Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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26 de outubro de 2007

Medos e vergonhas




Folheando um livro de meu armário, encontrei um poema de Rute Rocha com algumas sugestões de trabalho. Gostei, só não sei quem é o autor das sugestões.
1- Avise que vai ler uma poesia falando sobre o medo. Comente que todos têm medo, mas às vezes, por vergonha, não admitem.
2- Distribuir um sulfite para o aluno e pedir que, sem se identificar, escreva bem grande qual é seu maior medo.
3- Recolher os papéis sem olhar e embaraça-los.
4- Leia o texto de Rute Rocha em voz alta.
QUEM TEM MEDO DO RIDÍCULO? Rute Rocha
Todo mundo tem seus medos
De escuro ou de furacão.
De cachorro ou de galinha.
De polícia ou de ladrão.
Mas o medo mais terrível
É de fazer, de repente,
Um papel muito ridículo
No meio de toda gente.
Ridículo dá mais medo
Do que cair de avião,
Do que dar trombada em avião,
Do que tiro de canhão.
Dá mais medo que fantasma,
Mais medo até que dentista.
Mais que cair de cabeça,
Que trombar com terrorista!
Imagine ir numa festa
Com a turma lá da escola.
Sua mãe bota em você
Sua roupa mais frajola...
Calça comprida, sapato,
Cabelo bem penteado.
Camisa com colarinho
E um paletó alinhado!
Quando você chega e vê
A turma do jeans rasgado.
De camisa e boné
E tênis bem desbotado...
É coisa de apavorar,
A vida da gente estraga...
Dá vontade de matar!
Que mico que a gente paga!
Outra coisa que apavora,
Que nos dá muita aflição,
É em dia de sabatina
Não sabermos a lição...
A gente em frente da classe,
Com uma cara de bocó...
Sem saber coisa nenhuma...
Ridículo de dar dó!
Mas as vezes dá mais medo
De saber uma lição
Que a classe inteira não sabe.
Você banca o caretão!
E veja se não dá medo,
De vez em quando, na escola,
Todo mundo está falando,
Não está dando a menor bola...
No meio do barulhão
De repente a gente fala.
E neste mesmo momento
A classe inteira se cala.
Sua voz sai esquisista,
Com um jeito muito infeliz,
E quase sempre é besteira
Aquilo que a gente diz.
Quando a gente está com a turma
E a mãe da gente aparece,

Às vezes é o maior mico
Que a gente paga e não esquece!
A gente gosta do irmão
Ainda mais pequenino.
Mas às vezes dá vergonha
Carregar nosso irmãozinho!
No meio de uma conversa
Causa grande sofrimento
Não conseguir segurar,
Soltar um pum barulhento...
Soltar um pum é natural
Que qualquer pessoa faz.
Mas conforme a situação
É ridículo demais!
Se pensarmos um bocado
Chegamos à conclusão
Que ridículos são todos:
Depende da ocasião!
Por isso cada um de nós
Será ridículo quando
Ficar muito preocupado
Com que os outros estão pensando!
5- PRODUÇÃO DE TEXTO:
a- Em pequenos grupos: pedir que imaginem uma situação ridícula e a descrevam.
b- Trocar os textos entre os grupos para leitura.
c- Preparar o cenário e dramatizar algumas situações engraçadas.

6- PRODUÇÃO DE TEXTO EM GRUPO:
a- Usar os dois primeiros versos das três primeiras estrofes do poema e escrever dois versos diferentes para cada estrofe.
b- Usar o primeiro verso da 4ª, 5ª e 6ª estrofes e escrever mais três versos diferentes para cada uma das estrofes.
c- Uma palavra da 7ª, 8ª e 9ª estrofes e escrever quatro versos para cada estrofe.
d- Escrever novas estrofes
e- Reunir as novas estrofes, colar em papel craft e expor o poema coletivo.

POR QUE SOLTAMOS PUM?
Quando o cheiro empesteia o ar, todo mundo reconhece na hora! E antes que o odor desapareça, alguém faz a clássica pergunta: quem soltou pum? É fácil descobrir o culpado quando o pum é barulhento. Mas quando ele é discreto e apenas o cheiro denuncia, a busca torna-se mais difícil! Afinal, todos os suspeitos capricham na cara de não-fui-eu-não. De qualquer forma, ninguém pode negar: não existe vexame maior do que ser identificado como o dono de um pum fedorento!
O pum nada mais é do que a saída de gases produzidos e acumulados no tubo digestivo, processo chamado flatulência. Durante a digestão, o alimento passa pela boca, pela faringe, pelo esôfago, pelo estômago e pelo intestino. Ele é quebrado em unidades menores para ser absorvido pelo organismo. Os restos dos alimentos são atacados por bactérias no intestino grosso. A ação desses microorganismos forma gases – como o metano, o gás carbônico e o hidrogênio – que se acumulam, principalmente, na parte final do intestino grosso. Também gera compostos como o sulfeto de hidrogênio, mercaptanos e indol. Os gases e os compostos são responsáveis pelo mau cheiro do pum!
Há alimentos que produzem mais gases do que outros. Então fique de olho no cardápio! Repolho, couve-flor, cebola e feijão produzem resíduos que não são digeridos pelo nosso organismo e mais gases do que outros alimentos. O feijão, por exemplo, tem um carboidrato que não é transformado pela digestão. Ao ser atacado por bactérias, esse resíduo produz mais gases do que outros alimentos com pouco ou nenhum carboidrato desse tipo.

Os gases e as fezes são resíduos da digestão e ficam armazenados na parte final do intestino, que funciona como um reservatório e é chamada ampola retal. A saída dos resíduos é controlada pelo ânus ou esfíncter anal, um anel muscular que se encontra na porção final do intestino e possui duas partes. Uma funciona de forma involuntária, ou seja, abre independentemente de nossa vontade. A outra, podemos controlar.
Quando a ampola retal está muito cheia, o cérebro é avisado e ordena que o esfíncter se abra. Seja sincero: quando a vontade de fazer cocô ou soltar pum é enorme, o que você faz? Aposto que tenta prender! Pois está contraindo a parte do esfíncter sobre a qual tem domínio.
Às vezes, a artimanha não tem resultado. Se estivermos sozinhos, não há problema. Mas, se houver alguém por perto... Melhor torcer para não ter exagerado na cebola ou na couve-flor no almoço e para que o pum saia silencioso! Sei que nessa hora é difícil pensar em algo, mas saiba que o som do pum é produzido porque os gases saem semi-apertados pela contração parcial do esfíncter. Ah! Uma dica final: se foi você quem soltou o pum, não titubeie em mostrar a mão. Ela não fica amarela!

ATIVIDADES
1- Cite outros odores produzidos pelo nosso corpo.
2- Qual o sentido utilizado para sentir o cheiro?
3- Cite cheiros desagradáveis.
4- Cite ambientes que podem apresentar mau cheiro.
5- O médico pode usar o cheiro para detectar doenças. Cite uma doença que pode ser detectada com o auxílio do cheiro.
6- Existem cheiros que ficam registrados em nossa memória
7- O que você acha do “arroto”? Afinal, ele também sai por uma abertura do tubo digestivo, é formado de gases, faz barulho e também tem cheiro. É diferente do pum? Em quê?
8 Procure no dicionário:
Peido – suor – chulé – hálito – espirro – flatulência – coceira – olfato
Colaboração M. I. Frison

3 comentários:

  1. Quem foi o professor louco que fez este plano de aoula?

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  2. Eu planejei texto de Rute Rocha. O segundo texto foi planejado pela professora de Ciências M. I. Frison

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  3. muito bons estes textos. Precisamos que nossos alunos entendam as situações do dia a dia de cada um. Vou utilizá-los nas minhas aulas de produção textual para as classes do segundo segmento do ensino fundamental.

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A humanidade é um oceano. Se algumas gotas estão sujas, isso não significa que ele todo ficará sujo. (Mahatma Gandhi)