Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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16 de outubro de 2008

Nojentos, mas necessários


Como seria o mundo se ratos, baratas, moscas e mosquitos fossem exterminados? Bem melhor! Essa certamente seria a resposta da maioria das pessoas. porém, na vida real, o sumiço desses bichos poderia causar conseqüências desastrosas para a humanidade. Baratas, ratos, moscas e mosquitos são fundamentais para o equilíbrio ecológico.
O lado bom é que sem o zunido e as picadas dos mosquitos as noites de sono seriam bem mais agradáveis... A ausência de ratos, baratas e moscas também traria mais segurança alimentar para o homem, já que esses bichos freqüentam tanto ambientes contaminados, quanto as cozinhas, transportando bactérias causadoras de enfermidades. Além disso, os insetos são grandes competidores do homem quando o assunto é comida. Desde a colheita dos alimentos até eles chegarem aos consumidores, muito se perde com as pragas.Sem elas, a produção de alimentos seria mais eficiente.
Porém, esse paraíso imaginário seria seriamente ameaçado pelo desequilíbrio ambiental. Baratas, moscas, mosquitos e ratos são elos fundamentais da cadeia alimentar da qual o homem também faz parte. Ratos, mosquitos e baratas desempenham a importante tarefa de reciclar material orgânico. Alimentando-se de restos de comidas e até de outros bichos mortos, eles ajudam na decomposição desse material . Sem eles, muito lixo orgânico se acumularia nas ruas e até cadáveres demorariam muito tempo para se decompor.
Ratos também entram em tubulações que nem os homens nem máquinas têm acesso, de tão pequenas e escondidas. Com isso acabam ajudando no escoamento de esgotos. Se fossem exterminados, os canos entupiriam e os detritos voltariam para a rua ou para o ralo das casas.
Larvas de pernilongos se alimentam de partículas orgânicas que ficam suspensas em rios e lagos. Na ausência delas, a água poderia apodrecer mais rapidamente. Além disso, peixes que se alimentam dessas larvas, como carás e tetras, desapareceriam.
Sem baratas e ratos, outros animais tornar-se-iam pragas, como morcegos, pombos e gambás, que também adoram migalhas e restos de comida e transmitem doenças como a raiva. O que parece melhor, dar uma chinelada numa barata invasora ou passar a noite ou passar a noite tentando capturar um morcego?
Correio Riograndense

Faxineiro da natureza ameaçado de extinção


É mudo. Convive com a morte e dela extrai a própria vida. É capaz de enxergar carniça a 3.000 metros de altura. Aproveita-se da fama de morar longe dos intrusos e criar os filhotes em segurança. Até os bebês sabem se defender sozinhos.
Apesar da fama de mau, o urubu é considerado o faxineiro da natureza. Limpa os campos e estradas comendo os corpos de animais mortos já em estado de decomposição. O pássaro é imune a infecções porque possui um suco gástrico muito ativo, que neutraliza toxinas e bactérias. Mas apesar das qualidades, essa ave, que habita todas as regiões do Brasil está cada vez mais rara.
O urubu prefere carniça, mas também come fezes, verduras e algumas frutas. Determinadas espécies preferem peixe podre. No entanto, se criado em cativeiro, come carne fresca, mantém-se limpo e não tem mau-cheiro.
Todas as espécies enxergam bem. No fim da madrugada, já podem ser vistos nas alturas em busca de comida. Para o vôo de passeio ou de caça, o urubu se aproveita das correntes de ar quente. Em geral, é capaz de pressentir quando um animal está prestes a morrer, e fica rondando a vítima. Daí sua fama de representar mau agouro.
No Brasil, encontram-se quatro espécies: urubu-rei, comum, urubu-de-cabeça-vermelha e de cabeça-amarela. O urubu-rei é o maior e mais bonito de todos. Pesa três quilos e tem cabeça e pescoço vermelhos, com máscara ao redor dos olhos. A plumagem é branca com barra negra. Está ameaçado de extinção.
Primo irmão do condor dos Andes, os primeiros representantes habitavam a América do Norte há 50 milhões de anos. Alguns eram voadores, gigantes, maiores que o condor; outros eram corredores, de pernas longas e asas pequenas. No Brasil, os antepassados do urubu já viviam há 20.000 anos na região onde fica hoje o Estado de Minas gerais.
Os urubus muitas vezes são confundidos com os corvos, talvez porque algumas espécies têm a plumagem toda preta, cor de todos os corvos. Apesar da aparência semelhante são aves diferentes. Os urubus pertencem à família dos Cathartídeos, que agrupa os principais devoradores de carniça do continente americano. O condor também pertence a esta família.
Já os corvos são aves negras que não se encontram no Brasil. São parentes nas nossas gralhas. Tanto as gralhas como os corvos pertencem à família dos Corvídeos.
Correio Riograndense