Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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14 de julho de 2015

Aprenda a fazer tinta


Ensine seus alunos a fazer tinta com diferentes materiais existentes por aí, gastando quase nada. Os pigmentos são extraídos de tijolos, telhas, gesso e carvão triturados com martelo dentro de um pano grosso (cuidado para não ferir os olhos) e peneirados bem fino; e terra e argila de cores diferentes, bem secos e peneirados com peneira bem fina. A variação de cores depende do local de onde se extrai o material. É importante escolher um local não contaminado e livre de folhas, pedras, ou detritos.
O aglutinante é feito assim: Em um copo, misture duas partes de cola branca para uma de água.
Divida essa mistura em pequenos potes ou em uma formas de gelo, adicione cada pigmento a esse aglutinante de. Aplique a tinta com um pincel em uma folha de papel, observando as cores produzidas
Depois de secas, as tintas não se soltam e ficam com cores mais intensas e brilhantes. Elas se misturam como as tintas comercializadas e têm secagem rápida e não desbotam..


CORES OBTIDAS COM A MISTURA DO AGLUTINANTE E DOS PIGMENTOS


PIGMENTOS UTILIZADOS E SUAS CORES 



MISTURA DE CORES



PINTURA


Como não usei peneira muito fina, a pintura ficou com textura. Gostei do resultado

Confecção de cartazes



O trabalho pode ser feito em duplas ou grupo. Após concluir um tema, o professor orienta o aluno para realisar uma colagem expressando o tema estudado. Os materiais necessários são papel tinta, lápis, cola, tesoura, pequenos objetos, imagens de jornais e revistas.

Exemplo com o tema alcoolismo

                  

5 de julho de 2015

Receita de Têmpera





MATERIAIS
Um copo
Um ovo
Uma colher
Um conta-gotas
Pigmentos em pó de cores variadas (pó xadrez, fácil de encontrar nos mercados)
Própolis ou óleo de cravo
Água filtrada
Papel
Pincel

PROCEDIMENTOS:


1-      AGLUTINANTE
Uma gema
Água filtrada
Duas gotas de óleo de cravo ou de própolis

2-      MODO DE FAZER
Quebre o ovo na mão com cuidado e escorra bem toda a clara entre os dedos. Fure a gema e deixe todo o líquido amarelo escorrer num copo, mas descarte a película, pois ela não é solvente e causa mau cheiro. Para cada gema adicione aos poucos duas partes de água filtrada. Misture bem e acrescente duas gotas de própolis ou óleo de cravo, que agem como fungicida e evitam a criação de bolor.



3-      PIGMENTO
Uma colher de café de pigmento em pó
Água

4-      MODO DE FAZER
Misture numa paleta o pigmento em pó com um pouquinho de água até virar uma pasta. Molhe o pincel no aglutinante, misture com pequenas quantidades da pasta e aplique no papel. Depois que a pintura estiver seca pode ser aplicada outra camada de tinta por cima. É possível criar novas cores, misturando pigmentos de cores diferentes. 




29 de junho de 2015

Encáustica


Segurando uma colher pelo cabo, esquente-a levemente na chama de uma vela ou lamparina. Escolha um bastão de giz de cera e derreta uma pequena porção na colher. Controle o calor, sem deixar que a cera ferva. Com um pincel, aplique a tinta num papel. Não é possível fazer mistura de cores no papel pois o giz colorido se torna sólido rapidamente, mas você pode derreter giz de cores diferentes na colher para criar novas cores . 

Veja alguns exemplos:







21 de junho de 2015

Xilografia e Cordel




A literatura de cordel nordestina é proveniente da Península Ibérica, onde imperou o trovadorismo. Até 1808, não se permitia a impressão de obras literárias no Brasil, mas isso não foi um problema, pois ela já existia na forma oral ou manuscrita. Essa literatura adquiriu características brasileira, principalmente nordestina. Escrita em versos de cinco, sete e dez sílabas, destaca-se por sua qualidade, sua sátira e sua crítica social. O poeta cordelista, antes de mais nada, precisa ser um observador sensível da vida pública, da política e necessita de uma imaginação inesgotável, pois seus versos influenciam outras gerações de poetas sucessores. Eles também exercem um grande fascínio popular. Além da irreverência da linguagem coloquial e dos temas que chamam a atenção do leitor, o cordel está junto do seu leitor. Ele é vendido em formato de livrinhos nas feiras livres e praças no nordeste.
Segundo Isaias Gomes da Silva, cordelista, o que caracteriza a literatura de cordel é o gênero literário e não o fato dos livrinhos serem expostos em cordas ou cordéis. Isaias afirma que antes do nome cordel esse tipo de literatura já existia. Esse nome era usado em Portugal no Século XVII. No Brasil, essa nomenclatura só se popularizou na década de 60. Foi um nome dado aos romances e folhetos que se vendiam na feiras livres do Nordeste sobre malas, mesas ou no chão, e não pendurados em barbantes ou cordas, conforme afirmam alguns historiadores. Os folhetos só passaram a ser pendurados em cordéis na década de 70 pelos vendedores, dentro dos estabelecimentos comerciais.
Uma curiosidade é que esse tipo de literatura popular também tem suas raízes fixadas em outros países: México, Chile, Nicarágua e Argentina. Até a gravura que ilustrava os textos mexicanos e chilenos apresentam características parecidas com a do cordel brasileiro.
O cordel brasileiro não ficou limitado ao Nordeste. No Estado do Pará ele também se desenvolveu. Cordelistas nordestinos, fugindo da seca e com o desejo de enriquecimento, em pleno auge da borracha, ali se estabelece. Junto com eles veio as tradições e valores culturais do Nordeste, mas ali no Pará os cordelistas usam pseudônimos, O razão é que o cordel está ligado à classe popular e os cordelistas exercem outras profissões e não querem se associar a pessoas de uma cultura mais simples.
O Brasil tem grandes cordelistas: O precursor foi Leandro Gomes de Barro, que chegou ser comparado a Olavo Bilac.
Isaias Gomes da Silva também afirma que a xilogravura não é o único meio de ilustração do cordel. Ela se tornou popular a partir dos anos 40, e que até 1920 o cordel era publicado com capa sem ilustração alguma. Aos poucos começaram a surgir cordéis com capas ilustradas com fotos de artistas do cinema, ou de seus autores, e até de alguns personagens do folheto.
Antes da popularização das xerocadoras, os cordéis eram impressos em papel jornal para baratear os custos. A partir das máquinas de xérox, das pequenas gráficas, das impressoras a jato de tinta, o papel ofício e A4 foram substituindo o papel jornal, mas o poeta cordelista vive da renda de seus folhetos, para ele não importa o papel.
A xilografia se popularizou a partir de 1940. Começou a ser usada para baratear os custos dos livretos, uma vez que o poeta não mais precisava se deslocar de sua cidade para fazer a capa. Ele mesmo poderia confeccioná-la. No início elas não eram muito bem feitas, mas com a prática do artista, elas foram sendo aperfeiçoadas. Surgiram então grandes artistas da xilogravura. Eles passaram a divulgar suas xilogravuras junto com os folhetos e a defender a xilogravura como única forma válida para ilustrar a literatura de cordel, porém nem todos os artistas acataram a idéia.
Portanto, a literatura de cordel e a xilogravura nasceram e trilharam caminhos diferentes, até se encontrarem. A xilogravura nunca foi muito aceita no meio popular, mas, por decisão da Academia ficou estabelecido que ela deve fazer parte da ilustração do cordel, apesar de não ser ela quem determina o que é ou deixa de ser cordel, mas o seu texto.


REFERÊNCIAS




CORDEL DA COPA 2014 NAS ONDAS DO HUMOR

Autor: Antonio Barreto- Santa Bárbara/BA

A respeito dessa Copa
Já foi tudo comentado
Não podemos contestar
O sucesso alcançado
Mas agora o que importa
É humor pra todo lado!
           
              2
A torcida foi chamada
Para dar sua opinião
A respeito do Brasil
Treinado por Felipão,
Então veja a voz do povo
Dessa sofrida Nação:
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Xilogravura feita com isopor(tampa de marmitex) e tinta guache.