ESCOLAS LITERÁRIAS
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TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS
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PERÍODO
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1960
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MARCO INICIAL
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Movimento Concretista
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PANORAMA DA ÉPOCA
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GÊNEROS
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Prosa (urbana, regionalista, intimista, realismo
fantástico, prosa política
Poesia (concretismo, práxis, poema processo, poesia marginal)
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CARACTERÍSTICAS
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SÍNTESE
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Ausência de padrões regulares
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REPRESENTANTES
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João Ubaldo Ribeiro
Mário Palmerio
Antônio Callado
Dalton Trevisan
Lygia Fagundes Telles
Rubem Fonseca
Ignácio de |Loyola Brandão
Marcio Souza
Murilo Rubião
Moacyr Scliar
Fernando Sabino
Ferreira Gullar
Augusto de Campus
Paulo Leminsky
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Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006
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17 de maio de 2015
Tendências Contemporâneas
Categoria:
Literatura Brasileira
10 de maio de 2015
Marcel Duchamp
É o observador quem faz o quadro - Marcel Duchamp
O Dadaísmo surgiu numa
época de caos, a Primeira Guerra Mundial, quando a humanidade já não encontrava
sentido na arte, na ciência, na religião e na filosofia. Foi criado com a
finalidade de mostrar esse descontentamento geral, denunciar injustiças e
escandalizar. Para isso usou do absurdo. Seu principal representante foi Marcel
Duchamp, para quem a obra de arte não precisava ser feita pelas mãos do
artista, o que importava era o resultado final. Duchamp queria mostrar que tudo
que possui uma forma é uma obra de arte. Numa exposição, levou um urinol. A
respeito do objeto disse: se o sr. Mutt fez ou não a fonte com suas próprias
mãos, não importa. Ele a escolheu... criou uma nova idéia para esse objeto.”
Duchamp
propôs um novo olhar para a arte, usando objetos comuns. Foi um convite para
uma reflexão. Com isso ele valoriza a criação intelectual e física do objeto
exposto, era o local que e a forma que era visto que o valorizava. Fora dali o
objeto se tornava comum. Foi a forma que encontrou de romper com padrões. Sua
arte desafiadora perturbou e escandalizou, pois Duchamp não tinha preocupação
em agradar.
A libertação da Arte de seus clássicos padrões de beleza foi, sem dúvida,
a maior contribuição para a humanidade do francês Marcel Duchamp. Sua
irreverência influenciou e mudou o pensamento de sua geração e de gerações
posteriores quando afirmou que é o observador quem faz o quadro. A partir de
então, o que importa é a emoção despertada em cada um.
A arte sempre existiu. O homem pré-histórico mostrou isso nas pinturas
rupestres. De lá para cá, o conceito de arte nunca foi instável, mudou em todos
os tempos e em todas as culturas. Surgiram movimentos artísticos com
características filosóficas e foram substituídos por outros, sempre se
adequando ao momento histórico.
Duchamp foi um precursor. Pensou a arte fora dos padrões de sua época.
Irreverente, revolucionário e transgressor, rompeu com esses padrões por não
concordar com os critérios de avaliação e seleção de obras de arte. A exposição
de um urinol chocou o público e gerou uma polêmica entre os críticos, mas com
essa atitude ele expandiu os horizontes da arte. A partir de então, qualquer
objeto fabricado industrialmente tornou-se uma obra de arte em potencial,
bastava vê-lo como tal.
Depois dessa exposição, a arte desceu de seu pedestal e se popularizou.
Assim, todas as pessoas, de qualquer idade, em qualquer lugar, passaram a ter
contato com ela e adquiriram o poder de criticar, porque para essa nova visão o
que importa é a emoção que a arte desperta. Sua finalidade é levar cada
espectador a refletir individualmente, com total liberdade, sobre o que vê. Agora, segundo o artista, “É
o observador quem faz o quadro”, isto é, cada um tem plena liberdade de
classificar o que é uma obra de arte, sem estar preso a antigos padrões, com os
quais Duchamp não concordava.
Portanto, esse novo pensamento, que influenciou os movimentos artísticos
posteriores, despertou no espectador, maior sensibilidade e respeito pela arte.
Ele passou a enxergá-la ao seu redor e a interagir com ela em toda a parte.
Categoria:
Dadaísmo
3 de maio de 2015
127 Horas
O texto abaixo foi extraído do Capítulo Quinze, páginas 359, 360 e 361 do livro "127 Horas", de Aron Ralston, publicado pela Editora Seoman. Aron Ralston, alpinista experiente, em uma caminhada sozinho pelo deserto de Utah, nos Estados Unidos, num desfiladeiro estreito sofreu um grave acidente, quando deslocou uma rocha de quase meia tonelada e teve sua mão direita presa. Tentou se soltar de inúmeras formas, usando seus equipamentos de alpinista. Com pouca água e comida, consumiu aos poucos seus suprimentos até acabarem, passando a beber sua urina. Após vários dias, quando se viu sem chance alguma de sobreviver, pois não disse a ninguém para onde ia, num ato de desespero e coragem, quebrou seu braço e com canivete o amputou. Livre, continuou sua batalha para sobreviver.
O texto em primeira pessoa é narrativo descritivo, com riqueza de detalhes que emocionam e nos transportam ao local onde o alpinista encontrou água e bebeu, até podemos nos colocar no lugar da personagem, sentir sua coragem, sua alegria, sua dor e, principalmente sua sede.
..........................................................................................................................
O ar escaldante seca os meus poros e eu sou torturado por três minutos enquanto faço uma série prolongada de ajustes e manobras infinitesimais para manter o meu corpo embaixo da plataforma. Finalmente, solto um pouco mais a corda através do ATC, os meus pés descendo soltos pela borda inferior da plataforma e estou pendurado livre da parede na minha corda, a cerca de 18 metros do chão. Um momento de deleite vertiginoso substitui a minha ansiedade enquanto giro sobre mim mesmo para ficar de frente para o anfiteatro, flutuando à vontade no ar. Deslizando a corda para baixo, indo mais rápido à medida que me aproximo do solo, observo o eco das minhas cordas cantando enquanto elas deslizam pelo ATC.
Tocando o chão, puxo o chicote de seis metros de comprimento das minhas cordas através do aparelho de rapel e imediatamento arremeto para a poça aureolada de lama. Saio do sol para a sombra fria, soltando bruscamente a mochila do lado esquerdo e depois mais delicadamente por cima do braço direito, e de novo retiro a Nalgene. Quando abro a tampa desta vez, arremesso o conteúdo na areia pelo lado lado esquerdo e encho-a na poça, afastando folhas e insetos mortos ao longo da água aromática. Estou tão ressecado que saboreio a umidade elevada ao redor da piscina e isso aguça minha sede. Chocalho o líquido para enxaguar a garrafa e depois esvazio de novo o conteúdo para o lado.
Passando a garrafa pela piscina duas vezes, encho-a de novo com a água marrom. No tempo que demora para levar o bocal da Nalgene aos meus lábios, discuto se devo beber devagar ou engolir de uma vez, e decido provar e depois engolir de uma vez. As primeiras gotas encontram a minha língua e, em algum lugar no céu, um coro principia a cantar. A água está fria e, melhor de tudo, é adocicada, como um vinho do porto de alta qualidade depois do jantar. Bebo o litro inteiro em quatro goles encadeados, afogando-me no prazer, e depois estendo a mão para tornar a encher a garrafa. (Tem tanto para beber.) O segundo litro segue do mesmo modo e torno a encher a garrafa uma vez mais. Imagino se a água teria esse gosto maravilhosamente adocicado para uma pessoa normalmente hidratada. Se a água realmente é assim tão deliciosa, o que a deixa dessa maneira? Será que as folhas mortas fermentam o líquido em algum tipo de chá do deserto?
Sento-me na borda da poça e, por um momento, estou feliz comigo mesmo, como se minha sede fosse tudo o que realmente importasse, e agora que cuidei dela, estou totalmente a vontade. Tudo desaparece. Até mesmo de notar a dor do meu braço. Eu fantasio que estou num piquenique, sentado à sombra depois de um lanche prolongado, sem nada a fazer a não ser observar as nuvens passarem.
Mas sei que o alívio terá vida curta. Relaxo como estou, tenho 13 quilômetros de caminhada pela frente para chegar até minha caminhonete e preciso me preparar para isso. Observo vários conjuntos de pegadas de cascos de cavalo na areia à minha direita. Alguém ou um grupo de pessoas, andou cavalgando por essa parte do cânion desde a última tempestade. O meu coração salta ao pensar que poderia cruzar com um grupo de caubóis em algum ponto da minha caminhada, mas não me deixo enganar a ponto de alegrar ou manter muitas esperanças. As pegadas ressecadas em forma de maçã, pontuando o caminho pelo leito seco por uns 50 metros cânion abaixo, dizem-me que faz mais de um dia que aqueles cavalos passaram por aqui.
Bebo o terceiro litro de maneira mais conservadora .......................................................................................................................... seguro a câmera na mão esquerda para um autorretrato com a poça de água ao fundo.
.......................................................................................................................... encho o recipiente com dois litros de água adocicada.
ATC: Air Traffic Controller, marca comercial de um aparelho de freio/descensor de rapel.
NALGENE: marca comercial de uma empresa que fabrica garrafas de água para esportes radicais e de aventura.
Sugestões de atividades:
1- Leitura do texto.
2- Comentário
3- Levar os alunos a um local para beberem água.
4- Encenação
5- Desenhos.
6- Exposição dos desenhos
6- Pesquisa sobre a água potável no Planeta Terra.
26 de abril de 2015
Pinturas de Festas Populares
As três pinturas a seguir foram feitas por três pintores brasileiros
contemporâneos. Elas foram produzidas em lugares distintos e têm diferenças e
semelhanças.
ALFREDO VOLPI nasceu na Itália em 1896 e veio para o Brasil com apenas um
ano. Faleceu em São Paulo
em 1988. Volpi pertenceu à segunda Geração Modernista. Sua primeira pintura foi
a fachada de um casario. Ocupa toda a tela. È uma pintura geométrica, na qual
Volpi utiliza poucas cores, mas fortes e
contrastantes e bem definidas.
ALBERTO DA VEIGA GUIGNARD é natural do Rio de Janeiro. Nasceu em 1896 e
faleceu em Belo horizonte em minas gerais em 1962. Sua pintura tem características
expressionistas, usa a cor para gerar um estado de espírito no espectador.
HEITOR DOS PRAZERES viveu no Rio de Janeiro. Nasceu em 1898 e faleceu em
1966. Desde criança teve contato com as artes. Foi músico, compositor e pintor.
Perder o pai na infância foi um fator marcante em sua vida.
Alfredo Volpi
Nesta pintura de Volpi aparece apenas a fachada de um casario. A presença
das bandeirinhas coloridas remete a uma festa junina. Em sua pintura não há
pessoas. O fato de as portas e janelas estarem cerradas, supõe que as pessoas
se recolheram, apagaram a luzes e adormeceram. Isto está visível na parte superior
das portas. A cor preta sugere luz apagada. Há luz externa e escuridão interna.
Isso pode evidenciar um sentimento de angústia do pintor e despertar o mesmo
sentimento no espectador.
Alberto da Veiga Guignard
Esta pintura de Guignard mostra uma
pequena cidade no início do anoitecer. A noite, encontra resistência e não
consegue impor suas trevas: A cidade está em festa, totalmente iluminada. Nas
rua, as pessoas estão mergulhadas na luz. Esta luz está por toda a parte: ruas,
praças, calçadas, escadarias e até no interior dos casarios. Complementando a
claridade estão os balões no céu. Os telhados das casas ainda não foram
cobertos pela noite. As montanhas ao redor, lembram o período do ouro abundante
em Minas Gerais ,
Estado onde o pintor viveu. Não há preocupação em retratar as casas e as
pessoas de forma real. O importante é o estado de espírito que se quer passar e
o pintor conseguiu demonstrar um ambiente alegre.
Heitor dos Prazeres
A pintura de Heitor dos Prazeres,
feita em cores vibrantes, retrata uma cena, possivelmente urbana, parece se
tratar de uma ponte. O fundo mostra um céu nublado e no centro um balão
colorido. Não é possível ver mais nada, isso lembra um rio fundo, do contrário
seria visível. É como se a ponte estivesse subido ao céu, de encontro ao
balão. Ela está protegida lateralmente e
tem um espaço reservado ao pedestre. Sobre a ponte estão crianças brincando,
elas têm características afro. A pintura de Heitor dos Prazeres também não tem
preocupação com as formas reais. As crianças não são reais. As meninas vestem
roupas com modelos idênticos, divergindo apenas nas cores. Vestir roupas de
modelos únicos evidencia igualdade social. E é um costume que na África ainda
perdura. O pintor também retratou um período de festas juninas, isto a presença
do balão confirma. As crianças estão brincando. Além de pintor, Heitor era
músico. A forma como as crianças estão dispostas é a mesma de uma brincadeira de
cantiga de roda. É como se elas estivessem cantando a música “Cai cai balão”,
disputando quem consegue pegá-lo, pois elas estão com os braços estendidos em
sua direção. Heitor dos Prazeres retrata um ambiente festivo.
Comparando as
três pinturas, nota-se que existem
semelhanças e diferenças:
Guignard e Heitor dos Prazeres
retratam um momento festivo próprio do Brasil: O período das Festas Juninas. Na
pintura de ambos há denúncia social: a presença de pessoas simples, da classe
pobre. Eles mostram um cotidiano feliz, sem deixar de apresentar o que
aconteceu na História do Brasil: a escravidão, as minas de ouro de Minas
Gerais, as festas juninas herdadas dos portugueses, a religião católica. Na
cidade, todas as pessoas comemoram a festa, ninguém fica de fora. Quem não está
na rua, comera dentro de casa. As duas pinturas evidenciam sentimentos de
amizade, alegria, espontaneidade. Nelas há luzes, cores, contrastes e sugerem
ao espectador a presença de outros elementos como burburinhos, musicalidade.
Volpi também retratou o Brasil na
fachada do casario, residência com características colonial, habitada por
pessoas simples, do povo, enfeitada com bandeirolas coloridas, típicas das
festas juninas. Em sua pintura as portas das casas estão cerradas, como se a
festa tivesse acabado e as pessoas tivessem recolhidas em seus aposentos. Não
há luzes dentro das casa. Sobre cada porta há janelinhas pretas, como se ali um
vidro mostrasse que todas as pessoas
haviam apagado as luzes. Volpi delimitou a paisagem. O fundo é o próprio
casario. A cena de Volpi é quase estática, a não ser pelas bandeirolas que na
imaginação podem se movimentar. Fica a cargo do espectador, imaginar o ambiente
ao redor. A pintura de Volpi, ao contrário de Guignard e de Heitor dos
Prazeres, sugere melancolia e silêncio.
Portanto, apesar dos três pintores
serem contemporâneos, habitarem o mesmo país,
retratarem suas pinturas com o mesmo tema, mostrarem o mesmo contexto
social, cada um deles tem características específicas que os diferencia.:
Guignard e Heitor dos Prazeres tem pinturas alegres e Volpi tem uma pintura
melancólica.
Categoria:
Arte Contemporânea
21 de abril de 2015
Análise e comparação de obras de arte
Antes de se iniciar a análise de uma
obra de arte, é extremamente importante sua identificação, pois são esses
elementos identificados que irão contribuem com detalhes enriquecedores e facilitar
a sua compreensão.
Numa breve leitura e análise
comparativa de duas pinturas produzidas no século XX, uma, produzida entre 1900
e 1950 e a outra de 1951 a
2001 vamos ver a principal diferença entre as duas obras.
Esta obra, com o título de Marguerite, foi realizada pelo pintor
francês Willian Adolph Bouguereau, que tinha preferência por temas mitológicos,
crianças e mães. Foi executada em óleo sobre lona e concluída no ano de 1903.
Mede 117,5 X 73,7 cm .
e pertence a um colecionador particular. Seu fundo superior, situado num plano
mais elevado e distante, é composto por luzes e sombras, dando a impressão de
árvores. Um pouco mais próximo do
espectador, na parte interna de uma construção, esta uma escada aparentemente
de pedras. Sobre os degraus estão espalhadas algumas pequenas flores colhidas.
Do lado esquerdo do observador entra a luz tanto do ambiente interno quanto do
externo. Mais próximo ainda do espectador, no centro da tela, sentada num dos
degraus está uma criança. É uma menina vestindo blusa branca e saia azul
escuro. Seu contorno é bem nítido, sua pela é clara, seus cabelos longos estão
amarrados no alto da cabeça com um laço azul escuro também. Pela simplicidade
no vestir e por estar descalça, parece ser de classe social menos abastada. Ela
tem a fisionomia serena, aparentado estar em paz. A criança, de pernas cruzadas e pés
descalços, segura duas pequeninas flores na mão esquerda, como se as estivesse
mostrando. Com o braço direito ela cobre o rosto, fazendo sombra sobre os
olhos. A impressão que se tem é que ela observa seu espectador, fazendo com ele
uma troca de olhar.
Comparando-se
as duas pinturas, observa-se que:
A pintura
de Bouguereau traduz a realidade, a perfeição das formas, tanto do cenário quanto
da figura da criança, como se fosse uma fotografia. Suas cores são harmônicas,
os gestos são delicados, a natureza se faz presente e o ambiente é de
serenidade. A criança interage com espectador, mostrando as flores e trocando
olhar, portanto ela não está só.
Em
Botero, a imagem da mulher encontra-se sozinha, isolada num quarto, não há
cumplicidade com o espectador. Observa-se melancolia, solidão. Tanto o ambiente
quanto a imagem não são reais. Em Botero o espaço é apertado, pois foi inundado
pela figura da mulher.
Portanto
a principal diferença está nas características de cada pintor. Cada um tem seu
tempo, seu estilo, suas características, e suas pinturas retratam isso.
Categoria:
Arte
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