Título original:
Citizen Kane.
Ano: 1941.
Direção: Orson Welles.
Elenco: Orson Welles, Agnes Moorehead, Joseph Cotten, Paul Stewart, George Coulouris.
Gênero: Drama.
Nacionalidade: EUA.
Ano: 1941.
Direção: Orson Welles.
Elenco: Orson Welles, Agnes Moorehead, Joseph Cotten, Paul Stewart, George Coulouris.
Gênero: Drama.
Nacionalidade: EUA.
Sinopse:
O filme é supostamente baseado na vida do magnata das comunicações William Randolph Hearst, Na trama conhecemos a história de Charles Foster Kane a partir de sua morte. Um jornalista recebe a tarefa de investigar qual era afinal o significado de sua última palavra, "Rosebud".
O filme é supostamente baseado na vida do magnata das comunicações William Randolph Hearst, Na trama conhecemos a história de Charles Foster Kane a partir de sua morte. Um jornalista recebe a tarefa de investigar qual era afinal o significado de sua última palavra, "Rosebud".
Prêmios:
Venceu
o Oscar de 1942 na categoria de melhor roteiro original. Foi indicado nas
categorias de melhor ator protagonista (Orson Welles), melhor direção de arte
preto-e-branco, melhor fotografia preto-e-branco, melhor diretor, melhor
montagem, melhor trilha sonora, melhor filme e melhor som. Venceu o Prêmio
NYFCC 1941 (New York Film Critics Circle Awards, EUA) na categoria de melhor
filme.
Curiosidades:
O
filme ainda é considerado, por boa parte da crítica, como o maior filme da
história até o momento, figurando em primeiro lugar na lista do American Film
Institute (AFI). Cidadão Kane foi o primeiro filme longa metragem dirigido por
Orson Welles, o filme encontrou forte oposição por parte de William Randolph
Hearst, pois ele julgava que a obra denegria sua imagem. Em realidade, havia
mesmo muitos pontos coincidentes das biografias de Hearst e de Kane, embora
publicamente Orson Welles sempre negasse essa relação. Cidadão Kane marcou sua
época devido às inovações, sobretudo nas técnicas narrativas e nos
enquadramentos cinematográficos. O filme começa com o protagonista já morto,
mudando-se a cronologia dos fatos.
Fonte:http://vejasp.abril.com.br/blogs/miguel-barbieri/2015/06/19/cinemark-classicos-temporada-julho/
http://cinemalivre.net/filme_cidadao_kane.php
Comentário:
O filme Cidadão Kane,
no desenvolver das cenas, retrata a importância das virtudes. O protagonista
Charles Foster Kane, quando adulto, herdou grande fortuna e passa a construir
um império, que por falta da virtude do dever nasce condenado a se desfazer.
Kane é um homem que se
dedica a conhecer o que faz. Em tudo o que escolhe fazer o faz através de uma
ligação sensível. Gostava do que fazia. Tinha compromisso com suas escolhas,
desde que servissem à sua pessoa. Gostava de suntuosidade. Estava sempre
comprando e cumulando bens, obras de arte, dominava a arte de comprar e de
escolher. Identificava-se com o que fazia, aquilo era natural para ele. Tudo
o que comprava era guardado, sentia grande estímulo nisso. Nada era imposto,
fazia porque desejava fazer, e suas atitudes estavam de acordo com sua consciência
e não sentia que estava violando a ética. No caso de Kane, a utilidade das
coisas eram apenas para si. Anualmente, havia um prejuízo de um milhão de
dólares, quantia que era gasta provavelmente com os objetos que acumulava. Quando
fazia algo, dedicava-se extremamente. Foi o que fez com que investisse no canto
lírico da esposa, a ponto de construir um teatro, pagar um professor para que
ela cantasse com perfeição.
Apesar de dominar a
arte dos negócios, era fraudador, desonesto, aproveitador, vingativo.
Tudo o que fazia influenciava a vida das pessoas e com isso atingia o nível
moral e seu relacionamento com essas pessoas. As atitudes de Kane eram
praticadas pensando exclusivamente em si. O resultado foi o
afastamento dos amigos e da segunda esposa. Amargurado, deixou de ter domínio
sobre seu império e sua pessoa, deixou de inspirar confiança e admiração. O triste final de Kane
foi consequência de não ter praticado a virtude dos deveres. Kane não fez o
propósito de alcançar o bem social. Tudo o que restou da fortuna de Kanes foram
cinzas.
O ser humano precisa
fazer escolhas durante a durante a vida. Procura sempre escolher o melhor, algo
que lhe dê estímulo e prazer. Essas escolhas passam por sua consciência. É
preciso firmar um compromisso com essa escolha e com o trabalho: fazê-lo sempre
de forma prazerosa, buscar conhecimento, e domínio, atualização constante e com
perfeição, fazer de forma parcial ou desconhecer uma parte fere os preceitos da
moral. A ineficácia leva à culpa. Nada justifica um trabalho ineficaz. O dever
envolve a posse do saber. Essa eleição deve ser natural para que a tarefa seja
feita de forma prazerosa, para que haja há harmonia sem causar prejuízo para
alguém, sem cometer infração contra a ética. Nem sempre pode escolher de acordo
com sua vocação, mas por critério de seleção, por identificar-se com o
trabalho. Não se pode excluir do trabalho o seu caráter utilitário. O dever
precisa ser algo que trás benefício e bem estar, uma vontade espontânea e não
uma imposição ou obrigação. Essa é uma regra que vale para a vida toda. O dever
da qualidade da execução depende de escolhas práticas, úteis, causadoras de
benefícios. A origem do dever está em escolher e firmar um compromisso e
cumprir esse compromisso com prazer, por iniciativa própria.
A profissão Eleva o
nível moral do indivíduo mas também exige dele uma prática correta, baseada na
virtude . Saber não é suficiente, ter competências científicas,
tecnológicas e artísticas também não é suficiente. Para que o dever
profissional seja autêntico, é necessário. É preciso que a virtude e a
excelência sejam aplicadas no relacionamento com as pessoas. Não só uma
virtude, mas todas elas. Isso é chamado de lealdade ao cliente. Deve receber
toda atenção. Há relatividade quando se aprecia a virtude, elas são variáveis.
No exercício da profissão o social é mais importante que o individual. Os
profissionais líderes e notórios são os que estimularam suas virtudes, cumprem
seus deveres. São verdadeiros, respeitam seus semelhantes, procuram ter uma
conduta justa, equilibrada, passar confiança, pensar no social.
Todo profissional
deveria ter por princípio dominar o conhecimento da profissão que desempenha,
de forma utilitária e eficaz. Um trabalho ineficaz, negligente, sem qualidade
de execução, não tem excelência. É imprescindível para o profissional buscar
atualização constantemente, buscar novas práticas e desempenhá-las de forma
responsável. A conduta de um profissional nem sempre corresponde ao ideal que a
sociedade espera. Atitudes prejudiciais são corriqueiras em todos os setores da
sociedade moderna: abusos, pressões psicológicas, arbitrariedade, traições,
corrupção. Tudo isso está resumido numa única palavra: desonestidade. É
imprescindível que esse tipo de problema seja solucionado. Uma forma eficaz de
eliminá-lo é trabalhar a educação moral, que ensina como cuidar da própria
reputação e como agir com as demais pessoas. Vai trabalhar valores que se
incorporam ao indivíduo e melhoram seu caráter.
Um bom profissional
norteia suas atitudes em diversas virtudes que auxiliam sua conduta moral. São
virtudes indispensáveis para o desenvolvimento da ética. Dentre essas virtudes,
a de maior alcance social é o zelo. O zelo ou cuidado, leva o profissional a executar
uma tarefa com maior a perfeição possível, com o objetivo de favorecer sua
própria imagem. Ele se fundamenta na relação entre o sujeito e o objeto de
trabalho. Os maus serviços são indicadores de traições à confiança depositada.
Quando não se tem convicção de um bom trabalho, é mais digno recusá-lo. O
respeito pela tarefa e por quem dela necessita é prioridade.