Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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24 de novembro de 2007

Combate à dengue


Recebi do leitor deste blog, Eduardo Sales, um Power Point sobre uma fórmula fácil, barata e eficaz de combater a dengue. Eu me senti na obrigação de publicar sobre assunto, pela gravidade que o mesmo apresenta. Muitas vezes ouvimos falar da doença, mas não temos consciência do perigo. Pesquisei na INTERNET sobre a doença e encontrei umas imagens. Fiquei chocada com o que vi. Decidi publicá-las também. Pode ser que o leitor também fique chocado como eu, mas o objetivo não este, e sim mostrar o risco que nossa família, nossos amigos e cada um de nós corre e ajudar no combate, enquanto ela não se manifestou dentro de nossas casas.
O QUE É A DENGUE?
Doença de inicio repentino caracterizado por febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor nas articulações, dores musculares e em alguns casos vermelhidão na pele.

Agente Infeccioso: vírus da dengue
Reservatório: homem
Vetor:Mosquito Aedes Aegypthi
Transmissão:picada do mosquito infectado

O Verão está chegando e com as chuvas e o calor o mosquito se prolifera, ele adora água parada e limpa, portanto atenção aos criadouros:
• pratos de plantas
• pneus velhos
• bromélias
• piscinas
• qualquer recipiente que acumula água.

COMBATE À DENGUE

BORRA DE CAFÉ

Uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociências da UNESP (campus de São José do Rio Preto), durante pesquisa da sua dissertação de mestrado, descobriu que a borra do café produz um efeito que bloqueia a postura e o desenvolvimento dos ovos do Aedes Aegypti.
O processo é extremamente simples: o mosquito pode ser combatido colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, no prato dos xaxins, dentro das folhas das bromélias. A borra de café, que é produzida todos os dias em praticamente todas as casas tem custo zero. O único trabalho é o de colocá-la nas plantas, inclusive sendo jogada sobre o solo do jardim e quintal.
Os especialistas em saúde pública, entre eles médicos sanitaristas, estão saudando a descoberta de Alessandra, uma vez que, além da ameaça da Dengue 3, possível de acontecer devido às fortes enxurradas de final de ano, surge outra ameaça, proveniente do exterior: a da Dengue tipo 4.
Conforme explica a bióloga, 500 microgramas de cafeína da borra de café por mililitro de água, bloqueia o desenvolvimento da larva no segundo de seus quatro estágios e reduz o tempo de vida dos mosquitos adultos.
Em seu estudo, ela demonstrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução, podendo ser essa a causa dos efeitos verificados sobre a larva e o inseto adulto.
A solução com cafeína pode ser feita com duas colheres de sopa de borra de café para cada meio copo de água, o que facilita o uso pela população de baixa renda e pode ser aplicada em pratos que ficam sob vasos com plantas, dentro de bromélias e sobre a terra dos vasos, jardins e hortas.
O mosquito se desenvolve até mesmo na película fina de água que às vezes se forma sobre a terra endurecida dos jardins e hortas, também na água dos ralos e de outros recipientes com água parada (pneus,garrafas, latas, caixas d’ água etc.).
"A borra não precisa ser diluída em água para ser usada", diz a bióloga. Pode ser colocada diretamente nos recipientes, já que a água que escorre depois de regar as plantas vai diluí-la. Ou seja: ela recomenda que a borra de café passe a ser usada, também, como um adubo ecologicamente correto.
Atualmente, o método mais usado no combate ao Aedes Aegypti é o aspersão dos inseticidas organofosforados, altamente tóxicos para homens, animais e plantas.

DENGUE HEMORRÁGICA



22 de novembro de 2007

Joio e trigo


Final de ano. Faxina geral. Recordei-me da famosa frase: "Sim, eu empresto."

Quem nunca pronunciou esta frase? Provavelmente todas as pessoas já emprestaram livros, roupas, revistas, ou dinheiro, certas de que estavam fazendo uma boa ação e que o objeto seria devolvido, Muitas vezes isto não acontece. A devolução imediata é rara. Há pessoas que fazem empréstimos e se esquecem de que é preciso fazer a devolução.

Quem nunca perdeu livros por emprestá-los a alguém? Na confiança, não anotou quem os levou. O tempo passou e ficou a dúvida: Quem me pediu emprestado? Eu não marquei! Há a famosa “dor de cabeça”. O empréstimo é um risco. É como assinar um cheque em branco. Quem empresta algo precisa anotar “quando, o quê e para quem”.

Após um empréstimo pode surgir uma inimizade. Há pessoas que não gostam de ser cobradas. Geralmente são as que têm o hábito da procrastinação: “Eu ia devolver, não precisava me cobrar”, ou “Amanhã eu levo à sua casa, eu até deixei separado.” E nada de devolução. Este “amanhã” nunca chega.

Existem aquelas que, depois de muito tempo, batem à nossa porta com o objeto quebrado, amassado ou sujo. Pedem desculpa e solicitam mais um empréstimo. Também as que mudam de endereço e, adeus... Há as que passam adiante o que é nosso. O objeto desaparece e cobrar de quem?

Não são raras as pessoas que não fazem empréstimos. Estão cansadas de ser enganadas. Preferem mentir: “Eu não tenho, já está emprestado, emprestei não sei pra quem, joguei, não sei onde está,” e uma infinidade de outras desculpas. Isto é uma fuga para não dizer um NÃO. Quando não há saída, é melhor despedir-se do objeto que será emprestado, fazer de conta que acredita na devolução e aceitar a idéia do empréstimo como uma doação.

Radicalizar não é a solução, cautela sim. Um dito popular afirma: “O bom não tem estrela na testa”. Na parábola do “joio e do trigo” eles crescem juntos, até que depois de grandes o joio é separado. Quem não faz devoluções é como o joio, pode ser eliminado da lista de empréstimos.

É difícil acreditar que o objeto emprestado não seja visto de vez em quando na casa de quem o levou. Acredito mais num comodismo, numa falta de ação e de compromisso consigo mesmo e com o outro: “Se eu fosse o dono, gostaria que fizessem isso comigo? Tomei emprestado, vou devolver: Vou ser trigo, não aceito ser joio”.

É preciso fazer um parêntese para os distraídos e para os impossibilitados, por razões justificáveis, ninguém está livre destas situações inconvenientes. A estes devemos aceitar as desculpas, afinal a intolerância não fica bem em pessoa alguma.

Louvores aos que são como o trigo, porque honram sua palavra.

Louvores aos que são como o joio, porque nos obrigam sair do egocentrismo, e, se não fossem eles esta crônica não teria sentido.

Terezinha Bordignon