Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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10 de julho de 2007

Obesidade


A mulher e sua galinha

Uma mulher possuía uma galinha que lhe dava um ovo todo dia. Ela pensava consigo mesma como poderia obter dois ovos por dia ao invés de apenas um, e finalmente, para atingir seu propósito, decidiu dar à galinha ração em dobro.

A partir daquele dia a galinha tornou-se gorda e preguiçosa e nunca mais botou nenhum ovo.


Moral: A cobiça vai muito além dela mesma.

Autor: Esopo

SUGESTÃO DE ATIVIDADES:

1- Leitura

2- Ditado

3- Sinônimos

4- Dígrafos

5- Artigo indefinido

6- Numerais ordinais e fracionários

7- Pronomes: reto, oblíquo, possessivo, indefinido

8- Substantivos

9- Tempos verbais

10- Preposições

11- Advérbios

12-Acentuação gráfica

13-Sintaxe: Sujeito, predicado, objetos, adjuntos adverbiais

14-Trabalhar o preconceito com os gordos, cobiça, educação alimentar, preguiça

15-Ilustração de história em quadrinhos

MENSAGEM

Nossos corpos são nossos jardins... nossas vontades são os jardineiros

William Shakspeare

TEATRO - MULHER FORMOSA


CENÁRIO: Uma academia. O professor opta pelo mais prático.
PERSONAGENS:
Roberto
Verinha (Uma aluna magra)
Taís ( Uma aluna com corpo normal)
Figurantes fazendo ginástica


NARRADOR :

A mulher gorda já teve seus dias de glória na época do Renascimento. Os artistas esculpiam e pintavam mulheres gordinhas. Muitas delas foram retratadas e imortalizadas com suas gordurinhas ou gorduras avantajadas. Era o padrão de beleza da época.

De uns anos para cá esse padrão de beleza mudou. A Moda adotou a mulher Barbie, que é exageradamente magra por modelo ideal e as gordas foram deixadas de lado, como se nelas não existisse beleza. Passaram a ser motivo de deboche, Já não encontram roupas prontas para comprar, a não ser em lojas especializadas. Para completar o martírio, surgiram as propagandas de produtos dietéticos, os regimes, as clínicas de cirurgia plástica, os centros de emagrecimento, os produtos que oferecem milagres, os aparelhos para ginástica, as academias, os médicos especializados, regimes na INTERNET. As propagandas dificilmente são feitas com pessoas gordas, anão ser para chamar a atenção e ficar engraçada.

As mulheres magras, com corpos esqueléticos, são supervalorizadas. Muitas delas recebem salários milionários, desfilam, viajam, vivem cercadas de fotógrafos e de admiradores, tornam-se atrizes de cinema e televisão. Isto desperta a idéia de que ser uma pessoa magra é garantia de sucesso. O que muitas pessoas não sabem é que estas belíssimas mulheres muitas vezes estão doentes. A bulimia e anorexia tem matado algumas delas, conforme a imprensa tem noticiado. O pior de tudo é que são imitadas por outras. Muitas famílias só vão perceber quando o problema está muito grave e a jovem já corre risco de vida.

Nos dias atuais a obesidade tem aumentado muito. Produtos industrializados, maus hábitos alimentares, sedentarismo geram muitos pneuzinhos. Conviver com ele e com a idéia de magreza gera angústia. Felizmente, há um movimento contra moda dos corpos esquelético. As agências de modelo estão sendo questionadas e criticadas. Já estão proibindo desfile de modelos anoréxicas. Os corpos revestidos com mais carne já são vistos com outros olhos.

Musica de fundo: Mulher Pequena, de Roberto Carlos.


DESENVOLVIMENTO ( parar a música):

VERINHA: (entra em cena trajando roupa de ginástica, reclama) Nossa, como eu estou gorda! Olha só minha barriga, O que é isso? Preciso dar um jeito nisso (mostra gorduras que não existem) Estou parecendo um bola. Quando o Roberto prestar atenção em mim, não vai querer mais namorar comigo. Vou parar de comer. Vou almoçar uma laranja, no café da tarde tomo uma xícara de café com adoçante e não janto mais. Quero ver se emagreço ou não emagreço. Além disso, vou fazer duas horas de exercícios na academia todos os dias, Sem falar na aula de natação três vezes por semana.

TAÍS: (Entra em cena com um chocolate, sorrindo, toda feliz. Enquanto contracena fica degustando os alimentos) Oi Verinha! Nossa, mas você está linda!

VERINHA: O que você quer com isso? É brincadeira sua. Só pode ser brincadeira. Eu acabei de decidir que vou fazer um regime!

TAÍS: Você ficou louca? Pra que fazer regime? Você pensa que pode voar? Seu corpo está ótimo. Não precisa de regime. Vai fazer regime coisa nenhuma. Eu não faço regime! Estou feliz como sou.

VERINHA: Mas deveria. Veja só. Vai virar uma elefanta se comer este chocolate. Joga isso fora!

TAÌS: Exagerada! Eu não penso assim. É claro que cuido da minha alimentação. Como frutas, verduras, eu evito muito doce, bolachas recheadas, salgadinhos, mas não me privo das coisas boas da vida. Não penso como você. Aceita um chocolate? Comprei dois.

VERINHA: Não, obrigada. Agora vou malhar. (Faz abdominal)

TAÍS: (pega o outro chocolate) Não sei se como este chocolate agora ou se deixo para mais tarde. Deve ser uma delícia. Tem certeza que não quer mesmo um pedaço?

VERINHA: Lógico que não.

TAÍS: (guarda o chocolate) Esse chocolate que me aguarde.

VERINHA: Estou com uma dor no estômago

TAÍS: É fome. Você vive passando fome. Com certeza nem almoçou.

VERINHA: Só uma folha de alface! A fome é psicológica. Vai passar, Vai passar. Prefiro morrer que continuar gorda como estou!

TAÍS: Vai passar coisa nenhuma. Uma folha de alface é muito pouco. Você ainda está em fase de crescimento. Precisa se alimentar muito bem. Se continuar assim vai adoecer. Por que você acha que precisa emagrecer mais?

VERINHA: Quero ficar bonita, como as artista da TV e do cinema. ( Mudar o exercício)

TAÍS: Mas você é bonita.

VERINHA: Quero ser como as atrizes! Elas não são gordas e eu sou!

TAÍS: Fique aí com sua ginástica que eu vou estudar um pouco. Amanhã tenho prova de Literatura. (Afasta-se e senta-se num banquinho ou no chão e fica lendo um livro).

VERINHA: Vai estudar sim. Depois você me ensina

TAÍS: Nem pense nisso, não vou correr risco. Além do mais você precisa aprender também.

ROBERTO: (Roberto chega com dois papéis nas mãos) Oi Verinha. Tudo bem?

VERINHA: Mais ou menos, Roberto.

ROBERTO: Sabe o que é este papel?

VERINHA: Não faço a menor idéia.

ROBERTO: Ganhei dois convites para um rodízio de pizza, hoje à noite. Está convidada para ir comigo.

VERINHA: Pizza? Eu não posso ir nesse rodízio. (faz exercícios)

ROBERTO: Credo Verinha, Vamos sim. Já imaginou comer pizza à vontade sem precisar pagar nada?

VERINHA: Eu não quero, porque pizza engorda e eu estou muito gorda. (Faz exercícios mais rapidamente, respira ofegante)

ROBERTO: Você está ótima. Vamos sim. Pra que tanto sacrifício? Seu tipo físico é assim mesmo.

VERINHA: Ui, que coisa esquisita.

ROBERTO: O que foi Verinha? Você está pálida!

VERINHA: (desmaia)

ROBERTO: Socorro, Taís venha me ajudar

TAÍS: (Vai socorrer Verinha, fica apavorada) Ela desmaiou, e agora?

FIGURANTES: (Vêm perto – Obs: Não ficar na frente para não impedir a platéia de ver a cena - e cada um diz)

- Morreu.
- Morreu?
- Sei lá
- Que Deus a tenha
- Era uma boa menina
- A essa hora já está na luz
- Descanse em paz

ROBERTO: (Em voz) Calma pessoal . Vou ver o pulso dela. Nossa está bem fraquinho!

TAÍS: Será que ela teve uma parada cardíaca?

ROBERTO: Não, quer dizer, acho que não. Vamos abaná-la. Quem sabe assim ela recebe mais oxigênio.

FIGURANTES: (dizem ao mesmo tempo)

- Com certeza ela morreu
- Bem que eu avisei
- Vamos avisar os pais dela?
- Não. Chama o pronto socorro!
- Não, a polícia!
- Polícia não seu tonto. Vão nos acusar de homicídio!

ROBERTO: Silêncio, por favor! (Ouve-se um gemido) Parece que ela ainda não morreu. Por favor, afastem-se. Ela está precisando de ar. (todos os figurantes se afastam um pouco)

VERINHA: Onde estou? Ai, minha cabeça, está rodando! Será que eu morri?

TAÍS: Não morreu ainda não, mas se não consultar um médico, não vai durar muito. Você precisa se tratar. Deve estar anêmica.

VERINHA: Eu desisti de morrer.

FIGURANTES: (todos ao mesmo tempo)
(Morre! Morre! Morre! Morre!)

ROBERTO: ( Seus urubus, quietinhos aí)

TAÍS: Você está certa, amiga. A vida é muito boa. Lembra do chocolate? Ainda está em tempo. Quer comê-lo agora?

VERINHA: Quero.

TAÍS: (entrega o chocolate) Sabe Verinha, É preciso cuidar da saúde. Ela é a coisa mais preciosa uma pessoa pode ter. Uma pessoa pode ter tudo, mas se não tem saúde não é totalmente feliz. Não vale a pena fazer o que você fez. Muitas meninas que fizeram o que você fez, morreram na flor da idade. Já imaginou, meninas que morreram de fome, mas tinham o que comer. Não faça mais isso.

VERINHA: Amanhã mesmo vou ao médico.

ROBERTO: Ótimo, e a rodada de pizza?

VERINHA: Está confirmada.

OS FIGURANTES SE APROXIMAM. DE MÃOS DADAS, TODOS CANTAM O REFRÃO DA MÚSICA _ Mulher Pequena, de Roberto Carlos

Coisa bonita,
Coisa gostosa,
Quem foi que disse
Que tem ser magra
Pra ser formosa?


Coisa bonita,
Coisa gostosa,
Você é linda
É do jeito que gosto
Maravilhosa.

Bis.

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A humanidade é um oceano. Se algumas gotas estão sujas, isso não significa que ele todo ficará sujo. (Mahatma Gandhi)