Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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3 de fevereiro de 2007

Trava-línguas

Os Trava-línguas despertam o gosto de brincar com as palavras e os sons da língua. O professor poderá usa-loa para melhorar a dicção de seus alunos. Eles fazem parte do nosso folclore, e sofrem variações conforme os costumes de cada região, São conjuntos de palavras que privilegiam encontros consonantais dificultosos de se falar, que podem servir muito bem para se melhorar a dicção, ajudando também a tornar mais clara a fala. Além de aperfeiçoadores da pronúncia, servem para divertir e provocar disputa entre amigos. São embaraçosos, provocam risos e caçoadas. Fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore

Quando um trava-linguas é repetido de forma rápida ou várias vezes seguidas, provoca um problema de dicção ou paralisia da língua; é praticamente impossível pronunciar um trava-línguas sem uma concentração intensa no que se está dizendo


Ex.: Toco preto, Porco crespo, repetido rapidamente.

Pia o pinto a pipa pinga.


O professor motivará os alunos para que recitem bem alto e da mesma forma que ele fizer. Ou seja, quando o professor falar lentamente, eles respondem lentamente; quando falar rápido, eles devem falar rápido, mas sempre todas ao mesmo tempo, devendo ter o cuidado de não expor alguma criança que possua dificuldades como gagueira ou outro problema de fala. Iniciar com frases simples e depois as mais complexas. Também poderá passar como tarefa, para que os alunos mais tímidos treinem em casa.

O professor também poderá organizar um concurso. O vencedores serão aqueles que melhor memorizarem e pronunciarem os trava-línguas. Também poderá trabalhar a cultura popular coletando informações sobre folclore com as famílias dos alunos, podendo inclusive pensar na elaboração de um livro da turma.

Para valorizar a importância de cuidar da boca e da garganta, a importância da voz, como ela nos faz falta , como o cigarro prejudica a voz, o tom de voz que usamos com as outras pessoas, como gritar pode tornar uma pessoa afônica, a importância da higiene bucal, etc., poderá convidar um fonoaudiólogo, para dar uma palestra.

Alguns trava-línguas

Pó pô o pó?
Pó pô.

Tatá tatuou o tatu.

Cair no poço não posso.

Porco seco, corpo crespo.

Bagre branco, branco bagre.

Fia, fio a fio , fino fio, frio a frio.

Amo a ama, mas a ama ama o amo.

O ó que som tem? Ora de u, ora de ó.

Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala!

Toco preto, porco fresco, corpo crespo.

Bote a bota no bote e tire o pote do bote.

O peito do pé preferido de Pedro é preto.

Tente falar esta palavra: "Tapibaquígrafo"

Atrás da porta torta tem uma porca morta.

Quem a paca cara compra, paca cara pagará.

Como pouco coco como, pouco coco compro.

O chará chora. Em Araxá o chará achará chá.

Um limão, mil limões, um milhão de limões.

Traga três pratos de trigro para três tigres tristes.

A Gigi já jejuou hoje e o João enjoou e jejuou junto.

O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra

Lara amarra a arara rara, a rara arara de Araraquara

Fui ao mar colher cordões, vim do mar cordões colhi.

Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia

A Xuxa acha a Sasha chata e a Sacha acha a Xuxa chata!

A baba do bobo babou a boba e a baba da boba babou o bobo.

A melão melou a mala, a mala melou a mula e a mula melou a mola.

A rã erra e rói na rinha, o réu erra e urra na raia, o rei erra e ri na rua.

Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.

Descrição de ambientes



Descreve com riqueza de detalhes as características do lugar onde se dão os acontecimentos.
EX:“Uma sala repleta de móveis sobre o piso de linóleo, móveis pesados, de feitio antigo: o enorme sofá, a mesa negra, a cristaleira, o relógio...
Introdução:(1º parágrafo) Começar a descrição referindo-se ao lugar como um todo. Localizá-lo precisamente: casa, museu, biblioteca, bairro, cidade, etc.
Desenvolvimento: (2º e 3º parágrafos)
a) Falar da estrutura do ambiente: como são suas paredes (cor, estado de conservação, etc.), apontando a existência e a localização de janelas e portas. Em seguida, as características do chão e do teto, fazendo também observações acerca de sua cor, material com o qual são construídos, estado de conservação e outros detalhes relevantes. Ao falarmos sobre a luminosidade, podemos mencionar, por exemplo, a presença de lustres luxuosos ou, dependendo do local, de uma certa escuridão decorrente da má iluminação. Ainda é possível fazer referência ao aroma de plantas lá existentes ou a outros menos agradáveis, como o do mofo, sensações de calor, frio, dor. Tudo dependerá do tipo de ambiente que você estiver descrevendo.
b) Entramos em pormenores. Escolhemos uma ordem (ou direção) para descrever os móveis, utensílios ou adornos do local. A ordem tanto pode ser da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, como também de trás para a frente, ou vice-versa, levando-se em conta a posição do observador e a disposição dos objetos. Comparar esses detalhes a outros objetos. Atribuir qualidades.
Conclusão: (4º parágrafo) Fazer um comentário geral, que pode ser, por exemplo, sobre a atmosfera do ambiente descrito (de luminosidade, cor e alegria, ou de desolação e tristeza), ressaltando a impressão que causa em quem dele se aproxima ou o freqüenta.
OBSERVAÇÃO:
A pessoa que descreve pode ou não aparecer, em alguns momentos, em meio à descrição. Isso não ocorreu no exemplo acima. Entretanto, você pode fazê-lo, conforme sua vontade.
Exemplo:
O lugar e o tempo
Ao entrar na sala daquele casarão antigo, tem-se, de início, uma desagradável sensação de abandono e de uma certa tristeza.
As paredes, já quase sem cor devido à ação do tempo, as duas janelas fechadas, com suas venezianas carcomidas, situadas na parede oposta à porta, também velha, davam a quem lá chegava a impressão de estar adentrando um museu abandonado. O chão já sem brilho e o teto no qual havia um lustre luxuoso, mas empoeirado e com poucas lâmpadas em funcionamento, confirmavam a impressão inicial. Sentia-se também no ar o odor dos tapetes embolorados.
Da porta, avistavam-se logo à frente alguns móveis em estilo colonial, muito antigos, mas belíssimos - verdadeiras raridades. No centro da sala, uma mesa de cor marrom sobre um tapete persa de rara beleza. Mais perto da porta, uma poltrona revestida por um tecido amarelo florido e, como os outros móveis, empoeirada. Nas paredes, quadros de paisagens e retratos daqueles que algum dia habitaram o que deveria ter sido uma casa esplendorosa.
Em toda a sala pairava uma atmosfera de desolação, de decadência, de envelhecimento, que causavam em quem a contemplava uma sensação de nostalgia.

J. Simões

Exercícios 
- Descreva a sala de aula.
- Escolha um ambiente fechado e descreva-o seguindo as orientações do esquema: Ex: seu quarto, a sala de sua casa, sua igreja...