Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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12 de janeiro de 2015

Breve histórico da máquina fotográfica



ORIGEM 



O ser humano sempre sentiu o desejo de guardar lembranças de sua vida. Este foi o principal impulso para a criação da fotografia. De sua origem até hoje, a máquina fotográfica se popularizou conforme os ideais da Revolução Francesa, acompanhou o desenvolvimento da ótica, da química a evolução da tecnologia e hoje quem não tem uma?

            BREVE HISTÓRICO 




           A origem da máquina fotográfica não se limitou a um único local ou período histórico: Na Grécia Antiga, Aristóteles, durante um eclipse solar, observou um fenômeno ótico através de um furo numa folha. No século XIII os árabes conseguiram uma imagem invertida numa parede. No século XV, durante o Renascimento, quando a figura humana e a paisagem são visto racional e matematicamente de acordo com as regras da perspectiva, de Leonardo da Vinci realiza experimentos numa câmera escura. Giovanni Baptista Della Porta, desenvolveu uma câmera escura, adaptou uma lente. Sua técnica passou a ser utilizada por pintores. Em 1727, na Alemanha, Johann Heinrich Shullze para fixar imagens, pesquisou como encontrar fósforos e descobre o nitrato de prata. Em 1826, Joseph Nicéphore Niépce fixa a primeira imagem fotográfica numa chapa de metal sensibilizada com betume da Judéia. Ele também fixa com ácido nítrico uma imagem num papel sensibilizado com cloreto de prata. Depois utiliza lâminas de cobre. Apesar de seus experimentos, o tempo de exposição continua longo e a luminosidade não é boa. Faz, então, uma sociedade com Louis Jacques Mande Daguerre, mas morre e Daguerre é quem alcança popularidade. Daguerre descobre que o vapor de mercúrio reduz o tempo de exposição à luz, patenteia a invenção e a vende. Em 1939 a Academia de Ciências de Paris faz a divulgação ao mundo. Esse método não foi satisfatório e instigou novas pesquisas com a fotografia sobre papel, pois não tinha uma boa imagem de fundo e não permitia várias cópias. Em 1835, Willian Henry Talbot , numa câmera fotográfica de madeira , após meia hora de exposição, usando sal de cozinha como fixador da imagem negativa e um outro papel sensível, fez uma imagem em positivo. Patenteou seu invento em 1841 com o nome de Calotipia. Em 1824, Antoine Hercules Romuald Florence vem para o Brasil, desenvolve algumas invenções sobre captação de imagem, inclusive pela luz solar. Em 1832 descobriu um processo que chamou de Photographie. Em 1933 fotografou rótulos de farmácia utilizando a luz solar.
            A partir daí, o ato de fotografar ficou mais fácil, tornou-se possível fotografar fora do estúdio. Na Europa a fotografia estava associada ao retrato, nos Estados Unidos ao paisagismo. No Oriente, em meados do século XIX, Felice Beato fotografa China, Japão e a Guerra da Criméia. Em 1888 nasce a Kodak, George Eastman fabrica câmeras pequenas com filmes já colocados. Para ser revelado, o filme era devolvido à empresa. 
            A busca pelo aperfeiçoamento nunca parou. Nas primeiras décadas do século XX fotógrafos trabalham com inúmeros materiais, surgem novos modelos de câmera, objetivas e filmes, até coloridos.

            A CÂMERA FOTOGRÁFICA ANALÓGICA

            



         As câmeras fotográficas analógicas são classificadas de acordo com o formato do filme que utilizam.
As câmeras com Formato 120, usadas profissionalmente, precisam de filmes de 6 cm de largura. As que tem o formato 4 X 5, também profissionais, pesadas e de difícil manejo, necessitam de filmes em chapa. As câmeras com formato 135 são populares e dispõem de vários recurso, têm um visor direto e isso dificulta o enquadramento da imagem para chegar até o filme, provocando cortes, Esse erro chama-se paralaxe. Essas câmeras caracterizam-se por ter Telêmetro que regula a imagem dupla e corrige o foco, Foco fixo, focaliza imagens de 2 metros de distância até o infinito, Foco variável com escala de distância simbólica ou métrica.
As câmeras Monoreflex (SLR) são sofisticadas e dispõem de inúmeros recursos. Contêm um espelho em seu interior e nele refletem a imagem captada através da objetiva. Essa imagem é gravada no filme sem erro de enquadramento. As partes dessa máquina são: Objetiva, espelho, plano focal, pentaprisma, visor e filme(sensor). Seu funcionamento ocorre quando o obturador e o diafragma controlam a quantidade de luz que entra na câmera. Como a luz é variável, torna-se necessário o seu controle. O fotômetro é um dispositivo que mede a quantidade de luz e regula a abertura do diafragma com a velocidade do obturador. Há a leitura automática da máquina. Há também a leitura semi-automática quando o fotógrafo determina a abertura e a máquina encontra essa abertura. A leitura manual ocorre quando o fotógrafo regula manualmente a velocidade e a abertura da luz. Na medição integrada o fotômetro calcula a quantidade de luz e faz a média. A medição pontual é feita quando apenas uma pequena quantidade de luz chega no centro do visor.

O filme fotográfico absorve a luz por fotossensibilidade e após a revelação, transforma os sais de prata em prata metálica tem duas sensibilidades: ISO e ASA. Essa sensibilidade corresponde à quantidade de luz que o filme necessita para reter a imagem. Quanto maior a ASA, menor o tempo de exposição à luz. Nas máquinas digitais, o filme recebe o nome de sensor. 
A fotografia colorida é obtida a partir das três cores primárias aditivas. O processo de revelação é semelhante ao processo em preto e branco: O revelador converte a imagem do filme em prata metálica negra, depois, corantes ativam cada uma das cores nas três cores primárias, que posteriormente são registradas nas suas cores complementares.
O diafragma é um conjunto de lâminas situado na objetiva e que regula a quantidade de luz que chega até o filme. Essas lâminas abrem e fecham formando o diâmetro de abertura do diafragma. Ele recebe números indicativos da quantidade de luz. Quanto menor for o número, maior é a abertura do diafragma.
A máquina fotografada tem junto ao seu corpo o obturador. Este  abre e fecha e controla  em frações de segundos a velocidade com que a luz penetra no seu interior. Essa velocidade é determinada por números situados num anel. Quanto maior o número de velocidade, menor o tempo de abertura do obturador e de exposição do filme à luz.  A distância entre o centro ótico e a película é responsável pelo ângulo de visão e pelo resultado estético.
A objetiva é formada por um conjunto de lentes e distingue-se pela distância focal. A distância focal é a menor distância entre a objetiva e o plano do filme onde é possível produzir uma imagem nítida de um plano distante. A distância focal de uma objetiva determina o ângulo de visão, aproximando e distanciando os objetos visualizados. Quando a distância focal é aumentada, o ângulo de visão se estreita, o objeto fica maior e diminui o número de objetos. Nas câmeras de135 mm as objetivas são normais e não distorcem a perspectiva. As teleobjetivas são objetivas com distância focal maior e possibilitam registrar detalhes a longa distância. Achatam a perspectiva. Grande angular são objetivas com distância focal menor.  E com ângulo de visão maior. Sua distorção é arredondada nas bordas, a profundidade é grande. Macro são objetivas para registrar detalhes. Tem profundidade pequena. Zoom são objetivas com várias distâncias focais, mas pouco luminosas por causa do grande número de lentes que dispersam a luz interna.

A CÂMERA FOTOGRÁFICA DIGITAL


Na     câmera digital a imagem é captada através dos fotodiodos, estes são sensores que convertem luz em sinais elétricos, formando o pixel. Há dois tipos de sensores: Os CCD e os CMOS. Os CCD são acoplados entre si e têm a finalidade de transferir a carga de um para o outro para a leitura linha por linha, coluna por coluna a partir de um dos cantos. Os CMOS estão associados individualmente a amplificadores, conversores e transistores. A leitura e a codificação é feita a partir das bordas. São mais rápidos. A captação da imagem pode ser feita em Mosaico, quando cada pixel captura uma só cor ou pela Captura Foveon X3 através de filtros de cor em três camadas separadas, sobrepostas combinadas ao silício criam o pixel colorido. Os recursos das câmeras digitais são praticamente os mesmos das câmeras analógicas. Para facilitar a seleção e o modo de disparo, elas possuem ícones que são selecionados conforme a distância e a luminosidade do local.  Um menu auxilia na escolha do seletor de foco, da qualidade da imagem, a temperatura da cor, a nitidez dos contornos.

DIFERENÇAS E VANTAGENS ENTRE A MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS ANALÓGICAS E DIGITAIS


         Nas câmeras fotográficas analógicas a imagem só pode ser vista após sua revelação. Há gastos com filmes. As imagens são excelentes, os negativos podem ser guardados nas câmeras e quando bem cuidados podem duram mais de um século. As imagens são lidas através de produtos químicos. Nas digitais a visualização é imediata, e com a vantagem de a imagem poder ser apagada e imediatamente ser substituída por outra. O armazenamento depende do tamanho da foto, isto é,de quantos megapixel tem a foto. Ocupa muito espaço na memória, a tecnologia pode se tornar ultrapassada. A leitura das cores é feita através da leituras dos pixel por um sensor eletrônico
    Ainda hoje, muitos fotógrafos preferem a máquina fotográfica analógica porque consideram seu resultado melhor que o digital, mas em virtude da praticidade do uso da câmera digital em grande escala, da falta de alguns materiais, preferem a digital. A praticidade da câmera digital faz com ela, sem filme para comprar e para revelar, automatizada, e sempre apresentando grandes novidades, seja a grande preferida. É certo que os avanços da digital atingem a analógica, isso faz com que a máquina fotográfica analógica continue ainda no mercado ao lado de sua rival.



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