Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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10 de julho de 2007

Obesidade


A mulher e sua galinha

Uma mulher possuía uma galinha que lhe dava um ovo todo dia. Ela pensava consigo mesma como poderia obter dois ovos por dia ao invés de apenas um, e finalmente, para atingir seu propósito, decidiu dar à galinha ração em dobro.

A partir daquele dia a galinha tornou-se gorda e preguiçosa e nunca mais botou nenhum ovo.


Moral: A cobiça vai muito além dela mesma.

Autor: Esopo

SUGESTÃO DE ATIVIDADES:

1- Leitura

2- Ditado

3- Sinônimos

4- Dígrafos

5- Artigo indefinido

6- Numerais ordinais e fracionários

7- Pronomes: reto, oblíquo, possessivo, indefinido

8- Substantivos

9- Tempos verbais

10- Preposições

11- Advérbios

12-Acentuação gráfica

13-Sintaxe: Sujeito, predicado, objetos, adjuntos adverbiais

14-Trabalhar o preconceito com os gordos, cobiça, educação alimentar, preguiça

15-Ilustração de história em quadrinhos

MENSAGEM

Nossos corpos são nossos jardins... nossas vontades são os jardineiros

William Shakspeare

TEATRO - MULHER FORMOSA


CENÁRIO: Uma academia. O professor opta pelo mais prático.
PERSONAGENS:
Roberto
Verinha (Uma aluna magra)
Taís ( Uma aluna com corpo normal)
Figurantes fazendo ginástica


NARRADOR :

A mulher gorda já teve seus dias de glória na época do Renascimento. Os artistas esculpiam e pintavam mulheres gordinhas. Muitas delas foram retratadas e imortalizadas com suas gordurinhas ou gorduras avantajadas. Era o padrão de beleza da época.

De uns anos para cá esse padrão de beleza mudou. A Moda adotou a mulher Barbie, que é exageradamente magra por modelo ideal e as gordas foram deixadas de lado, como se nelas não existisse beleza. Passaram a ser motivo de deboche, Já não encontram roupas prontas para comprar, a não ser em lojas especializadas. Para completar o martírio, surgiram as propagandas de produtos dietéticos, os regimes, as clínicas de cirurgia plástica, os centros de emagrecimento, os produtos que oferecem milagres, os aparelhos para ginástica, as academias, os médicos especializados, regimes na INTERNET. As propagandas dificilmente são feitas com pessoas gordas, anão ser para chamar a atenção e ficar engraçada.

As mulheres magras, com corpos esqueléticos, são supervalorizadas. Muitas delas recebem salários milionários, desfilam, viajam, vivem cercadas de fotógrafos e de admiradores, tornam-se atrizes de cinema e televisão. Isto desperta a idéia de que ser uma pessoa magra é garantia de sucesso. O que muitas pessoas não sabem é que estas belíssimas mulheres muitas vezes estão doentes. A bulimia e anorexia tem matado algumas delas, conforme a imprensa tem noticiado. O pior de tudo é que são imitadas por outras. Muitas famílias só vão perceber quando o problema está muito grave e a jovem já corre risco de vida.

Nos dias atuais a obesidade tem aumentado muito. Produtos industrializados, maus hábitos alimentares, sedentarismo geram muitos pneuzinhos. Conviver com ele e com a idéia de magreza gera angústia. Felizmente, há um movimento contra moda dos corpos esquelético. As agências de modelo estão sendo questionadas e criticadas. Já estão proibindo desfile de modelos anoréxicas. Os corpos revestidos com mais carne já são vistos com outros olhos.

Musica de fundo: Mulher Pequena, de Roberto Carlos.


DESENVOLVIMENTO ( parar a música):

VERINHA: (entra em cena trajando roupa de ginástica, reclama) Nossa, como eu estou gorda! Olha só minha barriga, O que é isso? Preciso dar um jeito nisso (mostra gorduras que não existem) Estou parecendo um bola. Quando o Roberto prestar atenção em mim, não vai querer mais namorar comigo. Vou parar de comer. Vou almoçar uma laranja, no café da tarde tomo uma xícara de café com adoçante e não janto mais. Quero ver se emagreço ou não emagreço. Além disso, vou fazer duas horas de exercícios na academia todos os dias, Sem falar na aula de natação três vezes por semana.

TAÍS: (Entra em cena com um chocolate, sorrindo, toda feliz. Enquanto contracena fica degustando os alimentos) Oi Verinha! Nossa, mas você está linda!

VERINHA: O que você quer com isso? É brincadeira sua. Só pode ser brincadeira. Eu acabei de decidir que vou fazer um regime!

TAÍS: Você ficou louca? Pra que fazer regime? Você pensa que pode voar? Seu corpo está ótimo. Não precisa de regime. Vai fazer regime coisa nenhuma. Eu não faço regime! Estou feliz como sou.

VERINHA: Mas deveria. Veja só. Vai virar uma elefanta se comer este chocolate. Joga isso fora!

TAÌS: Exagerada! Eu não penso assim. É claro que cuido da minha alimentação. Como frutas, verduras, eu evito muito doce, bolachas recheadas, salgadinhos, mas não me privo das coisas boas da vida. Não penso como você. Aceita um chocolate? Comprei dois.

VERINHA: Não, obrigada. Agora vou malhar. (Faz abdominal)

TAÍS: (pega o outro chocolate) Não sei se como este chocolate agora ou se deixo para mais tarde. Deve ser uma delícia. Tem certeza que não quer mesmo um pedaço?

VERINHA: Lógico que não.

TAÍS: (guarda o chocolate) Esse chocolate que me aguarde.

VERINHA: Estou com uma dor no estômago

TAÍS: É fome. Você vive passando fome. Com certeza nem almoçou.

VERINHA: Só uma folha de alface! A fome é psicológica. Vai passar, Vai passar. Prefiro morrer que continuar gorda como estou!

TAÍS: Vai passar coisa nenhuma. Uma folha de alface é muito pouco. Você ainda está em fase de crescimento. Precisa se alimentar muito bem. Se continuar assim vai adoecer. Por que você acha que precisa emagrecer mais?

VERINHA: Quero ficar bonita, como as artista da TV e do cinema. ( Mudar o exercício)

TAÍS: Mas você é bonita.

VERINHA: Quero ser como as atrizes! Elas não são gordas e eu sou!

TAÍS: Fique aí com sua ginástica que eu vou estudar um pouco. Amanhã tenho prova de Literatura. (Afasta-se e senta-se num banquinho ou no chão e fica lendo um livro).

VERINHA: Vai estudar sim. Depois você me ensina

TAÍS: Nem pense nisso, não vou correr risco. Além do mais você precisa aprender também.

ROBERTO: (Roberto chega com dois papéis nas mãos) Oi Verinha. Tudo bem?

VERINHA: Mais ou menos, Roberto.

ROBERTO: Sabe o que é este papel?

VERINHA: Não faço a menor idéia.

ROBERTO: Ganhei dois convites para um rodízio de pizza, hoje à noite. Está convidada para ir comigo.

VERINHA: Pizza? Eu não posso ir nesse rodízio. (faz exercícios)

ROBERTO: Credo Verinha, Vamos sim. Já imaginou comer pizza à vontade sem precisar pagar nada?

VERINHA: Eu não quero, porque pizza engorda e eu estou muito gorda. (Faz exercícios mais rapidamente, respira ofegante)

ROBERTO: Você está ótima. Vamos sim. Pra que tanto sacrifício? Seu tipo físico é assim mesmo.

VERINHA: Ui, que coisa esquisita.

ROBERTO: O que foi Verinha? Você está pálida!

VERINHA: (desmaia)

ROBERTO: Socorro, Taís venha me ajudar

TAÍS: (Vai socorrer Verinha, fica apavorada) Ela desmaiou, e agora?

FIGURANTES: (Vêm perto – Obs: Não ficar na frente para não impedir a platéia de ver a cena - e cada um diz)

- Morreu.
- Morreu?
- Sei lá
- Que Deus a tenha
- Era uma boa menina
- A essa hora já está na luz
- Descanse em paz

ROBERTO: (Em voz) Calma pessoal . Vou ver o pulso dela. Nossa está bem fraquinho!

TAÍS: Será que ela teve uma parada cardíaca?

ROBERTO: Não, quer dizer, acho que não. Vamos abaná-la. Quem sabe assim ela recebe mais oxigênio.

FIGURANTES: (dizem ao mesmo tempo)

- Com certeza ela morreu
- Bem que eu avisei
- Vamos avisar os pais dela?
- Não. Chama o pronto socorro!
- Não, a polícia!
- Polícia não seu tonto. Vão nos acusar de homicídio!

ROBERTO: Silêncio, por favor! (Ouve-se um gemido) Parece que ela ainda não morreu. Por favor, afastem-se. Ela está precisando de ar. (todos os figurantes se afastam um pouco)

VERINHA: Onde estou? Ai, minha cabeça, está rodando! Será que eu morri?

TAÍS: Não morreu ainda não, mas se não consultar um médico, não vai durar muito. Você precisa se tratar. Deve estar anêmica.

VERINHA: Eu desisti de morrer.

FIGURANTES: (todos ao mesmo tempo)
(Morre! Morre! Morre! Morre!)

ROBERTO: ( Seus urubus, quietinhos aí)

TAÍS: Você está certa, amiga. A vida é muito boa. Lembra do chocolate? Ainda está em tempo. Quer comê-lo agora?

VERINHA: Quero.

TAÍS: (entrega o chocolate) Sabe Verinha, É preciso cuidar da saúde. Ela é a coisa mais preciosa uma pessoa pode ter. Uma pessoa pode ter tudo, mas se não tem saúde não é totalmente feliz. Não vale a pena fazer o que você fez. Muitas meninas que fizeram o que você fez, morreram na flor da idade. Já imaginou, meninas que morreram de fome, mas tinham o que comer. Não faça mais isso.

VERINHA: Amanhã mesmo vou ao médico.

ROBERTO: Ótimo, e a rodada de pizza?

VERINHA: Está confirmada.

OS FIGURANTES SE APROXIMAM. DE MÃOS DADAS, TODOS CANTAM O REFRÃO DA MÚSICA _ Mulher Pequena, de Roberto Carlos

Coisa bonita,
Coisa gostosa,
Quem foi que disse
Que tem ser magra
Pra ser formosa?


Coisa bonita,
Coisa gostosa,
Você é linda
É do jeito que gosto
Maravilhosa.

Bis.

Ilustrações


Selecione provérbios fáceis de serem ilustrados. Ilustre dois provérbios em papel A4 ou cartolina, um com desenhos outro com recortes de revista. Leve para a sala de aula a fim de que seus alunos vejam o que você fez, assim eles terão mais criatividade e valorizarão melhor o trabalho. Essa atividade pode ser feita em casa. Para fazer na escola, providencie cola, tesouras e revistas velhas. Faça exposição dos trabalhos. Alguns alunos querem ilustrar mais de um provérbio, mas o importante é a qualidade e não a quantidade.

Paráfrase


O AÇÚCAR
Ferreira Gullar

O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro
a afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolveu na boca. Mas este a açúcar
não foi feito por mim.

Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
dona da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale

Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar.

Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.


DISTINÇÃO:

PARÁFRASE: É o Desenvolvimento do texto conservando-se as suas características

PARÓDIA: É a imitação cômica de uma composição literária.


SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Leitura do poema

Produção de texto:
Paráfrase.
Sugestões:
O vestido
A camiseta
O jeans

O café
O pão
O queijo
O sorvete...

Visões

Diversas formas de se ver um boi.

visão do fazendeiro

visão do açougueiro

visão do artista

Como será a visão do aluno?

Regionalismo

Oração do Gaúcho


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
e com licença patrão celestial
Vou chegando, enquanto cevo o amargo de minhas confidências
porque ao romper da madrugada e ao descambar do sol
preciso camperear por outras invernadas e respontar do céu a
força e a coragem para o entrevero do dia que passa.

Eu bem sei que qualquer guasca bem pilchado, de faca,
rebenque e espora, não se afirma nos arreios da vida
se não se estriba na proteção do céu.

Ouve patrão celeste a oração que te faço
ao romper da madrugada e ao descambar do sol.
Tomara que todo mundo seja como irmão,
ajuda-me a perdoar as afrontas e não fazer
aos outros o que não quero para mim

Perdoa-me Senhor, porque rengueando pelas canhadas
da fraqueza humana, de quando em vez, quase sem querer,
eu me solto porteira a fora...
êta potrilho chucro, renegado e caborteiro.

Mas eu te garanto meu Senhor, quero ser bom e direito!
Ajuda-me Virgem Maria, primeira prenda do céu,
socorre-me São Pedro, capataz da estância gaúcha.

Pra fim de conversa vou te dizer meu Deus,
mas somente pra ti, que tua vontade leve
a minha de cabrestro pra todo o sempre
e até a querência do céu, amém.

Dom Luís Felipe de Nadal

VOCABULÁRIO:

cevar

1. Alimentar, nutrir:

2. Tornar gordo; engordar:

3. Satisfazer, saciar, fartar:

camperear – regionalismo – procurar no campo

respontar – regionalismo – reaparecer, surgir outra vez

guasca – tira ou correia de couro cru

pilchado – adornado, enfeitado

rebenque – pequeno chicote

rengueando - mancando

canhadas

1. A parte baixa entre colinas ou coxilhas. baixadas

2. Vala profunda aberta por chuvas fortes em ladeiras muito

2. Vala profunda aberta por chuvas fortes em ladeiras muito íngremes.

potrilho – potranco (não se usa no feminino)

chucro – regionalismo – não foi domado

caborteiro - cavalo arisco, falso, velhaqueador, cheio de manhas.

prenda – regionalismo - dama

capataz - Administrador de fazenda

estância - fazenda

SUGESTÃO DE ATIVIDADE:

1- Reescrever o poema substituindo palavras do poema por palavras do vocabulário

2-Produção de texto em equipe: Escrever a oração:

do paranaense, do cearense, do baiano ... , procurando usar os regionalismos dos respecitivos Estados.


Pensamento

Quando perdemos o direito de ser diferentes,

perdemos o privilégio de ser livres.

Charles Evans Hughes (1862-1948) político e jurista americano

“A pior ditadura é aquela que nos controla por dentro, que distorce nossa crítica e percepção da realidade. As mulheres e também milhões de homens, vivem debaixo de uma ditadura interior e de uma democracia política exterior. O objetivo da ditadura da beleza é promover inconscientemente a insatisfação e não a satisfação. Pois uma pessoa satisfeita, bem-humorada, feliz, tranqüila, não é consumista, consome de maneira inteligente, não precisa viver a paranóia de trocar continuamente de celular, de carro, de roupas, de sapatos. Todavia, pessoas insatisfeitas projetam sua insatisfação no ter. Consomem cada vez mais, porém sentem cada vez menos”.

Ditadura da beleza e a revolução das mulheres, p. 88, Cury, Augusto, Editora Sextante

Males da humanidade

FOFOCA, CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E MENTIRA


1 – FOFOCA: (intriga, mexerico, bisbilhotice).

Quão lamentável, mas este mal É o “disse que me disse”, que tem levados muitos a servirem aos propósitos maléficos. Vigie o vosso falar, para que não incorram no erro e sejam considerados por todos como fofoqueiros e indignos de confiança.

2 – CALÚNIA: (Falsa imputação (a alguém) de um fato definido como crime. Mentira, falsidade, invenção.)

Infelizmente esta prática é relativamente comum, frutificando a desarmonia e uma série de conseqüência. Se tens alguma queixa contra outrem, seja espiritual e procure a pessoa, numa conversa franca e ungida resolva as pendências.


3 – DIFAMAÇÃO: (Tirar a boa fama ou o crédito a; desacreditar publicamente; Falar mal)

O ato de difamar é visível entre pessoas. A satisfação de muitos é observar a vida alheia e destacar os erros, é prazeroso para estes falar da vida do próximo. Tudo é motivo para apontar e falar. Estes semeiam a discórdia.


4 – MENTIRA: (Mentir é afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade)

A mentira está muito atuante entre as pessoas. A sociedade atual tem a mentira como uma necessidade no dia-a-dia. Jamais devemos compactuar com a mentira. Nossa palavra deve ser sempre verdadeira, esta condição se aplica em todos os aspectos da vida; seja profissional, pessoal e ou religioso.


.Elias R. de Oliveira

http://www.vivos.com.br/index.htm

“A fofoca é o mais desprezível dos vícios; pois, por não poder influenciar o espírito e o caráter dos sábios, rasteja como uma serpente venenosa e refugia-se na alma dos fracos, tolos e ociosos”

(Gutemberg B. de Macedo)

O GALO E A RAPOSA



Fugindo as Galinhas e o Galo de uma Raposa, subiram na árvore. Como a Raposa não poderia fazer-lhes mal lá de baixo, cautelosamente disse ao galo: Vocês podem descer tranqüilamente, que agora decidiu-se fazer a paz universal entre todas as aves e animais; portanto, desçam aqui para festejarmos juntos este dia! O galo entendeu logo tratar-se de uma mentira; mas com dissimulação respondeu:- Esta novidade por certo é ótima e alegre, mas estou vendo três Cães chegando; vamos esperar por eles e então desceremos para comemorarmos todos juntos. Porém a Raposa, sem mais esperar, deu meia volta dizendo:- Bem, eu temo que eles ainda não saibam das novidades e me matem. E assim a Raposa foi embora bem depressa e as Galinhas e o Galo ficaram seguros.

Fábula de Esopo


1 de junho de 2007

Culinária junina


Junho é o mês de três importantes santos católicos, que foram introduzidos no Brasil pelos colonizadores portugueses: São Pedro, Santo Antônio e São João. O primeiro deles, um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, é tido como o guardião das portas do céu, além de protetor das viúvas e dos pescadores. A ele foi dedicado o dia 29 de junho. Santo Antônio, por sua vez, comemorado no dia 13 de junho, é o santo casamenteiro, sendo invocado pelas pessoas solteiras que desejam encontrar um parceiro. E, por fim, São João, primo de Jesus Cristo, cujo nascimento ocorreu no dia 24 de junho. Dos três, esse último é o santo festeiro e o mais comemorado. Originalmente, a festa de São João, muito popular na Península Ibérica, era chamada de Joanina, mas, com o tempo, passou a ser conhecida como Junina.
Faça um arraial bem animado com algumas receitas brasileiras bem saborosas.

Casamento caipira


PERSONAGENS:

NOIVA: Chiquinha

MÃE DA NOIVA: Januária

PAI DA NOIVA: Chico Facão

NOIVO: Zé do Brejo

MÃE DO NOIVO: Benedita

PAI DO NOIVO: Bertoldo

PADRE: Romão

IRMÃ DO NOIVO: Mariquinha


CENÁRIO:

Enfeitado com bandeirolas e balões


FIGURINO:

Masculino:

Calça meia canela com remendos

no bolso

Camisa xadrez ou estampada

Paletó apertado

Lenço riscado no pescoço

Chapéu de palha

Sapatão

Pintura de costelas e cavanhaque

Feminino:

Vestido de Chita

Trança e fita no cabelo

Rouge no rosto

Pintinhas

Boca de coração

CASAMENTO CAIPIRA 1

CHIQUINHA ENTRA COM A MÃE:

Mãe da noiva: Eu falei, Chiquinha, pro cê num piscá prece jacu. Prá piscá pra argum rapaiz bunito da cidade. Agora que o seu pai viu, vai fazê ocê casá cum esse bocó.

Noiva: Mais mãe, eu tava piscano pro rapais rico, mais o pai tava bêbo e achô qui era pra esse jacu. E outra coisa, mãe, o moço bunito não tava nem aí cumigo.

CHEGA O PADRE:

Padre: Bem, quero fazê logo este casamento, onde é qui tão us noivo?

Mãe da noiva: Padre Romão, espera um bocadinho que meu marido foi buscá aquele cachorro sarnento do Zé do Brejo nu buteco do seu Janjão.

CHEGAM OS NOIVOS E O PAI DA NOIVA DISCUTINDO:

Noivo: Óia aqui seu Chico Facão, já falei mais de mir veiz: Eu num vô casá ca Chiquinha não. Num tô perparado. E o capado onda num ingordô.

Pai da noiva: Ceis vão casá sim, já tem tudo pronto, num mandei ocê piscá pra minha fia, que que é uma moça di respeito.

Noivo: Mas eu num pisquei pra sua fia. É que ela tava mexeno muito co zóio e eu fui ajudá ela tirá o cisco qui entrô. Num é memo Chiquinha?

Noiva: O que?Ocê pára di bestera, Zé do Brejo, óia lá o qui vai faláÓia lá heim!

Pai da noiva: (Junta o noivo pelo braço) Fala qui num vai casá, Zá do Brejo, fala!

Mãe do noivo: Chico Facão, larga meu fio, qui eu criei ele tão bem pra casá com essa feiosa qui nem lava os pé pra durmi.

Noiva: É Mintira, é mintira. A sinhora, dono Binita, tá levantano farso di mim.

Mãe do noivo: Sua galinha d’angola da cara pintadinha. Assanhada! Regatera! Não é verdade Mariquinha

Irmã do noivo (Mariquinha): É isso memo mãe, não deixe barato, Ela só que a herança dele. Sua zóio arregalado!

Noiva: É mintira pessoar. Ele não têm dinheiro nenhum e além di tudu, é muito feio. Parece um galo di briga arrepiado!

A NOIVA CHORA:

Irmã do noivo: Fica queta minina, que feia é ocê e a sua famia intera.

Mãe da noiva: Sua vaca, ocê tá falano mar da minha princesa?

Pai da noiva: (BATE PALMAS E DIZ) Vamo acabá logo cum essa baruiera e casá os dois!

Padre: Vamo começá o casamento logo, qui eu tenho qui eu tô cum fome. Silêncio pessoar!

Noiva: (PÕE AS MÃOS PARA O CÉU E AGRADECE) Até qui enfim vô disincaiá. Qui belezura! Brigado, Santo Antonho!


Padre: Zé do Brejo, oce aceita casá com Chiquinha?


Noivo: É, num tem outro jeito memo. Então eu caso.


Padre: E ocê Chiquinha, aceita casá co seu Zé do Brejo?


Noiva: Craro, eu num sô troxa,


Pai da Noiva: Casa esses dois logo, Padre Romão, antes que o noivo fuja!


Padre: Então ceis tão casados!


Noivo e Noiva: Amém seu Padre!


TODOS SE ORGANIZAM: NOIVOS JUNTOS. CADA PAI E MÃE PERTO DE SEUS FILHOS E AS IRMÃS PERTO DOS PAIS.

Mãe da noiva: É bão ocê num passá perto do meu marido di novo, sinão eu vô te batê. Sua regatera!

Mãe do noivo: Não. Capais qui eu vô querê esse home feio i fidido! Chega meu fio qui vai casá cum essa feiosa!

A NOIVA CHORA:

Mãe da noiva: Não chora não! Despois eu insino pro ocê como é que se induca uma sogra!

Padre: (Irritado) Fiquem quietas, vamo fazê logo esse casamento. Dona Chiquinha, aceita Seu Zé do Brejo como seu marido, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte leve argum dos dois pro sumitério?

Noiva: (sorridente) É craro qui sim, seu padre...

O NOIVO SE AFASTA COM MEDO.

Padre: Senhor Zé do Brejo, aceita dona Chiquinha como sua esposa, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte leve argum dos dois pro sumitério?

O NOIVO OLHA O PAI DA NOIVA, ELE ARREGALA OS OLHOS AMEAÇANDO-O, A SEGUIR, O NOIVO OLHA PARA A MÃE DA NOIVA. ELA PÕE A MÃO NA CINTURA E BATE O PÉ.

Noivo: Sim, seu Padre. ë com todo o gosto

Padre: Intão não tem mais jeito, ocêis já Estão casado! I nada di beijá a noiva, pra módi não escandalizá ninguém!


A MÃE DA NOIVA DESMAIA.

O PAI DA NOIVA SOCORRE.

Pai da noiva: Januária. Ô meu Deus, será qui ela vai morrê bem agora?

A MÃE DA NOIVA SE LEVANTA SE ABANANDO.

Mãe da noiva: Ai, qui calor! (abana-se com as mãos )

Mãe do noivo: Num tô gostano disso!

Irmã do noivo: Liga não, mãe, é frescura dessa véia. Ela tá é quereno tomá meu marido!

Mãe do noivo: (Puxa o marido pelo braço) Pára di oiá pra ela, seu véio assanhado!

OS NOIVOS SE ABRANÇAM E CONVIDAM O POVO PARA A FESTANÇA.


Noivo: E agora, pessoar, Vamos pras festança. Todo mundo dançano.


Noiva: Viva Santo Antonho! (três vezes)


TODOS: Viva


TODOS EM PAR COMEÇAM A DANÇAR. (O padre dança com a irmã do noivo)




CASAMENTO CAIPIRA 2

Personagens: Padre, Coroinha, Noiva, Noivo, Delegado, Ajudantes do delegado, Pais da noiva e Padrinhos.
Cenário: representação de um altar de Igreja ou capela.

O enredo do casamento caipira é o seguinte, com algumas variações:
A noiva fica grávida antes do casamento e seus pais obrigam o noivo a se casar com ela. Este tenta fugir, daí a necessidade do pai pedir a interferência do delegado e seus soldados. Depois, é só comemorar o casamento através da quadrilha."
O padre encontra-se no altar e anuncia a chegada da noiva, que entra com o pai e vai até o "altar", onde se encontra o padre devidamente paramentado, seu coroinha e ainda os padrinhos e pais dos noivos.
Os diálogos são carregados com bastante sotaque do interior:

PADRE - A noiva tá chegano! Vamo batê parma pr'ela, pessoar!!!
- Cadê o noivo ??? - diz o padre.
NOIVA - Ai mãe, ele num vem, acho que vou dismaiá... (e, simulando um desmaio, é acudida pela mãe e madrinha)
- Pai da noiva faz um sinal p/ o delegado, cochicha com ele e...
DELEGADO - Pera aí seu padre; eu já vô buscá ele. ( e sai acompanhado por dois ajudantes, armados de espingarda e cassetetes)
Entra o noivo encurralado pelo delegado, que permanece no altar, grande parte da cerimônia, atrás do noivo, para que ele não fuja.

PADRE - Bão, vamo começá logo esse casório. ( e, dirigindo-se para a noiva:)
- Ocê, Ciquinha Dengosa, promete, de coração, prá marido toda vida, o Pedrinho Foguetão?
NOIVA - Mas que pregunta isquisita seu vigário faz prá mim ; eu vim aqui mais o Pedrinho num foi prá dizê que sim???
PADRE - (dirigindo-se ao noivo) E ocê Pedrinho, que me olha assim tão prosa, qué mesmo prá sua esposa a Sinhá Chiquinha Dengosa?

NOIVO - Num havia de querê, num é essa minha opinião mas, se não caso com a Chiquinha , vô direto pro caixão... ( diz isso virando para o delegado, que está de punho da espingarda)
PADRE - Então, em nome do cravo e do manjericão, caso a Chiquinha Dengosa com o Pedrinho Foguetão!
- E Viva os noivos!
CONVIDADOS - VIVA!!! (conforme os noivos passam pelos convidados, pode-se jogar arroz)
PADRE - E vamo pro Baile, pessoar!!! Com os convidados já devidamente formados, tem início a quadrilha - grande baile do casamento.


PRODUÇÃO DE TEXTO

Sugestão:
Início de um casamento caipira para o aluno continuar a escrever

PADRE - Irmãos, estamos aqui reunidos para cebrar o casamento de Tonho do Brejo e Cidonha Setembrino, mas oque que isso Cidonha?
NOIVA – ... Seu padre é que .....


(Melhor em equipe ou dupla.)

Marcar uma data para as apresentações.


Modelo de convite para festa junina