Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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15 de junho de 2015

A Xilogravura e o conhecimento escrito



No Século XIV, a xilogravura foi importante para a difusão do conhecimento escrito em todas as camadas da sociedade europeia. Ela fez do livro, uma ferramenta destinada a uma pequena elite letrada, em especial homens, membros do clero e da nobreza, uma fonte de conhecimento para todos. Isto trouxe consequências positivas e negativas à igreja católica, às mulheres e aos intelectuais da época (cientistas, filósofos, etc.).

A xilogravura colaborou com a evolução da humanidade. O conhecimento que antes era restrito aos religiosos e aos nobres, se estendeu a todas as classes sociais. A Igreja, que antes necessitava de muitos pregadores para propagar o Cristianismo, com a publicação da Bíblia Sagrada, ganhou mais um aliado a seu favor. A publicação de livros facilitou o estudo através das bibliotecas. Os historiadores, filósofos e cientistas, registraram os acontecimentos, publicaram suas filosofias, escreveram suas teorias. Depois de tudo isso, as que mais se beneficiaram com o conhecimento escrito foram as mulheres.  Elas que no século XIV eram apenas esposas e mães, e sem direito à cultura, proporcionavam uma vida muito cômoda para a família, cuidando da casa e educando os filhos. Com a popularização da educação, não perderam tempo: frequentaram os bancos escolares e, cultas, passaram a disputar com os homens o mercado de trabalho. Com isso, provaram que não eram inferiores e o desenrolar da História se encarregou de espalhar a notícia pelo mundo. Atualmente, ocupam importantes cargos de liderança nas empresas, são indispensáveis na política, trabalham em todos os setores da sociedade, adquiriram independência financeira, perderam o medo de lutar por seus direitos.

Em contrapartida, as conseqüências aí estão: dupla jornada: trabalham o dia todo nas empresas, fazem o trabalho doméstico, são mães e esposas. Têm falta de tempo para educar os filhos, para si mesma e para o lazer.


Mesmo com todas essas dificuldades, as mulheres continuam buscando mais conhecimento, estão nas universidades e certamente ainda têm muito mais para conquistar, como por exemplo a igualdade de salários com os homens e o fim da violência doméstica. É uma pena que em diversos países elas ainda vivam como se estivessem no século XIV. 

7 de junho de 2015

Descrição



Busque nas suas lembranças uma cena que você presenciou. Se achar difícil, reproduza uma foto. Desenhe-a e explique-a. Veja o exemplo abaixo


Numa viagem de férias, visitei alguns pontos turísticos da parte mais antiga da cidade de Florianópolis. Notei que Florianópolis, apesar de ser uma cidade antiga, tinha diversos prédios históricos restaurados e pintados com cores fortes e variadas, formando um contraste com prédios antigos não restaurados, de cores encardidas, e prédios modernos mais altos. Eu definiria essa cidade usando as cores cinza, vermelho, amarelo e azul.
A foto que tirei foi para registrar a presença dos pombos, integrados ao ambiente urbano, sobrevivendo dos restos da sociedade.
Na imagem original a água não existe, a mulher usa sandálias e o piso é de pedras. Extraindo esses elementos, é possível notar que existe uma profundidade na rua, onde estão duas pessoas encostadas numa parede de cor amarela. O fundo escuro da parede faz avançar as pernas das duas pessoas. Também há perspectiva, pois o pombo distante é menor que o pombo mais próximo. A mulher está situada antes da barraca de lanches.
Apesar do cinza do chão, do recipiente de lixo e dos pássaros passarem uma sensação de frio, a imagem sugere o verão. Isto é possível de ser constatado quando se olha para a saia da mulher. Ela ficou destacada dos demais elementos da imagem. O fundo amarelo da barraca, contrastou com o violeta da saia e esta ganhou volume. O violeta claro e escuro da saia deu a ilusão de movimento, formando avanço e recuo do tecido. As flores, coloridas com as três cores primárias, desenhadas sobre o violeta, que é uma cor secundária, contribuíram para que acontecesse harmonia.
Houve equilíbrio entre cores quentes e frias, lembrando o verão e o mar, característicos daquela cidade no mês de janeiro.