Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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25 de outubro de 2015

Escultura musical


Um exemplo de escultura musical. Para fazer a escultura, busquei algumas peças de sucata com sonoridade. Em seguida, fiz a escultura em base de ferro. A sonoridade ficou muito bonita, semelhante àquelas feitas com pedras. 



20 de outubro de 2015

Artesanato para o Natal


Sugestões de trabalhos manuais com tema natalino, encontrados no site https://www.pinterest.com/. É necessário fazer um cadastro. Mais fácil se entrar com o Facebook.





Balões e vidros de leite de coco.



13 de outubro de 2015

Pictograma



                Um pictograma é um símbolo que representa um objeto ou conceito por meio de desenho figurativo estilizado que funciona como um signo de uma língua escrita, não transcrevendo nem tendo relação explícita com a língua oral, mas transmitindo ideias e objetivos. Sua origem data da antiguidade ou da Pré-História, na escrita cuneiforme, nos hieróglifos e nos desenhos rupestres.   

            Atualmente, o uso do pictograma tem sido muito frequente na sinalização de locais públicos e no designe gráfico. Embora os pictogramas pareçam ser autoexplicativos e universais, em realidade, eles possuem limitações culturais. Por exemplo: em pictogramas de banheiro, onde o sexo é diferenciado por uma representação de uma figura feminina usando uma saia, ocorre problemas de identificação por usuários não-ocidentais. Estudos mostraram que homens de culturas em que o uso de saias masculinas é comum, como alguns povos árabes, têm dificuldade em compreender a diferenciação entre sexos em pictogramas ocidentais. 

PICTOGRAMA SOBRE QUALIDADE DE VIDA:



ATIVIDADE PARA O ALUNO:

Escolher um tema e criar um pictograma sobre:
a- Cuidados com a saúde
b- Trânsito nas pequenas ou grandes cidades
c- Futebol
d-Livre





6 de outubro de 2015

The Iron Horse, 1924 - O Cavalo de Ferro: Legendas em Português (AVec)



SÍNTESE

            “O cavalo de ferro”, de 1924, mostra que o presidente Lincoln autoriza a construção da estrada de ferro Transcontinental. O construtor (Will Walling) e agrimensor (George O´Brien), começam a traçar o mapa para a melhor rota. Embora eles encontrem uma nova passagem, além da previamente esperada, a ambição dos homens que trabalham no projeto complica a execução. Homens enfrentam índios, bandidos e outros problemas durante a construção  que ligaria o leste ao oeste do país. Com tema histórico, momentos de drama, comédia  e romance, O Cavalo de Ferro, merece um lugar de honra e destaque na história do cinema, porque reescreve a história da América mostrando como uma nação se constrói no Oeste a partir da bravura e união de homens simples. O homem branco é valorizado pelo que faz e o índio é mostrado como o indesejável. Nenhum índio fala no filme, eles fazem parte da natureza, por isso são selvagens, espreitam, atacam, impedem o progresso. A trilha sonora acompanha as ações. Para ações tensas, a música torna-se tensa.

O Grande Roubo do Trem - The Great Train Robbery (1903)



SÍNTESE

             No filme “O grande roubo do trem” de 1903, dois ladrões rendem um guarda ferroviário e ordena-lhe que dê uma falsa mensagem ao maquinista para que pare o trem na estação. Os bandidos entram no trem e roubam o cofre que estava sob a proteção de um guarda, vão em direção ao trem, lutam com alguns homens, forçam o maquinista a parar e a desacoplá-lo do vagão de passageiros. Roubam os passageiros, fogem e comemoram a vitória. O guarda ferroviário é encontrado e a polícia é avisada. Depois de descobertos, começa uma perseguição a cavalo com a morte de todos os ladrões no tiroteio final. O filme é considerado o primeiro faroeste da história do cinema e mesmo mudo,  mostra a realidade da sociedade americana. Como exemplo temos a violência no momento em que uma pessoa (boneco) é atirada violentamente do trem em movimento, uma cena que deve ter chocado quem a viu, Inovador para época, pois foi filmado em cenas externas.

30 de setembro de 2015

Red Hot Chili Peppers - Otherside]




Este é o clipe da Música “Otherside”  do grupo de Rock americano Red Hot Chili Peppers. A estética desse video se inspirou nas características do conflitos interiores e estado emocional do Expressionismo Alemão.

Algumas características comprovam a presença do Expressionismo Alemão:
- Clima psicológico, como se fosse um sonho, ambiente surreal;
- Evocações fúnebres com a morte da personagem, luta consigo mesmo (conflito);
- Poucos personagens, desproporcionais (cão e pássaro grandes);
- Figuras escuras, distorcidas, contraste de luz e sombra, planos inclinados;
- Elementos cubistas: casas, ambulância, galhos de árvores, perspectiva distorcida;
- Formas geométricas, uso de linhas retas, obliquas, profundidade, corredores longos e estreitos, longas escadas;
- Close no rosto e nos olhos da personagens;
- Movimentos repetidos, como o de uma máquina trabalhando
- Inversão de planos 

O Gabinete do Dr. Caligari




O gabinete do Dr. Caligari (1920)


            O Expressionismo Alemão é reflexo da profunda crise espiritual originada nos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. Segundo as características desse movimento, o expressionismo escapa à lógica, pois é subjetivo. Numa breve explanação, é bom lembrar que Dr. Caligari é um médico louco, que usando uma capa negra e uma cartola, vive alucinações faz mau uso de seus poderes mentais, hipnotiza um jovem e o induz a matar várias pessoas, sem ter consciência daquilo que faz. O filme ganha destaque quando o jovem se recusa a assassinar uma bela jovem. Para desenvolver o enredo tem necessidade de imagens distorcidas e deformadas, que dão sentido à trama e narram a tragédia.
            O Gabinete do Dr. Caligari  é um clássico do terror, lançado em 1919. Apresenta um visual um tanto surrealista. Foi uma das primeiras obras do expressionismo alemão e privilegia o tom escuro,  os estranhos efeitos de forte contraste entre luz e sombra, de cenários e ângulos de câmera distorcidos, além de climas psicológicos, para expressar os delírios de um louco, de forma irreal, abstrata, como as imagens de um sonho. Lida com temas como a demência, o controle mental e obsessão pelo poder, é uma alegoria sobre a situação política e social da Alemanha do pós-guerra, o militarismo e as imposições das autoridades do sistema. Seu roteiro foi escrito com um sentimento de aversão a esse sistema. É um questionamento a respeito da obediência cega à autoridade.
            O cenário é criado com pedaços de madeira e pano pintados com imagens distorcidas e com predomínio de linhas geométricas retas, obliquas e agressivas.  O uso de luz e sombras são típicos do expressionismo. Cenas de telhados, caminhos, pontes, florestas tornam-se surreais e ameaçadores, para expressar visualmente os sentimentos das personagens.  A casa do Dr. Caligari parece pequena e apertada por fora, o que causa uma sensação de incômodo.
            Por se tratar de um filme do início do século XX, quando o cinema estava em seu início e ainda era mudo, a trilha sonora é um elemento primordial, pois conduz o telespectador e mostra sua trama conforme as intenções do expressionismo: suspense, medo, enigma, terror fantasmagórico  estão presentes o tempo todo, conferindo uma atmosfera de pesadelo, sugerindo algo assustador

            O protagonista, bastante convincente, usa forte maquiagem, dirige um olhar perturbador, forte, de ameaça ao telespectador, um visual bastante sombrio. Sua interpretação, por Werner Krauss, o misterioso e cruel médico, Doutor Caligari é bastante exagerada e enigmática. Apresenta movimentos pouco naturais, uma qualidade irreal, fantasiosa, mórbida. O mesmo pode-se dizer do sonâmbulo César. A expressão facial e corporal também provocam medo. O exagero nas expressões buscam externar os sentimentos das personagens. Os figurinos se adéquam às atuações das personagens.


21 de setembro de 2015

Taumatrópio


  



Taumatrópio é um brinquedo que foi popular na Era Vitoriana. Uma obra de arte original bidimensional.
Há duas narrativas para a sua origem.
A pimeira afirma que foi Inventado em 1824, por Peter Mark Roget que apresentou um artigo à Royal Society de Londres, onde abordava e discutia uma certa sensação ilusória de se enxergar uma roda (de carruagem) rodar ao contrário, durante seu movimento normal de rotação.
            A outra diz que foi inventado em 1924 por Jonh Ayron, médico e fisíco inglês, como objetivo de provar o fenômeno ocular da “persistência retiniana”. 
            O Traumatrópio consiste de Um disco de papelão com uma imagem em cada lado, preso a dois pedaços de barbante. Quando as cordas são torcidas rapidamente entre os dedos as imagens dos dois lados parecem se combinar em uma. Por exemplo, se for desenhado num lado do disco uma gaiola e no outro um passarinho, ao rodar o fio esticado as duas imagens fundem-se dando a impressão de que o pássaro está dentro da gaiola.
            A palavra ‘Taumatrópio’ vem do grego thaûma (maravilha) + tropos (virar, transformar) que significa "que se transforma em algo maravilhoso". Esse efeito ou ilusão de óptica é dado pelo fenômeno da "persistência retiniana".
            Persistência Retiniana é a capacidade que o olho humano tem de reter a imagem, ou seja, as imagens permanecem por um determinado tempo em nossa retina - cérebro - de aproximadamente 1/16, dezesseis frames por segundo, qualquer imagem que fique mais tempo que esse dará impressão de movimento.  Esse efeito ou ilusão de óptica é dado pelo fenômeno da "persistência retiniana".
            Quando se olha fixamente para uma luz e depois se fecha os olhos, fica-se com a impressão de continuar a ver essa luz mesmo com os olhos fechados. Este fenómeno chama-se Efeito Phi ou Efeito de Persistência Retiniana das Imagens.



Sequência da confecção de um Taumatrópio:


Fig. 1 – Risco em A4



Fig. 2 - Contorno com caneta hidrográfica

Fig. 3 – Pintura com lápis de cor

Fig. 4 – Pintura do fundo com giz pastel seco

Fig. 5 – Papel cartão e reforço da borda


Fig 6 – Desenho colado no papel cartão 

Fig. 7 – Figura recortada com furo nas bordas

Fig. 8 - Figura recortada com furo nas bordas


Fig 9 – Figura com elástico -  Frente  


Fig 10 – Figura com elástico -  Verso 

  
Exemplos de Taumatrópios:


15 de setembro de 2015

Cidadão Kane




Título original: Citizen Kane.
Ano: 1941.                                   
Direção: Orson Welles.                       
Elenco: Orson Welles, Agnes Moorehead, Joseph Cotten, Paul Stewart, George Coulouris.
Gênero: Drama.
Nacionalidade: EUA. 

Sinopse:
O filme é supostamente baseado na vida do magnata das comunicações William Randolph Hearst, Na trama conhecemos a história de Charles Foster Kane a partir de sua morte. Um jornalista recebe a tarefa de investigar qual era afinal o significado de sua última palavra, "Rosebud". 


Prêmios:
Venceu o Oscar de 1942 na categoria de melhor roteiro original. Foi indicado nas categorias de melhor ator protagonista (Orson Welles), melhor direção de arte preto-e-branco, melhor fotografia preto-e-branco, melhor diretor, melhor montagem, melhor trilha sonora, melhor filme e melhor som. Venceu o Prêmio NYFCC 1941 (New York Film Critics Circle Awards, EUA) na categoria de melhor filme.

Curiosidades:

O filme ainda é considerado, por boa parte da crítica, como o maior filme da história até o momento, figurando em primeiro lugar na lista do American Film Institute (AFI). Cidadão Kane foi o primeiro filme longa metragem dirigido por Orson Welles, o filme encontrou forte oposição por parte de William Randolph Hearst, pois ele julgava que a obra denegria sua imagem. Em realidade, havia mesmo muitos pontos coincidentes das biografias de Hearst e de Kane, embora publicamente Orson Welles sempre negasse essa relação. Cidadão Kane marcou sua época devido às inovações, sobretudo nas técnicas narrativas e nos enquadramentos cinematográficos. O filme começa com o protagonista já morto, mudando-se a cronologia dos fatos.


Fonte:http://vejasp.abril.com.br/blogs/miguel-barbieri/2015/06/19/cinemark-classicos-temporada-julho/

http://cinemalivre.net/filme_cidadao_kane.php

  Comentário:

O filme Cidadão Kane, no desenvolver das cenas, retrata a importância das virtudes. O protagonista Charles Foster Kane, quando adulto, herdou grande fortuna e passa a construir um império, que por falta da virtude do dever nasce condenado a se desfazer.

Kane é um homem que se dedica a conhecer o que faz. Em tudo o que escolhe fazer o faz através de uma ligação sensível. Gostava do que fazia. Tinha compromisso com suas escolhas, desde que servissem à sua pessoa. Gostava de suntuosidade. Estava sempre comprando e cumulando bens, obras de arte, dominava a arte de comprar e de escolher. Identificava-se com o que fazia, aquilo era natural para ele.  Tudo o que comprava era guardado, sentia grande estímulo nisso. Nada era imposto, fazia porque desejava fazer, e suas atitudes estavam de acordo com sua consciência e não sentia que estava violando a ética. No caso de Kane, a utilidade das coisas eram apenas para si. Anualmente, havia um prejuízo de um milhão de dólares, quantia que era gasta provavelmente com os objetos que acumulava. Quando fazia algo, dedicava-se extremamente. Foi o que fez com que investisse no canto lírico da esposa, a ponto de construir um teatro, pagar um professor para que ela cantasse com perfeição.

Apesar de dominar a arte dos negócios, era  fraudador, desonesto, aproveitador, vingativo. Tudo o que fazia influenciava a vida das pessoas e com isso atingia o nível moral e seu relacionamento com essas pessoas. As atitudes de Kane eram praticadas pensando exclusivamente em si. O resultado foi o afastamento dos amigos e da segunda esposa. Amargurado, deixou de ter domínio sobre seu império e sua pessoa, deixou de inspirar confiança e admiração. O triste final de Kane foi consequência de não ter praticado a virtude dos deveres. Kane não fez o propósito de alcançar o bem social. Tudo o que restou da fortuna de Kanes foram cinzas. 

O ser humano precisa fazer escolhas durante a durante a vida. Procura sempre escolher o melhor, algo que lhe dê estímulo e prazer. Essas escolhas passam por sua consciência. É preciso firmar um compromisso com essa escolha e com o trabalho: fazê-lo sempre de forma prazerosa, buscar conhecimento, e domínio, atualização constante e com perfeição, fazer de forma parcial ou desconhecer uma parte fere os preceitos da moral. A ineficácia leva à culpa. Nada justifica um trabalho ineficaz. O dever envolve a posse do saber. Essa eleição deve ser natural para que a tarefa seja feita de forma prazerosa, para que haja há harmonia sem causar prejuízo para alguém, sem cometer infração contra a ética. Nem sempre pode escolher de acordo com sua vocação, mas por critério de seleção, por identificar-se com o trabalho. Não se pode excluir do trabalho o seu caráter utilitário. O dever precisa ser algo que trás benefício e bem estar, uma vontade espontânea e não uma imposição ou obrigação. Essa é uma regra que vale para a vida toda. O dever da qualidade da execução depende de escolhas práticas, úteis, causadoras de benefícios. A origem do dever está em escolher e firmar um compromisso e cumprir esse compromisso com prazer, por iniciativa própria.

A profissão Eleva o nível moral do indivíduo mas também exige dele uma prática correta, baseada na virtude . Saber não é suficiente, ter competências  científicas, tecnológicas e artísticas também não é suficiente. Para que o dever profissional seja autêntico, é necessário. É preciso que a virtude e a excelência sejam aplicadas no relacionamento com as pessoas. Não só uma virtude, mas todas elas. Isso é chamado de lealdade ao cliente. Deve receber toda atenção. Há relatividade quando se aprecia a virtude, elas são variáveis. No exercício da profissão o social é mais importante que o individual. Os profissionais líderes e notórios são os que estimularam suas virtudes, cumprem seus deveres. São verdadeiros, respeitam seus semelhantes, procuram ter uma conduta justa, equilibrada, passar confiança, pensar no social.  

Todo profissional deveria ter por princípio dominar o conhecimento da profissão que desempenha, de forma utilitária e eficaz. Um trabalho ineficaz, negligente, sem qualidade de execução, não tem excelência. É imprescindível para o profissional buscar atualização constantemente, buscar novas práticas e desempenhá-las de forma responsável. A conduta de um profissional nem sempre corresponde ao ideal que a sociedade espera. Atitudes prejudiciais são corriqueiras em todos os setores da sociedade moderna: abusos, pressões psicológicas, arbitrariedade, traições, corrupção. Tudo isso está resumido numa única palavra: desonestidade. É imprescindível que esse tipo de problema seja solucionado. Uma forma eficaz de eliminá-lo é trabalhar a educação moral, que ensina como cuidar da própria reputação e como agir com as demais pessoas. Vai trabalhar valores que se incorporam ao indivíduo e melhoram seu caráter. 

Um bom profissional norteia suas atitudes em diversas virtudes que auxiliam sua conduta moral. São virtudes indispensáveis para o desenvolvimento da ética. Dentre essas virtudes, a de maior alcance social é o zelo. O zelo ou cuidado, leva o profissional a executar uma tarefa com maior a perfeição possível, com o objetivo de favorecer sua própria imagem. Ele se fundamenta na relação entre o sujeito e o objeto de trabalho. Os maus serviços são indicadores de traições à confiança depositada. Quando não se tem convicção de um bom trabalho, é mais digno recusá-lo. O respeito pela tarefa e por quem dela necessita é prioridade.

23 de agosto de 2015

A saída dos operários da Fábrica




A saída dos operários da fábrica é tido como o primeiro filme da História do cinema. Feito na França, foi dirigido por Louis Lumière. Na realidade é um  documentário curta metragem do cinema mudo, um minuto apenas, que em mostra pessoas saindo de uma fábrica.
            Nota-se que foram gravadas várias cenas com cortes e que posteriormente estas foram adicionadas uma após a outra, formando uma sequência. O filme é real, mas não tão natural. A impressão que se tem é que os trabalhadores foram avisados, pois estão bem arrumados, como se não existisse pobreza, e não olham de forma alguma para a câmera, é com se a câmera estivesse escondida. Os empregados saem todos em ordem e não se esbarram, tudo está muito perfeito.
            O filme nos remete ao século passado, no auge da Revolução industrial. Suas imagens servem para uma reflexão sobre a sociedade e a economia da época, representados nos trabalhadores da fábrica. É visível que a maioria dos trabalhadores eram mulheres ainda jovens. Pela quantidade de pessoas que saem da fábrica, ela deveria ser muito grande. As pessoas se misturam a uma charrete puxada por cavalos e a um carro-de-bois.

            Por se tratar de um filme do início do cinema, com tecnologia muito simples, as imagens mostram as pessoas andando muito rápido, o que provavelmente não interferiu na avaliação das pessoas quando viram o filme.

17 de agosto de 2015

Sitio São José



Há fatos em nossa vida que ficam marcados para sempre, principalmente os da infância. Eles sempre vêm à tona e nos fazem rir ou chorar. À medida em que os anos vão passando, parece que eles vão ficando mais nítidos.
Recentemente, recordei-me de um acontecimento na minha infância. Penso que vale a pena relatá-lo.
Somos ao todo em cinco irmãos: eu, a mais velha, Luiz, Carlos, Maria Izabel e Rubens, o caçula, que na época não era nascido. Morávamos num sítio, onde nosso pai cultivava café e cereais, criava gado, galinhas e porcos.
Os porcos sempre foram criados em chiqueiros, mas certa ocasião um porquinho ficou órfão. Para não ser morto pelos porcos adultos, teve um tratamento diferenciado, foi criado solto, no quintal, convivendo conosco, por isso tornou-se manso. Cresceu, engordou e nunca foi morar no chiqueiro.
Um dia, estando o porco já muito gordo, foi morto e transformado em gordura, torresmo, lingüiça, carne frita e sabão, além dos pedaços saboreados pelos vizinhos mais próximos. Alguns dos pedaços fritos foram guardados na gordura _ não tínhamos energia elétrica _ para serem servidos para os parentes que de vez em quando vinham do Estado de São Paulo.
Recordo-me que numa dessas visitas, junto com a comitiva veio a tia Nair, irmã de meu pai. Conversa aqui, conversa acolá, muitas novidades. Era uma alegria. Uma dessas conversas foi com meu irmãozinho Carlos, que devia ter uns dois ou três anos. Com a inocência de um anjo falou para ela: “O papai matou o Chico”. É claro que ela ficou preocupada. Católica que era, jamais podia esperar uma coisa dessas de seu irmão. Imediatamente foi pedir explicação para minha mãe, que história era aquela, do Zequinha matar o Chico? Foi aí que descobrimos o grande afeto que meu irmão desenvolvera pelo porco, cujo nome era Chico.
Terezinha Bordignon

SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
1- O professor conta para os alunos a “História do Chico” e/ou alguma outra interessante. Solicitar para um aluno contar uma também, sempre tem algum corajoso que aceita o desfio.
2- Pedir para os alunos pesquisarem em suas famílias um fato curioso que aconteceu com alguém: pai, mãe, tio, avós, ou com ele mesmo.
3- Numa aula posterior, o aluno conta oralmente o fato para a sala.
4- A partir daí, o professor poderá fazer a “Hora do conto”, reservando uns quinze ou vinte minutos da última aula da semana, por exemplo, para que os alunos contem para os colega outros fatos, que certamente se recordarão. Já fiz a experiência e os alunos gostaram muito. No início o professor encontrará dificuldade, pois é uma atividade sem nota, já que nem todos os alunos sentem-se preparados para falar em público. Com o passar do tempo eles vão se soltando e aguardam com ansiedade o momento de contar sua história.
5- O professor também poderá pedir para que os alunos escrevam as história ouvidas, selecionar algumas e editar o livro de histórias da turma.



Passar o slide abaixo, contando a história.
Orientar desenhos em quadrinhos, formando a sequência dos acontecimentos, resultando num resumo.

http://pt.slideshare.net/terezinhabordignon/apresentao1-41856288?ref=https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=34545029



Aluno: ...........................................................................................

Dê um título ao texto:  ................................................................................................
  
1-      O porquinho ficou órfão.








2-      Cresceu solto e engordou.
3-      Papai matou o porco.
4-      Mamãe fez gordura, carne frita, linguiça e sabão.








5-      As visitas chegaram e comeram a carne frita.
6-      Titia Nair, o papai matou o Chico!
7-      Zequinha, por que você matou o Chico?








8-      Você vai pro inferno, agora você é um assassino!
9-      Carlos gostava muito do porco chamado Chico!





10 de agosto de 2015

Bidimensional e Tridimensional






            ESPAÇO BIDIMENSIONAL
            Um espaço é bidimensional quando é representado um espaço tridimensional com comprimento, largura e profundidade em uma superfície bidimensional, isto é, com apenas comprimento e largura, como por exemplo a superfície de um papel ou uma tela. O espaço bidimensional pode ser desenhado com pontos, linhas curvas, sinuosas ou quebradas, acrescida de cores e texturas. As formas desenhadas em superfícies bidimensionais podem criar a ilusão de ter três dimensões.



            ESPAÇO TRIDIMENSIONAL
            Vivemos num mundo tridimensional, com comprimento, largura e profundidade. Todas as vezes que um objeto é movimentado ele toma formato diferente, porque sua relação com os olhos humano foi modificada. É na mente que o tridimensional ganha significado. Além de comprimento, largura e profundidade, o tridimensional possui também cor, textura, ponto, linha, direção, posição, contraste... O espaço tridimensional é o espaço real, onde os objetos estão situados, onde ocupam seu lugar. Esse espaço tem o ar como elemento circundante como fundo. Podemos acrescentar ou retirar partes desses objetos de todos os lados. As formas tridimensionais podem ser uma unidade que foi escavada ou entalhada, como por exemplo nas esculturas de argila e pedra, podem também ter partes interligadas.


31 de julho de 2015

Pensamento



27 de julho de 2015

Instalação




A instalação é uma manifestação artística tridimensional contemporânea composta por elementos organizados num ambiente. Através dela, podemos manipular diversos materiais ou objetos da realidade, pois ela permite uma grande possibilidade de suportes, e uma gama variada de possibilidades, em sua realização pode integrar inúmeros recursos, colocando-os em um ambiente especial que envolve quem os vê, de modo que o espectador pode utilizar ou não todos os sentidos e provocar sensações: táteis, térmicas, odoríficas, auditivas, visuais entre outras. As combinações com várias linguagens como vídeos, filmes, esculturas, performances, computação gráfica e o universo virtual, fazem com que o público se surpreenda e participe da obra de forma mais ativa. Ela é flexível e variada e pode ter um caráter efêmero, isto é, só existir naquele momento, ou, depois de apresentada, ser desmontada e montada em outro local uma vez que a Arte Contemporânea tem como característica o questionamento do próprio espaço e do tempo.
Originou-se na década de 60 e até hoje é muito difundida.







19 de julho de 2015

Tridimensional


ESCULTURA EM VELA SETE DIAS

Materiais:
1 vela sete dias
1 espátula de unha
lápis
Tinta a base de água.

Modo de Fazer:
Planeje um modelo e desenhe-o na vela, pode ser uma flor, um animal ou pessoa, como no modelo.
Faça a escultura trabalhando a imagem com a espátula.
Pinte a imagem com tinta guache diluída.
Deixe secar.
Atinta guache pode ser substituída por tinta a óleo diluída em terebentinba e secante de cobalto, como o modelo abaixo









14 de julho de 2015

Aprenda a fazer tinta


Ensine seus alunos a fazer tinta com diferentes materiais existentes por aí, gastando quase nada. Os pigmentos são extraídos de tijolos, telhas, gesso e carvão triturados com martelo dentro de um pano grosso (cuidado para não ferir os olhos) e peneirados bem fino; e terra e argila de cores diferentes, bem secos e peneirados com peneira bem fina. A variação de cores depende do local de onde se extrai o material. É importante escolher um local não contaminado e livre de folhas, pedras, ou detritos.
O aglutinante é feito assim: Em um copo, misture duas partes de cola branca para uma de água.
Divida essa mistura em pequenos potes ou em uma formas de gelo, adicione cada pigmento a esse aglutinante de. Aplique a tinta com um pincel em uma folha de papel, observando as cores produzidas
Depois de secas, as tintas não se soltam e ficam com cores mais intensas e brilhantes. Elas se misturam como as tintas comercializadas e têm secagem rápida e não desbotam..


CORES OBTIDAS COM A MISTURA DO AGLUTINANTE E DOS PIGMENTOS


PIGMENTOS UTILIZADOS E SUAS CORES 



MISTURA DE CORES



PINTURA


Como não usei peneira muito fina, a pintura ficou com textura. Gostei do resultado

Confecção de cartazes



O trabalho pode ser feito em duplas ou grupo. Após concluir um tema, o professor orienta o aluno para realisar uma colagem expressando o tema estudado. Os materiais necessários são papel tinta, lápis, cola, tesoura, pequenos objetos, imagens de jornais e revistas.

Exemplo com o tema alcoolismo

                  

5 de julho de 2015

Receita de Têmpera





MATERIAIS
Um copo
Um ovo
Uma colher
Um conta-gotas
Pigmentos em pó de cores variadas (pó xadrez, fácil de encontrar nos mercados)
Própolis ou óleo de cravo
Água filtrada
Papel
Pincel

PROCEDIMENTOS:


1-      AGLUTINANTE
Uma gema
Água filtrada
Duas gotas de óleo de cravo ou de própolis

2-      MODO DE FAZER
Quebre o ovo na mão com cuidado e escorra bem toda a clara entre os dedos. Fure a gema e deixe todo o líquido amarelo escorrer num copo, mas descarte a película, pois ela não é solvente e causa mau cheiro. Para cada gema adicione aos poucos duas partes de água filtrada. Misture bem e acrescente duas gotas de própolis ou óleo de cravo, que agem como fungicida e evitam a criação de bolor.



3-      PIGMENTO
Uma colher de café de pigmento em pó
Água

4-      MODO DE FAZER
Misture numa paleta o pigmento em pó com um pouquinho de água até virar uma pasta. Molhe o pincel no aglutinante, misture com pequenas quantidades da pasta e aplique no papel. Depois que a pintura estiver seca pode ser aplicada outra camada de tinta por cima. É possível criar novas cores, misturando pigmentos de cores diferentes. 




29 de junho de 2015

Encáustica


Segurando uma colher pelo cabo, esquente-a levemente na chama de uma vela ou lamparina. Escolha um bastão de giz de cera e derreta uma pequena porção na colher. Controle o calor, sem deixar que a cera ferva. Com um pincel, aplique a tinta num papel. Não é possível fazer mistura de cores no papel pois o giz colorido se torna sólido rapidamente, mas você pode derreter giz de cores diferentes na colher para criar novas cores . 

Veja alguns exemplos:







21 de junho de 2015

Xilografia e Cordel




A literatura de cordel nordestina é proveniente da Península Ibérica, onde imperou o trovadorismo. Até 1808, não se permitia a impressão de obras literárias no Brasil, mas isso não foi um problema, pois ela já existia na forma oral ou manuscrita. Essa literatura adquiriu características brasileira, principalmente nordestina. Escrita em versos de cinco, sete e dez sílabas, destaca-se por sua qualidade, sua sátira e sua crítica social. O poeta cordelista, antes de mais nada, precisa ser um observador sensível da vida pública, da política e necessita de uma imaginação inesgotável, pois seus versos influenciam outras gerações de poetas sucessores. Eles também exercem um grande fascínio popular. Além da irreverência da linguagem coloquial e dos temas que chamam a atenção do leitor, o cordel está junto do seu leitor. Ele é vendido em formato de livrinhos nas feiras livres e praças no nordeste.
Segundo Isaias Gomes da Silva, cordelista, o que caracteriza a literatura de cordel é o gênero literário e não o fato dos livrinhos serem expostos em cordas ou cordéis. Isaias afirma que antes do nome cordel esse tipo de literatura já existia. Esse nome era usado em Portugal no Século XVII. No Brasil, essa nomenclatura só se popularizou na década de 60. Foi um nome dado aos romances e folhetos que se vendiam na feiras livres do Nordeste sobre malas, mesas ou no chão, e não pendurados em barbantes ou cordas, conforme afirmam alguns historiadores. Os folhetos só passaram a ser pendurados em cordéis na década de 70 pelos vendedores, dentro dos estabelecimentos comerciais.
Uma curiosidade é que esse tipo de literatura popular também tem suas raízes fixadas em outros países: México, Chile, Nicarágua e Argentina. Até a gravura que ilustrava os textos mexicanos e chilenos apresentam características parecidas com a do cordel brasileiro.
O cordel brasileiro não ficou limitado ao Nordeste. No Estado do Pará ele também se desenvolveu. Cordelistas nordestinos, fugindo da seca e com o desejo de enriquecimento, em pleno auge da borracha, ali se estabelece. Junto com eles veio as tradições e valores culturais do Nordeste, mas ali no Pará os cordelistas usam pseudônimos, O razão é que o cordel está ligado à classe popular e os cordelistas exercem outras profissões e não querem se associar a pessoas de uma cultura mais simples.
O Brasil tem grandes cordelistas: O precursor foi Leandro Gomes de Barro, que chegou ser comparado a Olavo Bilac.
Isaias Gomes da Silva também afirma que a xilogravura não é o único meio de ilustração do cordel. Ela se tornou popular a partir dos anos 40, e que até 1920 o cordel era publicado com capa sem ilustração alguma. Aos poucos começaram a surgir cordéis com capas ilustradas com fotos de artistas do cinema, ou de seus autores, e até de alguns personagens do folheto.
Antes da popularização das xerocadoras, os cordéis eram impressos em papel jornal para baratear os custos. A partir das máquinas de xérox, das pequenas gráficas, das impressoras a jato de tinta, o papel ofício e A4 foram substituindo o papel jornal, mas o poeta cordelista vive da renda de seus folhetos, para ele não importa o papel.
A xilografia se popularizou a partir de 1940. Começou a ser usada para baratear os custos dos livretos, uma vez que o poeta não mais precisava se deslocar de sua cidade para fazer a capa. Ele mesmo poderia confeccioná-la. No início elas não eram muito bem feitas, mas com a prática do artista, elas foram sendo aperfeiçoadas. Surgiram então grandes artistas da xilogravura. Eles passaram a divulgar suas xilogravuras junto com os folhetos e a defender a xilogravura como única forma válida para ilustrar a literatura de cordel, porém nem todos os artistas acataram a idéia.
Portanto, a literatura de cordel e a xilogravura nasceram e trilharam caminhos diferentes, até se encontrarem. A xilogravura nunca foi muito aceita no meio popular, mas, por decisão da Academia ficou estabelecido que ela deve fazer parte da ilustração do cordel, apesar de não ser ela quem determina o que é ou deixa de ser cordel, mas o seu texto.


REFERÊNCIAS




CORDEL DA COPA 2014 NAS ONDAS DO HUMOR

Autor: Antonio Barreto- Santa Bárbara/BA

A respeito dessa Copa
Já foi tudo comentado
Não podemos contestar
O sucesso alcançado
Mas agora o que importa
É humor pra todo lado!
           
              2
A torcida foi chamada
Para dar sua opinião
A respeito do Brasil
Treinado por Felipão,
Então veja a voz do povo
Dessa sofrida Nação:
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Xilogravura feita com isopor(tampa de marmitex) e tinta guache.