito na França, foi dirigido por Louis Lumière. Na realidade é um  documentário curta metragem do cinema mudo, um minuto apenas, que em mostra pessoas saindo de uma fábrica.
            Nota-se que foram gravadas várias cenas com cortes e que posteriormente estas foram adicionadas uma após a outra, formando uma sequência. O filme é real, mas não tão natural. A impressão que se tem é que os trabalhadores foram avisados, pois estão bem arrumados, como se não existisse pobreza, e não olham de forma alguma para a câmera, é com se a câmera estivesse escondida. Os empregados saem todos em ordem e não se esbarram, tudo está muito perfeito.
            O filme nos remete ao século passado, no auge da Revolução industrial. Suas imagens servem para uma reflexão sobre a sociedade e a economia da época, representados nos trabalhadores da fábrica. É visível que a maioria dos trabalhadores eram mulheres ainda jovens. Pela quantidade de pessoas que saem da fábrica, ela deveria ser muito grande. As pessoas se misturam a uma charrete puxada por cavalos e a um carro-de-bois.

            Por se tratar de um filme do início do cinema, com tecnologia muito simples, as imagens mostram as pessoas andando muito rápido, o que provavelmente não interferiu na avaliação das pessoas quando viram o filme.

19 de outubro de 2014

The Kid - Charlie Chaplin


Cinema mudo - O Garoto - 1921

Esta é uma cena do filme “O Garoto” de 1921, com Charles Chaplin e Jackie Coogan. Ela se passa num subúrbio pobre e miserável, onde Chaplin, um vidraceiro, vive com seu filho adotivo. Eles enfrentam muitas dificuldades, e Carlito sente e demonstra grande amor pelo menino. Trata-se de uma criança abandonada pela mãe, Edna, que por ser muito pobre não tinha condições de criá-la.  Em pouco tempo a mãe se tornou uma atriz famosa, enquanto Carlito cria o filho a seu modo, formando uma dupla que usa de diversas artimanhas para conseguir dinheiro para o sustento. O garoto travesso quebra vidraças e Chaplin vende vidros para substituir os vidros quebrados, uma verdadeira luta pela sobrevivência. Apesar da vida simples, ambos são felizes. O filme combina drama e comédia, abrange temas como as desigualdades sociais e luta entre o bem e o mal. Ainda hoje continua atual, comove e provoca risos, denuncia a injustiça e a pobreza das classes menos favorecidas. Mostra o drama de mães em situação miserável, que preferem abandonar seus filhos para não vê-los marginalizados. Comovente.





SUGESTÃO:
Escrever um texto narrando esta cena



23 de agosto de 2011

Kiriku e a Feiticeira





Este é um filme que pode ser trabalhado com crianças, com jovens e com adultos, depende do enfoque que o professor quiser dar. Ele prende a atenção  pela beleza das imagens do ambiente e narra as proezas de um garotinho africano, bom e corajoso,  chamado Kiriku, que por nascer diferente dos demais de sua aldeia, foi discriminado.


Assim que nasceu, ficou sabendo que sua aldeia sofria sob o domínio de uma feiticeira chamada Karabá, por isso, movido de coragem e determinação toma várias iniciativas e realiza diversas proezas para libertar o seu povo.

O fato de ser discriminado não intere em suas decisões. Ele concretiza diversas ações que muitos adultos de sua aldeia não conseguiram: salva as crianças de serem raptadas, soluciona o problema da água com muita inteligência, usa diferentes  estratégias, destacando-se um chapéu para se esconder e enganar a feiticeira e a luta com animais.

Karabá, a feiticeira, é uma mulher vaidosa e amargurada, conseqüências de um sofrimento muito grande. Ela  impõe regras dificílimas de serem cumpridas, escraviza o povo através do medo,  rouba, trapaceia, mente, é autoritária, tudo para mostrar-se poderosa. Ela não gosta de crianças, principalmente de Kiriku, pois este a desafia.

As mulheres da aldeia sentem medo da feiticeira, porque seus maridos, após saírem para a luta, não mais retornaram. Elas acreditam que eles foram devorados. Precisam buscar água muito longe, quase não têm comida.

A mãe de Kiriku faz tudo o que pode para educar seus filho,  e apesar do seu esforço é criticada pelas outras mulheres.

O avô é o feiticeiro, que conhece o sofrimento da aldeia e o poder da feiticeira, mas espera a solução de Kiriku.

Kiriku é um menino muito amado, porém o povo só se dá conta disso quando reflete sobre a forma de tratamento dispensada ao menino.  .

O filme abre um leque de opções para o professor trabalhar em sala de aula: sexualidade, costumes sociais, reflexões sobre maldade, preconceitos, escravização, coragem, trabalho feminino, cultura africana, entre outros.
Terezinha  Bordignon



   QUESTÕES SOBRE O FILME KIRIKU 
PARA O PROFESSOR INTERAGIR COM O ALUNO

- Kiriku nasceu com dons especiais, quais eram esses dons?
- Ele nasceu com uma missão. Que missão?
- A aldeia em que Kiriku nasceu era perseguida por uma feiticeira. Que 
   maldades ela fez para os habitantes da aldeia?
- Kiriku usou um chapéu para ir até a feiticeira. Para que servia o 
  chapéu?
- O que Kiriku quer muito saber?
- Kirirku buscou o sábio da montanha. Por quê?
- Durante o filme Kiriku praticou vários atos de coragem. Quais foram 
   esses atos?
- A feiticeira tinha um motivo para toda sua maldade. Qual era o motivo?
- Por que Karabá roubava o ouro das mulheres?
- A mãe de Kiriku tinha passado por vários problemas. Cite algum.
- Que conselho especial o sábio da aldeia deu a Kiriku?
- O sábio da montanha era avô de Kiriku. Por que Kiriku buscou seu colo?
- A mãe de Kiriku tinha passado por vários problemas. Cite alguns.
- As mulheres da aldeia andavam com os seios à mostra e as crianças 
   estavam nuas. Como você explica isso?
- Como as pessoas da aldeia celebravam seus momentos de alegria?
- Por que as pessoas da aldeia tinham medo de Karabá?
- Por que Kiriku conseguiu libertar a aldeia do poder da feiticeira e os 
   outros homens não conseguiram?
- No final do filme, quem vence?

10 de julho de 2007

A moreninha


Toda a história se passa na paradisiaca Ilha de Paquetá, centrada em Carolina (Sônia Braga) e Augusto (David Cardoso). Amigos da família reunem-se para um sarau na casa de Carolina. Lá, ela vai reencontrar aquele amor dos tempos de criança, com quem trocou juras de amor e um camafeu, peça fundamental para que eles se reconheçam. Adaptação do livro homônimo de Joaquim Manuel de Macedo

Diretor: Glauco Mirko Laurelli
Elenco: Sônia Braga, David Cardoso, Carlos Alberto Ricelli, Nilson Condé, Claudia Mello, Vera Manhães, Sônia Oiticica, Lúcia Mello.
Produção: Luis Sergio Person, Cláudio Petráglia
Roteiro: Glauco Mirko Laurelli, Cláudio Petráglia, Miroel Silveira
Fotografia: Rudolf Icsey
Trilha Sonora : Cláudio Petráglia
Duração: 96 min.
Ano: 1971
País: Brasil
Gênero: Romance
Cor: Cor
Estúdio: CBS do Brasil/ Cinedistri/ Fundação Padre Anchieta/ Lauper Filmes

ATIVIDADE EM GRUPO: Responda estas questões sobre o filme A MORENINHA:
1- Que época é retratada no filme?
2- Quem são as personagens principais?
3- Descreva a Casa Grande.
4- Como eram tratados os escravos?
5- O que significa alforria?
6- Qual o espaço geográfico onde foi filmada a maior parte do filme?
7- Descreva as roupas femininas.
8- Qual a única cena filmada na praia?
9- Como era o romance entre o casal de jovens?
10- Compare os bailes do filme com os bailes atuais.
11- O que significa sarau?
12-Comente a cena de nudez.
13- Qual a diferença entre a linguagem do branco e a do negro?
14-Gostou do filme? Por quê?
15-Escreva uma mensagem inspirada no filme