Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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29 de junho de 2008

O Cão e o Lobo

(Fábula de Esopo)

Encontraram-se na estrada

Um cão e um lobo. E este disse:

“Que sorte amaldiçoada!

Feliz seria, se um ida

Como te vejo me visse.

Andas gordo e bem tratado,

Vendes saúde e alegria:

Ando triste e arrepiado,

Sem ter onde cair morto!

Gozas de todo o conforto,

E estás cada vez mais moço;

E eu, para matar a fome,

Nem acho às vezes um osso!

Esta vida me consome...

Dize-me tu, companheiro:

Onde achas tanto dinheiro?”

Disse-lhe o cão:

“Lobo amigo!

Serás feliz, se quiseres

Deixar tudo e vir comigo;

Vives assim porque queres...

Terás comida à vontade,

Terás afeto e carinho,

Mimos e felicidade,

Na boa casa em que vivo!”

Foram-se os dois. em caminho,

Disse o lobo, interessado:

“Que é isto? Por que motivo

Tens o pescoço esfolado”

— “É que, às vezes, amarrado

Me deixam durante o dia...”

“Amarrado? Adeus amigo!

(Disse o lobo) Não te sigo!

Muito bem me parecia

Que era demais a riqueza...

Adeus! inveja não sinto:

Quero viver como vivo!

Deixa-me, com a pobreza!

— Antes livre, mas faminto,

Do que gordo, mas cativo!”

Fonte: Literatura infantil

26 de junho de 2008

O Cachorro e o Lobo

Série Fábulas de Esopo
Exibida pela TV Cultura no programa Glub Glub

22 de junho de 2008

Buffon e seu criado


Não estamos longe de uma mudança ortográfica, janeiro vem logo ai, mas vale a pena conhecer um texto anterior à atual ortografia e compará-lo à atual escrita.

O texto a seguir foi copiado de um livro antigo. Atualmente ele pertence a uma sobrinha que o guardou juntamente com outros pertences antigos da casa dos falecidos avós. Como não tem mais a capa, não se pode saber quem é o autor ou qual sua editora. O que minha sobrinha sabe é que pertenceu a um tio que o utilizou quando estudava a 3ª série do primário. Fazendo os cálculos da idade do tio, deduz-se que o livro foi publicado nos anos 20 do Século XX.

Não se assuste, o texto a seguir foi transcrito com a grafia da época, mas isso é bom, assim podemos ver as mudanças ocorridas na Língua Portuguesa daquela época até hoje. Isso prova que a língua é viva e quer queiramos ou não ela se transforma.

Outra curiosidade é que os autores dos textos não são citados nem nos textos e nem no índice, por isso texto abaixo não apresenta o autor.


BUFFON E SEU CRIADO

O grande sábio Buffon, naturalista francez, havia adquirido na sua mocidade o habito de levantar-se tarde e tinha o apego á cama. Vivia elle a lastimar o tempo precioso que perdia; mas, apesar dos seus propositos e esforços, não podia vencer tão nocivo costume.

Um dia, porêm, resolveu firmemente comsigo dominar aquella inveterada indolencia. Chamou José, seu criado de quarto, e prometeu dar-lhe uma libra esterlina de cada vez que elle tivesse artes de fazer erguer antes das seis horas.

Na manhã seguinte, José não faltou á hora aprazada no quarto do amo; este zangou-se muito, insultou-o e ameaçou-o; pelo que o criado receoso retirou-se deixando o amo em paz. “Hoje não ganhaste nada, meu José disse Buffon, quando o criado lhe trouxe o almoço e eu perdi o meu tempo. D’ora em deante não te importem os meus insultos nem as minhas ameaças, e trata de ganhar tua libra.”

No dia immediato, antes das seis horas, entrou o criado, resolvido desta vez a não ceder e levar a sua avante. Chega-se á cama do amo e intimida-o para que se levante; Buffon acorda, pede que o deixem, e, como José insistisse, encolerizou-se, ordena-lhe que saia, ameaçando-o de o despedir: em uma palavra, reproduz-se a scena do dia anterior. Desta vez, porêm, José na se deixa intimidar, puxa para baixo a roupa da cama, despeja um jarro d’agua fria sobre o amo e sae do quarto a toda pressa. Momentos depois ouviu tanger a campainha e foi logo á presença do amo. O criado tremia e Buffon com a maior tranquilidade disse-lhe: “D´-me roupa, e d’ora em deante não nos zanguemos mais um com o outro. Aqui tens a tua libra: hoje ganhaste-a bem.”

O que é certo é que nos dias seguintes José não precisou de recorrer a meios tão enérgicos para fazer com que o amo se levantasse; bastava chama-lo; e assim foi Buffon contraindo o habito de saír cedo da cama. O ilustre sábio aproveitou aquelas horas preciosas da manhã, até então perdidas, trabalhando com tal assiduidade e proveito, queaos seus titulos de naturalista soube ajuntar os não menos ilustres de literato. Freqüentemente repetia Buffon a historia do jarro d’gua e acrescentava a rir “Devo ao José tres ou quatro volumes da minha Historia Natural.”

ATIVIDADES:

1- Identificar palavras e expressões que sofreram mudança na ortografia.

2- Acentuar palavras não eram acentuadas, mas atualmente são ou que eram acentuadas mas sofreram mudança na acentuação.

3- Forme uma dupla, discuta com seu par e responda:

a- Qual o modo de pensar da época a respeito do tempo e do trabalho?

b- Atualmente, essa forma de pensar mudou? Explique.


Diálogo entre as Religões

Este video mostra o cantor turco Mahun Kirmizigül cantando uma música que prega a tolerância e o diálogo entre as religiões. É linda!


11 de junho de 2008

Capa de livro

SÚPLICA DA MATURIDADE
Tens me concedido, Sr. Viver meus dias até aqui.
Quantos mais é um mistério para mim, não para ti cujo tempo e espaço são coisas pequenas e relativas.
Cada dia que passa sinto-me mais próxima de ti.
Sou de novo como a criança que no ventre da mãe, espera completar seu tempo e sua gravidez, sem saber o dia de seu novo nascimento.
Enquanto esse útero-mundo ainda me abriga, que eu possa ter o deslumbramento da criança, o vigor da juventude, a disposição do adulto e a sabedoria das pessoas maduras.
Dá-me a consciência de que tudo isso não está só fora, mas cada vez mais dentro que de tão grande vai um dia, implodir em mim para explodir em Ti.
Quero estar em paz comigo mesmo, amar e sentir-me útil aos outros, com a fé inabalável que cada dia que amanhece é Dom, Graça, Presente, Privilégio.
Que cada manhã, como uma nova aurora, eu esteja útil, aberta e presente à surpresa do espetáculo irrepetível e sempre novo de cada dia.
Quando chegar a noite, espero sentir-me abençoada pelo abrigo da casa, minhas dores e meus limites, pelo travesseiro, testemunha fiel e silencioso de meus segredos e medos, sonhos e insônias.
Sou grata a todas as pessoas, fios invisíveis de minha tecelagem para a veste festiva e triunfal do aguardado e definitivo encontro Contigo.
Que meus dias se cumpram como o fruto que amadurece porque completou seu tempo e cai da árvore para ser consumido.
Assim, afastada daquilo que sempre me prendeu, posso enfim ver a exata medida da beleza e grandeza do meu destino.
Íris Boff

Este foi o texto que recebi, juntamente com alguns exemplares do livro Em Corpo e Alma”, de minha amiga Íris Boff . Na dedicatória, Íris assim escreveu:

“ Ao
Brasílio
Meu querido
Pai dos meus 7 filhos

Agradecimentos
À
Terezinha Bordignon
pela gentileza de
seus belos desenhos,

Ao
Henrique,
meu filho, por sua
preciosa ajuda
no computador.

Trata-se de um livro de poesias, cuja capa tive o privilégio de contribuir com um dos meus desenhos.
Não me habilito a analisar nenhuma delas porque certamente não decifraria o enigma “Íris”. Posso dizer que é uma pessoa alegre e extrovertida, arteira. Seu modo de pensar e agir é ousado para sua época. Escreve sobre seus sentimentos abertamente. Exala sexualidade. Assim são seus poemas.


FECUNDAÇÃO
Do mundo sem esperança,
Nasce uma nova criança
Das seculares catedrais
Acordam as Deusas ancestrais


Portas e janelas se abrem
Para o ar não viciar
Outras idéias cabem
Para o mundo se gestar


Sinos tangem
Camas rangem
A mudança vem pra ficar
Anunciando inaugurando
Nas vestes e cabelos
Outros modos e modelos
De viver e de amar.


No tapa, no afago
No beijo, o açoite
Aurora do dia
Vêem da negra noite.


O olhar de ontem
Tem outro horizonte
As pernas paradas
Correm em outras estradas.


Na brisa ou vendaval
Voam acasalados
E de braços dados
O bem e o mal


Um ar de bem aventurança
A criança traz
Depois que cansa
E dorme em paz.


Nessa brisa leve
Nesse silêncio breve.
Que esse anseio profundo
Fecunde o mundo
Íris Boff

Gráfica e Editra Lastro
Rua Mal. Mallet, 900 - fone 3353-3729
lastro@qwnet.com.br



8 de junho de 2008

Criando personagens








Com sua criatividade você pode criar personagens com diferentes legumes ou frutas. Estes modelos não foram feitos por mim, estão no blog Álbum da Cozinha. Podem ser usados na decoração de festas, mas por que não usá-los como personagens de teatros?

4 de junho de 2008

Sábios pensamentos


O leite fresco demora em coalhar; assim, os maus atos nem sempre trazem resultados imediatos. Esses atos são como brasas ocultas nas cinzas e que, latentes, continuam a arder até causar grandes labaredas. (Sakyamuni).

Um bom amigo, que nos aponta os erros e as imperfeições e reprova o mal, deve ser respeitado como se nos tivesse revelado o segredo de um oculto tesouro. (Sakyamuni).

Viver apenas um dia ou ouvir um bom ensinamento é melhor do que viver um século sem conhecer tal ensinamento. (Sakyamuni).

A pessoa que não pode viver significativamente hoje não o pode esperar levar uma vida brilhante amanhã . Não importando que grandes planos a pessoa possa fazer, se não valorizar cada momento, será o exatamente como muitos castelos no ar...(Daisaku Ikeda).

Seja como for, a grandiosa Revolução Humana de uma única pessoa irá um dia impulsionar a mudança total do destino de um país e, além disso, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade. (Daisaku Ikeda).

Por mais que na batalha se vença a um ou mais inimigos, a vitória sobre a si mesmo é a maior de todas as vitórias. (Sakyamuni).

A própria vida é o mais alto precioso de todos os tesouros do universo. Mesmo os tesouros do universo inteiro não podem igualar ao valor de uma única vida humana. A vida é como uma chama, e o alimento como o óleo que lhe permite queimar. (Nitiren Daishonin).

Mesmo que tente distorcer a verdade, certamente chegará o momento em que ela será provada, ou melhor, devemos comprová-lá a todo custo. Da mesma forma, mesmo que o mal seja camuflado por todos os meios, ele será um dia desmascarado para então encontrar a sua ruína e desaparecer. (Daisaku Ikeda).

Quanto mais evitarem qualquer acomodação, mais nitidamente conseguirão distinguir entre é certo e o errado.. (Daisaku Ikeda).

Assim como as pedras preciosas são tiradas da terra, a virtude surge dos bons atos e a sabedoria nasce da mente pura e tranqüila. Para se andar com segurança, nos labirintos da vida humana, é necessário que se tenham como guias a luz da sabedoria e virtude. (Sakyamuni).

A morte não é a maior tragédia do ser humano, é pior quando algo vital dentro da pessoa morre enquanto ela ainda está viva. Essa morte é certamente a coisa mais temível e trágica. (Daisaku Ikeda).

Somente o conhecimento não é suficiente. Somente quando o conhecimento alia-se a sabedoria é que uma pessoa pode atingir a vitória na vida. Sem sabedoria, não se pode distinguir as pessoas boas ou más. (Daisaku Ikeda).

O louco que reconhece sua loucura possui algo de prudente; porém, o louco que se presume sábio esse está realmente louco. (Sakyamuni).

Fonte: http://www.vertex.com.br

2 de junho de 2008

Vida Social

Este video mostra os problemas das grandes cidades e valoriza a tranqüilidade, a simplicidade e a pureza existente na zona rural. O professor pode explorar preservação ambiental, êxodo rural, o uso da tecnologia, bondade e honestidade, sonhos, vida profissional, vida familiar. Também pode trabalhar a línguiagem culta e a linguagem caipira...