Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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28 de agosto de 2007

Mário Quintana

VELHA HISTÓRIA
Mário Quintana


Era uma vez um homem que estava pescando. Até que apanhou um peixinho! Mas o peixinho era tão pequenino e inocente, e tinha um azulado tão indescritível nas escamas, que o homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do coitado. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no quente. E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a trote, que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores. Pelos cafés. Como era tocante vê-los no “171” – o homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com a outra lendo o jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando do peixinho, enquanto este, silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial.

Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo dos dois fora pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o home ao peixinho:

“Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste!...”

Dito isto, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho na água. E a água fez um redemoinho, que foi depois serenando, serenando... até que o peixinho morreu afogado.

ATIVIDADES:

1- Leitura do texto:

2- Identificar no texto:

Personagem principal;

Personagem secundária;

Características do homem;

Características do peixinho;

Espaço;

Narrador;

3- Responda:

Por que o texto foi escrito em narrativa linear?

Por que o peixinho morreu afogado?

4- Cite exemplos de animais que morrem quando saem de seu habitat natural.

5- Qual a mensagem do texto?

28 de julho de 2007

Aves

DINOSSAUROS

Os dinossauros surgiram na Terra há 230 milhões de anos. Durante 165 milhões de anos multiplicaram-se e dominaram o ambiente do planeta Terra. Desapareceram há 65 milhões de anos de forma ainda não conhecida com exatidão. A vida já havia surgido há pelo menos 3 bilhões de anos antes dos grandes répteis.

O primeiro evento foi o surgimento da vida no mar. Em seguida a vida se diversificou: surgiram os peixes e outros animais que a gente conhece ainda hoje. Há uns 350-400 milhões de anos, a vida saiu dos oceanos e começou a conquistar o continente. Nessa passagem mar-terra, criaram-se os anfíbios, os répteis e mamíferos. A vida vegetal também se diversifica. Quando os primeiros dinossauros despontaram, já existia a vida bastante evoluída, mas muito diferente de hoje.

Durante a maior parte do reinado dos dinossauros, as florestas eram predominantemente verdes e compostas de samambaias e coníferas (campos). Nessa época, não havia grama como a gente conhece. Havia samambaias gigantes, que serviam de alimento para os dinossauros herbívoros. Os grandes répteis viveram 40 milhões de anos após o surgimento dos vegetais floridos.

No tempo dos dinossauros o clima era mais homogêneo e quente. Não existiam as calotas polares. As temperaturas médias dos pólos ficavam em torno dos 15 graus positivos e atualmente essas temperaturas se situam em torno de zero a -2ºC. Como não havia gelo no pólos, existia maior disponibilidade de alimentos para os dinossauros herbívoros e, conseqüentemente, mais carne para os carnívoros.

A formação dos continentes era muito diferenciada. Todas as massas continentais estavam unidas, formando a PANGÉIA. Em torno de 200 a 210 milhões de anos atrás, a Pangéia começou a se separar. Viemos a saber disso através de estudos. Algumas rochas, como as lavas, conservam vestígios e os geólogos podem calcular o lugar onde elas foram derramadas.

Em que local teriam surgido os primeiros dinossauros? Há boas evidências de que foi no Hemisfério Sul, numa área que hoje se divide entre África do Sul e América do Sul, onde estão identificados registros fósseis de 220 a 230 milhões de anos. Até o momento, já foram identificadas 350 espécies de dinossauros, mas esse número é apenas uma pequena parte.

É um pouco difícil imaginar hoje, como era o dia-a-dia dos grandes répteis. Podemos dizer que eram vertebrados e viviam em áreas continentais, próximas de rios e lagos. Havia dinossauros herbívoros, carnívoros, necrófagos (que se alimentavam de carcaças) e onívoros (que comiam de tudo).

Não foi a ação do homem que extinguiu os dinossauros há 65 milhões de anos. Nós nem existíamos naquela época. Talvez uma erupção vulcânica, ou a queda de um meteorito gigante tenha levantado uma nuvem de fumaça que envolveu o Planeta Terra por dezenas de anos, impedindo os raios solares, sem os quais as plantas não puderam sobreviver. Morrendo as plantas, morreram também os dinossauros herbívoros, como também os dinossauros carnívoros que se alimentavam dos dinossauros herbívoros.

O homem surgiu há 5 milhões de anos. Os dinossauros já haviam desaparecido da face do Planeta há 60 milhões de anos. Mas, alguns poucos dinossauros restaram e lentamente se modificaram para acabarem como hoje são: tartarugas, jacarés, lagartos, cobras, lagartixas e principalmente as aves em geral, como por exemplo a galinha.


CURIOSIDADE

Os cientistas calculam que um ovo dos maiores dinossauros tinha o tamanho de uma bola de futebol e se parecia muito com um ovo de tartaruga das de hoje, descendentes dos dinossauros. Tudo indica que um só ovo dos grandes dinossauros daria para alimentar uma família de cinco ou seis pessoas. A carne dos dinossauros lembraria a carne do jacaré.

ESCALA DE TEMPO

5 bilhões de anos – Formação do Planeta Terra.

3 bilhões de anos – Aparecimento da vida no Planeta Terra.

1 bilhão de anos – Surgem os organismos mais complexos: anfíbios, répteis e mamíferos.

230 milhões de anos – Aparecimento dos dinossauros na Terra.

65 milhões de anos – Desaparecimento dos dinossauros na Terra.

5 milhões de anos – Aparecimento do homem na Terra.

200 anos – Inauguração da era Industrial

1793 a 1993 – Invenção de máquinas, carros, aviões, computadores, satélites espaciais, etc...

Jornal Verde - Nº 34




ATIVIDADE:

Leitura

Escrever os numerais do texto em algarismos arábicos e romanos

Desenhar uma história em quadrinho servindo-se do texto “Escala do Tempo”


A GALINHA REIVINDICATIVA

Em certo dia de data incerta, um galo velho e uma galinha nova encontraram-se no fundo do quintal e, entre uma bicada e outra, trocaram impressões sobre como o mundo estava mudando. O galo, porém, fez questão de frisar que sempre vivera bem, tivera muitas galinhas em sua vida sentimental e agora, velho e cansado, esperava calmamente o fim de seus dias.

_ Ainda bem que você está satisfeito _ disse a galinha _ E tem razão de estar, pois é galo. Mas eu, galinha, posso estar satisfeita? Não posso. Todo dia pôr ovos, todo semestre chocar ovos, criar pintos, isso é vida? Mas agora a coisa vai mudar; pode estar certo que vou levar uma vida de galo, livre e feliz. Há já seis meses que não choco e há uma semana que não ponho ovo. A patroa se quiser que arranje outra para esse ofício. Comigo não, violão!

O velho galo ia ponderar filosoficamente que galo é galo e galinha é galinha e que cada ser tem sua função específica na vida, quando a cozinheira, sorrateiramente, passou a mão no pescoço da doidivanas e saiu com ela esperneando, dizendo bem alto: “A patroas tem razão: galinha que não choca nem põe ovo só serve mesmo é pra panela”.

VOCABULÁRIO;

doidivanas – imprudente, adoidava

específico – próprio

filosoficamente – com razões, com motivos

frisar – realçar, destacar

função – encargo, dever

jornada – duração do trabalho diário

oficio – trabalho, ocupação

trocar impressões- trocar idéias, trocar opiniões

sorrateiramente – disfarçadamente, manhosamente


SUGESTÃO DE ATIVIDADE:

RESPONDA:

1- Dentre as personagens da fábula, qual a principal? Por que?

2- Como você define a personalidade da galinha?

3- Caracterize o galo.

4- O que a galinha quis dizer com a expressão “vida de galo”?

5- Explique a expressão: “Comigo não, violão!”

6- Como você interpreta a moral do texto: “Um trabalho por jornada mantém a faca afastada”?

7- A fábula faz uma crítica à sociedade. A que se pode comparar a galinha e o galo? Por quê?

8- O significa “reivindicar?

9- O que você reivindica? Por quê?

10- Quais os seus direitos?

11- Quais os seus deveres?


A ARANHA E A ANDORINHA

Queixava-se a aranha a Júpiter, e com sua vozinha lamuriosa dizia:

_ Ouve-me, grande Júpiter e atende a minha queixa. Já não sei o que fazer; a andorinha rouba-me toda a provisão; sempre a esvoaçar, roçando pelas águas e por tudo, vem a imprudente à minha porta tirar-me as moscas da teia. Muitas eu teria guardadas se essa maldita ave não m’as roubasse.

A andorinha não prestava a menor atenção à aranha, pois seus filhinhos implumes viviam a reclamar alimento, obrigando-a a correr de um lado para outro a fim de apanhar moscas e insetos para seu sustento; enquanto isso, a aranha mais não fazia do que cuidar do seu próprio estômago.

Portanto, Júpiter não atendeu a queixosa e a andorinha, nas suas andanças, passou um dia e com a ponta da asa carregou a teia e com ela também a aranha que pendia de uma ponta.

La Fontaine tenta explicar a moralidade desta fábula assim: “Neste mundo, pôs Júpiter duas mesas para cada estado; o hábil, o forte e o esperto, banqueteiam-se na primeira, e os fracos comem na segunda os seus restos.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
1-
Transformar o texto A andorinha e a aranha numa história em quadrinho.
2- Confecção de um origame de uma andorinha. Click no link



POEMINHA DO CONTRA

“E todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho
Eles passarão...
Eu, passarinho!”

(Mário Quintana)

A GALINHA PRETA


Estava-se no fim do jantar de família. Prato de resistência: galinha ensopada. Dona Glorinha, que até então nada dizia, interrompeu a balbúrdia geral.

_ Estava muito bom, obrigada: gostei muito mesmo, embora prefira galinha frita.

Uma das sobrinhas explicou:

_ frita não dava, a galinha era muito velha.

_ Muito velha... _ ecoou Dona Glorinha _ Não me digam que foi aquela galinha preta!

_ Foi, sim _ confessou a sobrinha.

Dona Glorinha ergueu-se e correu para o banheiro, com as mãos no estômago. Ao voltar, não se conteve, desabafou:

Mas vocês! Como é que vocês não compreendem que era impossível, que eu não podia comer uma galinha que conheço pessoalmente!

QUINTANA, Mário. Sapo Amarelo...



SUGESTÃO DE ATIVIDADE:

1- Dramatizar o texto.

2- Desenhos para colorir.






10 de julho de 2007

A moreninha


Toda a história se passa na paradisiaca Ilha de Paquetá, centrada em Carolina (Sônia Braga) e Augusto (David Cardoso). Amigos da família reunem-se para um sarau na casa de Carolina. Lá, ela vai reencontrar aquele amor dos tempos de criança, com quem trocou juras de amor e um camafeu, peça fundamental para que eles se reconheçam. Adaptação do livro homônimo de Joaquim Manuel de Macedo

Diretor: Glauco Mirko Laurelli
Elenco: Sônia Braga, David Cardoso, Carlos Alberto Ricelli, Nilson Condé, Claudia Mello, Vera Manhães, Sônia Oiticica, Lúcia Mello.
Produção: Luis Sergio Person, Cláudio Petráglia
Roteiro: Glauco Mirko Laurelli, Cláudio Petráglia, Miroel Silveira
Fotografia: Rudolf Icsey
Trilha Sonora : Cláudio Petráglia
Duração: 96 min.
Ano: 1971
País: Brasil
Gênero: Romance
Cor: Cor
Estúdio: CBS do Brasil/ Cinedistri/ Fundação Padre Anchieta/ Lauper Filmes

ATIVIDADE EM GRUPO: Responda estas questões sobre o filme A MORENINHA:
1- Que época é retratada no filme?
2- Quem são as personagens principais?
3- Descreva a Casa Grande.
4- Como eram tratados os escravos?
5- O que significa alforria?
6- Qual o espaço geográfico onde foi filmada a maior parte do filme?
7- Descreva as roupas femininas.
8- Qual a única cena filmada na praia?
9- Como era o romance entre o casal de jovens?
10- Compare os bailes do filme com os bailes atuais.
11- O que significa sarau?
12-Comente a cena de nudez.
13- Qual a diferença entre a linguagem do branco e a do negro?
14-Gostou do filme? Por quê?
15-Escreva uma mensagem inspirada no filme

1 de março de 2007

Furto de flor


Carlos Drumond de Andrade

Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor.

Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.

Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.

Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:

_ Que idéia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!

(Contos Plausíveis. RJ, José Olympio)

SUGESTÃO DE ATIVIDADES:

INTERPRETAÇÃO:

1- Leitura oral

2- Dar os sinônimos de – furtar – restituir – contemplar;

3- Quais as personagens do texto?

4- Quando e onde o fato aconteceu?

5- O que aconteceu?

6- Numerar as linhas do textos e destacar equilíbrio, desequilíbrio e novamente equilíbrio;

7- Destacar do texto: situação – complicação – clímax – desfecho;

8- Comentar as atitudes do porteiro e de quem depositou a flor no jardim.

9- O autor do furto arrependeu-se? Exemplifique.

10- Qual a cor da morte?

11- Como uma flor demonstra sua felicidade?

12- De que forma uma flor pode agradecer?

13- Que novidades você pode encontrar numa flor?

GRAMÁTICA:

1- Conjugue os verbos furtar, assumir e desabrochar no pretérito mais-que-perfeito;

2- No presente do indicativo os verbos: haver – sentir – temer

3- Os verbos: colocar – ir – cochilar no pretérito perfeito do indicativo;

IDENTIFIQUE PESSOA, TEMPO E MODO VERBAL:

1- Eu a furtara.

2- O porteiro estava atento e repreendeu-me.

3- Que idéia a sua de jogar lixo de sua casa neste jardim?

4- Passei-a para o vaso.

ANALISE AS FUNÇÕES SINTÁTICAS DAS PALAVRAS DESTACADAS:

1- Notei que ela me agradecia.

2- Passei-a para o vaso.

3- Ela não estava feliz.

4- O porteiro estava atento.

IDENTIFIQUE A METONÍMIA DA FRASE:

1- O copo destina-se a beber.

PRODUÇÃO DE TEXTO:

1- Transformar o texto numa história em quadrinhos:

3 de fevereiro de 2007

Aula preparada



Que intimidades a atrevidinha se permite! Pergunto mesmo: Haverá no planeta alguém mais sem cerimônia? Pois ela invade nossos mais guardados territórios com a afoiteza, a temeridade de um camicase. Trafega por eles como se estivesse na sua própria casa _ e, na verdade, somos uma de suas casas. Crava-nos sua agulha se sucção como se fôssemos flor de alguma abelhinha vampira. Seu maior mal não é a fisgada que dá, pois o que nos rouba é pouco; seu maior mal é ser promíscua, excessivamente inconstante e passeadeira, amiga de ratos, gatos, madames, senadores, cães, esgotos, palácios, teatros ordinários. A pulga é uma excursionista sem programa: agora está na braguilha de um hortelão que leva à cidade o produto de sua horta, logo mais já está a caminho de São Paulo no cós da calça de um comerciante, amanhã vai para Roma na dobra de uma batina. E que atleta respeitável, ela que, tendo perdido as asas na poeira dos tempos, pula cem vezez o próprio tamanho e desloca um volume cem vezes maior que o próprio peso. E que atleta moderada na mesa: uma refeição de sangue lhe basta para dois dias e andaram descobrindo que pode jejuar até por dezoito meses, façanha de já se invejar no cotidiano, quanto mais nos tempos de apertura. Não chega a ser, como se vê, um monstro _ o mais que ela faz é ser inquieta e intrometida. John Donne não a defendeu mal diante da amada: "Que crime cometeu a pulga incauta salvo a mínima gota que lhe falta?" Não sei se o poeta pensava, mas eu penso: há tanta gente chupando nosso sangue, merecendo nossa unha...
Autor desconhecido

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

1- SUBSTITUA AS PALAVRAS NEGRITADAS POR UM SINÔNIMO:
A pulga invade nossos territórios com a afoiteza, a temeridade de um camicase.
Seu mal não é a fisgada que dá, mas é ser promíscua e inconstante.
É uma excursionista. Às vezes está na braguilha de um hortelão.
É moderada. Faz a façanha de jejuar até dezoito meses.
Que crime cometeu a pulga incauta?

2- ESCREVA NO PLURAL:
A pulga atrevida viajou para Roma.
Um hortelão leva à cidade o produto de sua horta.
Trafega por nossos territórios como se estivesse em sua própria casa.
É uma excursionista.
Crava-me sua agulha de sucção como se eu fosse uma flor.

3- COPIE DO TEXTO:
As palavras com acento agudo e as palavras com acento circunflexo.

4- EXERCITANDO O TEXTO:
Quais os adjetivos atribuídos à pulga?

POR QUE A PULGA É:
- Sem cerimônia?
- Uma excursionista
- Uma atleta moderada?
- Uma atleta?

Relacione os amigos da pulga.

Explique o que disse o poeta:
"Que crime cometeu a pulga incauta
Salvo a mínima gota que te falta?"

Qual a intenção do autor quando afirma:
"Há tanta gente chupando nosso sangue, merecendo nossa unha..."?

O Texto condena ou inocenta a pulga?

1 de janeiro de 2007

A girafa

aaaaaaa Pescoço extenso, mas constituído pelo número normal de vértebras cervicais (sete), a enorme cabeça estreitando-se para frente, as pernas desmesuradas, o dorso oblíquo e a cauda terminada por um comprido tufo de crinas, são características bem conhecidas da girafa

aaaaaaaaaTanto o macho quanto a fêmea possuem dois cornos de 15 cm de comprimento, curtos e peludos. A pelagem ornada de malhas castanhas ou amarelas, separadas por intervalos de cor branca, dissimula de tal modo a nitidez do seu contorno que uma manada de girafas dificilmente será vista à distância no meio de um grupo de acácias, árvores que constituem sua principal fonte de alimentos.


Sugestão de atividade:

- Leitura

- Usando o dicionário, o aluno reescreverá o texto substituindo as palavras sublinhadas por um sinônimo. A reescrita deverá ser feita a lápis, e o professor orientará para que o aluno faça a atividade de forma que o texto fique correto como no papel, com as margens e parágrafos alinhados. Parece uma atividade fácil, mas muitos alunos não sabem mais escrever com estética, e outros esqueceram como se usa um dicionário. Experimente e verá.


A GIRAFA BRANCA

As girafas têm todos os motivos para achar que a vida não é fácil! São o alvo da cobiça de caçadores e da fome das feras. Aprenderam a usar longos pescoços como se fossem periscópios, e do alto dos seus cinco metros de altura vigiam, por cima dos arbustos, os seus possíveis inimigos. Ao menor sinal de perigo, entram em fuga estratégica.

Nesse galope salvador deixam quase para trás a figurinha difícil da família, a girafa branca, raridade ainda encontrada na fauna do Quênia. A girafa branca sofre a discriminação de toda a manada. Malvista e mal amada, segue humildemente as outras, de longe. É repelida o tempo todo pelas girafas comuns, cobertas de belas nódoas da espécie.

O fenômeno da girafa desbotada se explica por uma carência parcial de melanina, que impede a formação que impede a formação de pigmentos na pele. Mas não se trata de um animal albino. Os albinos não têm melanina nenhuma e, por isso suas mucosas são muito avermelhadas. A girafa branca, ao contrário, possui olhos grandes e escuros.

Mas nem esses olhos sombrios e meigos comovem suas companheiras de manada, que também não se estremecem com o fato de que ela possui língua imensa e azul-escura como qualquer outra girafa. É branca e, por isso, uma verdadeira ovelha negra da família. Apenas duas ou três companheiras mais avançadas a aceitam. Com restrições.

Entre as hipóteses formuladas pelos especialistas para explicar o preconceito, figura a da sobrevivência: A girafa branca constituiria um alvo fácil demais para os inimigos da manada. Daí sua vida de bode expiatório.

Manchete, outubro de 1977

1- TIRE SUAS DÚVIDAS LENDO O VOCABULÁRIO:
Alvo: A cor branca; branco.
Cobiça: Desejo sôfrego, veemente, de possuir bens materiais; avidez, cupidez.
Periscópio: Instrumento óptico que permite ver por cima de um obstáculo, usado especialmente nos submarinos, nas trincheiras, etc.
Arbusto: Vegetal lenhoso cujo caule é ramificado desde a base. Não há, portanto, um tronco indiviso como nas árvores. Os arbustos podem ser pequenos ou bastante altos, com vários metros.
Estratégica: Em que há ardil; ardiloso, astucioso, manhoso: atitude
Galope: A carreira mais rápida de alguns animais, e em especial do cavalo.
Raridade: Qualidade de raro. Objeto raro, pouco vulgar
Fauna: O conjunto dos animais próprios de uma região ou de um período geológico.
Discriminar: Diferençar, distinguir; discernir: Separar, estremar Estabelecer diferença;
Repelir: Impelir para fora; expulsar: Impedir de entrar ou aproximar-se: Não acolher; não admitir; recusar; rejeitar:
Manada: Rebanho
Carência: Falta, ausência, privação: Necessidade, precisão:
Melanina: Pigmento negro encontrado em locais diversos do corpo, como pele, pêlos, e em certos tumores, etc.
Pigmento: Designação comum a várias substâncias, de natureza diversa, que dão coloração aos líquidos ou aos tecidos vegetais ou animais que as contêm:
Albino: Que tem albinismo; Anomalia congênita, caracterizada pela ausência total ou parcial do pigmento da pele, dos pêlos, da íris .
Mucosa: Membrana mucosa. Que produz muco.
Parcial: Que faz parte de um todo. Que não é total:
Sombrio: Triste, melancólico, fúnebre, sombroso: Carrancudo, torvo, trombudo
Restrição: Ato ou efeito de restringir(-se). Reduzir, limitar, resumir:
Hipótese: Suposição, conjetura: Acontecimento incerto; eventualidade; caso: Suposição que orienta uma investigação por antecipar características prováveis.

2- ECONTRE NO TEXTO E COPIE A FRASE QUE CONTÉM:
Um numeral
Um substantivo no diminutivo
Um substantivo coletivo
Um substantivo composto

3- COPIE AS PALAVRAS QUE SE PEDE:
uma paroxítona terminada em l
uma paroxítona terminada em ditongo
uma proparoxítona
um monossílabo tônico

4- REESCREVA AS FRASES SUBSTITUINDO AS PALAVRAS DESTACADAS POR SINÔNIMOS:
A girafa branca sofre discriminação.

Os albinos não têm melanina

A girafa é um alvo para os inimigos.


A girafa é um alvo para os inimigos

ESTUDO DO TEXTO:
Por que a girafa branca é discriminada pelas outras?
Em nossa sociedade também existe preconceito. Quais tipos de preconceitos?
Escreva o primeiro parágrafo no singular.
Resuma o quinto parágrafo numa única frase.
Rescreva o terceiro parágrafo iniciando-o por: “As girafas brancas não são albinas
Analise e comente o último parágrafo do texto.

6- PRODUÇÃO DE TEXTO:

Escreva um texto na primeira pessoa do singular, assumindo a voz da girafa, e conte como é sua vida e como se sente em relação à discriminação. O texto deve ter estética.

7- Desenhe o mapa da África e localize o Quênia.

18 de outubro de 2006

Mário de Andrade











A SERRA DO ROLA-MOÇA

A serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não.

Eles eram do outro lado,
Vieram na vila casar.
E atravessaram a serra.
O noivo com a noiva dele,
Cada qual no seu cavalo.

Antes que chegasse a noite,
Se lembraram de voltar...
Disseram adeus pra todos
E se puseram de novo
Pelos atalhos da serra,
Cada qual no seu cavalo.

Os dois estavam felizes,
Na altura tudo era paz...
Pelos caminhos estreitos
Ele na frente, ela atrás.
E riam! Como eles riam!
Riam até sem razão...

A serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não.

As tribos rubras da tarde
Rapidamente fugiam
E apressadas se escondiam
Lá embaixo no socavões,
Temendo a noite que vinha.

Porém os dois continuavam
Cada qual no seu cavalo,
E riam. Como eles riam!
E os risos também casavam

Com as risadas dos cascalhos,
Que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam
Buscando o despenhadeiro.

Ah, Fortuna inviolável!
O casco pisara em falso.
Dão noiva e cavalo um salto
Precipitados no abismo.
Nem o baque se escutou.
Faz um silêncio de morte.

Na altura tudo era paz...
Chicoteando seu cavalo,
No vão do despenhadeiro
O noivo se despenhou.

E a serra do Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.


ESTUDO DO TEXTO:

QUAIS AS PALAVRAS EMPREGADAS NO TEXTO COM O SENTIDO DE:

desvio ou caminho mais curto fora da estrada comum?

ruído de um corpo ao cair?

pequeno calhau, pedrinha?

abismo, precipício?

precipitar-se, cair de grande altura?

destino, sorte, fado?

leve, de pouco peso?

vermelho, vivo, cor de sangue?

cadeia de montanha com muitos picos e quebradas?

esconderijo, gruta, grande socava?

grupo de pessoas que têm a mesma língua, os mesmos costumes, as mesmas tradições?

atalho, caminho estreito?

BUSQUE NO POEMA OS VERSOS EM QUE O VERBO CASAR SIGNIFICA:

unir-se pelo matrimônio.

combinar, estar conforme, conformar-se.


COMPLETE, OBSERVE O EXEMPLO:

Que não pode ser violado

inviolável

Que não pode ser perdoado

Que não pode ser pago

Que não pode ser apagado

Que não pode ser controlado

Que não pode ser adiado

Que não pode ser saciado

Que não pode ser curado

Que não pode ser domado

Que não pode ser cansado

Que não pode ser estimado

Que não pode ser penetrado

Que não pode ser tratado

Que não pode ser imitado

o- Que não pode ser aplacado

p- Que não pode ser pesado

Que não pode ser pesado

Que não pode ser medido

PESQUISE NO DICIONÁRIO E NO TEXTO SENTIDO DAS PALAVRAS E EXPRESSÕES:

E puseram-se de novo / Pelos atalhos da serra.

b) Temendoa noite que vinha.

E os rios também casavam / Com as risadas dos cascalhos.

E os rios também casavam / Com as risadas dos cascalhos.

Que pulando levianinho / Da vereda se soltavam.

Buscando o despenhadeiro.

Ah! Fortuna inviolável!

Nem o baque se escutou.

Faz um silêncio de morte.

No vão do despenhadeiro / O noivo se despenhou.


RESPONDA:

A que se refere o poeta com o verso As tribos rubras da tarde?

Explique como morreu cada um dos noivos e porque “a Serra do Rola-Moça Rola-Moça se chamou”.

d- Quantos versos tem o poema e em quantas estrofes estão distribuídos?

e- Dá-se o nome de “refrão” ao verso ou grupo de verso repetido após as estrofes. Qual o refrão de A Serra do Rola-Moça?

Por que o poeta diz várias vezes no texto que os noivos riam, riam até se razão?

que hora se desenvolve a cena? Esse momento pode ter tido alguma influência nos acontecimentos? Por quê?

A natureza participava da alegria dos noivos. Prove citando um verso.

Porque os noivos estavam naquele local?

Pode-se dizer que os noivos passavam por local seguro? Por quê? Cite um verso que se refira especificamente ao caminho que eles trilhavam.

O que o poeta quis dizer com o verso: Ah. Fortuna inviolável!

Como você explica a atitude do noivo ante a tragédia?

Que atitude você acha que ele deveria ter tomado?

Por que eles caminhavam um na frente e outro atrás?


COMPLETE CONFORME O EXEMPLO:

É melhor que eles não viajem à noite. (verbo viajar)

Eles fizeram sua viagem à noite. (substantivo viagem)

Como foi de via...em?

Se vocês via...assem pela manhã , seria melhor.

Boa via...em!

f- As via...ens à noite são sempre difíceis.

g- Quero que você via...e a cavalo.

Cuidado com a serra! São perigosas as via...ens noturnas.

Pretendes que via...emos sozinhos?

PASSE PARA O SENTIDO NEGATIVO COMO NO EXEMPLO:

O noivo conhecia os perigos do caminho.

O noivo desconhecia os perigos do caminho.

A noiva apareceu.

Todos o julgavam honesto.

Os noivos pareciam contentes.

Por tudo o que você me fez, eu o prezo.

Os lábios da noiva estavam corados.

Para mim, isso é uma honra.

Essas recomendações são necessárias.


IDENTIFIQUE A INTRODUÇÃO E O DESFECHO DO POEMA:


RESPONDA:

Com que finalidade Mário de Andrade escreveu o poema?

O enredo é dividido em duas partes. Que título você daria para:

- 1ª parte do enredo:

- 2ª parte do enredo:

FAÇA A CORRESPONDÊNCIA INDICANDO A ESTROFE EM QUE CADA NOTÍCIA SE ENCONTRA:

Os dois cavalgavam pelos atalhos da serra.

Havia grande tranqüilidade no alto da serra.

As nuvens avermelhadas estavam desaparecendo.

Os cascalhos soltos rolavam despenhadeiro abaixo.

( ) 3ª estrofe

( ) 5ª estrofe

( ) 2ª estrofe

( ) 4ª estrofe


UNA OS VOCÁBULOS GRIFADOS A SEUS SIGNIFICADOS:

Ah, Fortuna inviolável.

As nuvens se escondiam nos socavões.

O noivo se despenhou no vão do despenhadeiro.

Os cascalhos pulavam levianinhos.

Os cascalhos se soltavam da vereda.

Nem o baque se escutou.

( ) muito leves

( ) caminho

( ) tombo

( ) precipitou

( ) destino

( ) buracos

VAMOS UNIR OS VOCÁBULOS GRIFADOS A SEUS SIGNIFICADOS:

(a) serra

(b)casar

(c) fortuna

(d) razão

(e) estreito

f) salto

( ) riqueza

( ) montanha

( ) motivo

( ) catarata

( ) combinar

( ) apertado


EXPLIQUE DE OUTRO MODO A MESMA NOTÍCIA:

Os cascalhos se soltavam da vereda buscando o despenhadeiro.

As nuvens se escondiam temendo a noite que vinha.

Eles foram acidentados indo para casa.

É trabalhando que se vence na vida.

Fugindo é que eles não resolverão seus problemas.


SUBLINHE O PREDICADO NAS SEGUINTES ORAÇÕES:

A Serra não tinha esse nome.

Eles vieram para a vila.

Os dois estavam felizes.

Riam até sem razão.

Os cascalhos pulavam levianinhos.