Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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7 de outubro de 2006

Teatro


O CORVO ASTUTO E A SERPENTE

PERSONAGENS:
CORVO: astuto, negro e viajante
SERPENTE
: Má, invejosa e ambiciosa.

CENÁRIO:
O espaço do palco apresenta uma clareira de uma floresta com gramíneas, um rancho, pedras e um jarro com um pouco de água.

SERPENTE: (Entra no palco rebolando. Fala para a platéia) Estou morrendo de fome. Será que encontro algum jantar por aqui? Vou ficar perto daquelas pedras, bem escondidinha, que sabe eu papo um camundongo, hem? Ou um pássaro! (Ri) Há, há, há, há, há!

CORVO: (Entra no palco batendo as asas) Cruá, Cruá, Cruá! Cruá, Cruá, Cruá! (Olha ao redor) Que lugar maravilhoso para se descansar. É uma pena que não tem água!

SERPENTE: (Faz um barulho de guizo e vai para cima do corvo) Ahá! Chegou a minha hora tão esperada! Vou parar você, Seu gostoso!

CORVO: (Dá um pulo para a trás) Para por aí, fique longe, sua cobra peçonhenta!

SERPENTE: (Tem um acesso de soluço) Ic! Ic! Ic! Ic! Eu vou, Ic lhe pegar, Ic! Ic! mas antes, Ic!, Vou tomar água para passar meu soluço! Ic! E depois... Ic! Adeus peninhas!

CORVO: Você disse água?

SERPENTE: Ic! Isso, Isso, Isso!

CORVO: Onde? Fala logo!

SERPENTES: Ic! Naquela jarra ali! Mas não adianta, Ic! você vai morrer com sede. Sou eu quem vou tomá-la. Ic!

CORVO: Nada disso! Eu sou mais rápido. Enquanto você se arrasta, eu vôo sobre você.

(O corvo voa rápido até o jarro)

(A cobra se arrasta lentamente)

CORVO
: Nossa, o jarro está pela metade! Meu bico não alcança (fazer a tentativa) Ah! Já sei, já sei. Vou jogar as pedras dentro do jarro e a água vai subir. (Joga as pedras dentro do jarro)

SERPENTE: Ic! Pensei que eu fosse a mais esperta, Ic! mas você me venceu, Ic!

CORVO: Isso mesmo! (Bebe da água) Ah! Até parece um delicioso jantar!

SERPENTE: Ic! Deixe um pouquinho pra mim, Ic! Tenho de curar o meu soluço!

CORVO: Falou tarde, Cascavel! Já tomei tudo. Agora vou continuar minha viagem. Boa sorte. Tomara que encontre água para curar o seu soluço, se não, não vai conseguir nenhuma presa. Elas vão se assustar com o barulho desse seu soluço. Passe muito bem! (Sai do palco batendo as asas) Cruá, Cruá, Cruá! Cruá, Cruá, Cruá!

SERPENTE: (Sai do palco se retorcendo) Ic! Ic! Ic! Ic! Ic! Ic! Ic! Ic!

Conto tradicional do brasil

A FESTA NO CÉU
Luís Câmara Cascudo


Entre todas as aves, espalhou-se a notícia de uma festa no Céu. Todas as aves compareceriam e começaram a fazer inveja aos animais e outros bichos da terra incapazes de voar.
Imaginem quem foi dizer que também ia à festa... O Sapo! Logo ele, pesadão e não sabendo sequer correr, seria capaz de subir àquelas alturas! Pois o Sapo disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma. Os bichos morriam de tanto rir. Os pássaros, então, nem se fala!
Mas o Sapo tinha um plano. Na véspera, procurou o Urubu e ficou bastante tempo conversando com ele, divertindo-o muito. Depois disse:
_ Bem, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido.
O Urubu respondeu:
_ você vai mesmo?
_ se vou? Claro que sim, lá nos encontraremos!
Em vez de sair, o Sapo deu meia volta, entrou no quarto do Urubu e, vendo a viola em cima da cama, entrou lá dentro, encolhendo-se todo.
O Urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tiracolo e bateu asas para o céu, rru-rru-rru...
Chegando ao céu, o Urubu arrumou a viola num canto e foi à procura das outras aves. O Sapo espreitou por uma fresta e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e veio para a rua, todo satisfeito.
Nem queiram saber o espanto que as aves tiveram, ao verem o Sapo pulando no céu! Perguntaram, perguntaram, mas o Sapo fazia-se desentendido e não adiantava nada.
A festa começou e o Sapo saltitou de um lado para o outro, divertindo-se muito. Pela madrugada, sabendo que só podia voltar da mesma forma que tinha vindo, mestre Sapo foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu se havia hospedado. Procurou a viola e acomodou-se, como da outra vez.
Ao pôr-do-sol acabou-se a festa e os convidados foram-se embora voando, cada qual para seu destino. O Urubu agarrou a viola e rumou para a Terra, rru-rru-rru...
Ia a meio caminho quando, numa curva, o Sapo se mexeu e o Urubu, olhando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola.
_ Ah! camarada Sapo! É assim que você vai à festa no Céu? Deixe de ser xico esperto...!
E, àquela altitude, virou a viola. O Sapo começou a cair, acelerando de tal forma que até zunia. E dizia, na queda:
_ Béu-Béu!
Se eu desta escapar...
Nunca mais festas no céu!...
E vendo as serras lá embaixo:
_ Afastem-se pedras, se não eu parto-as todas!
Bateu em cima das pedras como um figo maduro, espedaçando-se todo. Ficou em pedaços. Nossa Senhora, com pena do sapo, juntou todos os pedaços e fê-lo reviver.
Por isso o sapo tem a pele assim cheia de remendos.

Sugestão:

Trabalhar:
_ Leitura

_ As características do Urubu e do sapo: esperteza, decisão, coragem, ousadia, teimosia, inconseqüência

_ A reprodução oral

o prêmio do lenhador



Era uma vez um lenhador muito pobre. Passava os dias, as semanas, os meses, cortando lenha com um velho machado. Com este trabalho sustentava sua família.

Um dia de muita cerração, foi cortar um galho seco que se estendia sobre um rio, e, ao dar a última machadada, o galho seco se soltou, mas o machado foi parar no fundo do rio. O pobre homem ficou desolado.
― Ai de mim! Sou tão pobre! Meus filhinhos vão morrer de fome.
Sentou-se no barranco e pôs-se a chorar.
De repente, surgiu das águas turvas e agitadas do rio, um gênio, trazendo nas mãos um machado de ouro. Perguntou ao lenhador:
― É este o seu machado?
― Não, não é este o meu machado.
O gênio voltou para o fundo do rio e trouxe um machado de prata.
― É este o seu maçado?
― Não, senhor. Este também não é o meu machado.
Pela terceira vez o gênio foi ao fundo do rio e trouxe um machado de ferro.
― Por acaso é este o seu machado?
O lenhador levantou-se e, cheio de alegria, exclamou:
― É este o meu machado, e beijou-o como se fosse um grande tesouro. Ficou profundamente agradecido ao gênio.
E o que fez o gênio com os outros dois machados, o de ouro e o de prata? Já vou dizer: Deu-os ao lenhador. Por quê? Por que era pobre? Não.
― Meu amigo lenhador ― disse-lhe o gênio ― recebe os machado de ouro e de prata como prêmio de sua honestidade.


DINHEIRO NÃO COMPRA TUDO

O dinheiro compra Bíblia,
Mas não compra a fé.
O dinheiro compra o conforto,
Mas não compra a paz de espírito.
O dinheiro compra o relógio,
Mas não compra o tempo.
O dinheiro compra o homem,
Mas não compra a consciência.
O dinheiro compra o trabalho,
Mas não compra o ideal.
O dinheiro compra o poder,
Mas não compra a estabilidade.
O dinheiro compra a arma,
Mas não compra a coragem.
O dinheiro compra a terra,
Mas não compra o céu.
O dinheiro compra a força,
Mas não compra a lealdade.
O dinheiro compra a lei,
Mas não compra a justiça.
O dinheiro compra muitas coisas,
Mas não compra a morte!

Otávio de Souza


Sugestões para reflexão:

O que significa "ser honesto"?

Você conhece pessoas honestas? Quem?

O que é a mentira?

Por que muitas pessoas mentem?

Vale a pena ser honesto? Por quê?

Qual foi o prêmio do lenhador?

Se você fosse o lenhador, o que teria feito?

Você já devolveu algo que achou? Explique.

Cite coisas que o dinheiro compra.

Cite o que o dinheiro não compra.

O dinheiro é importante? Por quê?

O dinheiro é tudo para uma pessoa? Por quê

Como você usa seu dinheiro?

Por que muitos usam o dinheiro para fazer o mal?

O que significa "ter paz de espírito"?


MENSAGEM:

Quem é fiel no pouco também é fiel no muito.
Jesus Cristo

6 de outubro de 2006

Estudo da linguagem

Sô, sem querê, um educado.
Sô, de verdade, um trabalhadô.

Não aprendi na escola,
aprendi na dô.

Fui pra lá sem querê,
Meus pais mandaro: _ Vai aprendê.
Desconhecendo, achei mió obedecê
Hoje conheço, saí de lá sem sabê.

Cá fora oiando, me vem na cabeça
um menino chorando:
"Perdeno a terra" tava ele falando.
Agora é Português, disse a pofessora gritando.

A escola tá errada do jeito que ensina;
Leva os pobre cada veis mais pruma triste sina.
Todo mundo tem direito à educação.
A lei diz, mas não é o que a gente vê não.

Ciço dizia prum professô numa discussão:
_ "a sua educação é a sua.
A minha é a sua educação".
Tá certo. Pois pro rico dá certo a escolarização,
E pro pobre ela ensina aceitá a escravidão.

Digo agora pra senhora, fessora:
Não sou educadô, como Jesus foi outrora;
Tô pensando sê um, Não é de agora,
Só pra não vê mais aquele menino que chora
João Marino Vieira


Querida filha:

Estimo que estas poucas e mal traçadas linhas va-te encontrar em goso de perfeita saúde, nós vamos indo graças a Deus teu pai é que anda aborrecido por causa dos negossios mas não há de ser nada si Deus quizer e Maria Santissima. Clarissa vou-te mandar um lenço de ceda azul e incarnado disque agora estão usando muito não vás apanhar algum frio minha filha estás ficando mossa é perigoso e deves ter muito cuidado com os bondes e autos e que a cidade grande é o diabo. Quando o seu Fedencio Fagundes for aí levar a mulher que vai fazer operação de apendicite eu te mando por ele a pecegada para ti comer e dá um pedaço para a tua tia Eufrasina, tão boa comtigo a coitada e tu podes botar sapato de salto alto quando fazeres quatorze anos si Deus quizer e a Virgem, ando muito aborrecida os negossios anda ruim teu pai não achou comprador para o gado o seu Antunes prometeu comprar mas depois desistiu o semvergonha e tu não vai muito a sinema que eu não gosto dessas mistura com gente de cidade grande. Dá um abraço na Eufrasina e no Couto e aceite mil beijos da tua mãe e de teu pai.


(Érico Veríssimo)


Sugestão de atividade:
Reescrever os textos na linguagem culta

Sete Quedas

ADEUS SETE QUEDAS

Carlos Drumond de Andrade

Sete Quedas por mim passaram
e todas sete se esvaíram.
Cessa o estrondo das cachoeiras,
e com ele
a memória dos índios, pulverizada,
já não desperta arrepio.
Aos mortos espanhóis, aos
mortos bandeirantes,
aos apagados fogos
de Ciudade Real de Guairá vão juntar-se
os sete fantasmas das águas assassinadas
por mão do homem, dono do Planeta.
Aqui outrora retumbaram vozes
da natureza imaginosa, fértil
em teatrais encenações de sonhos
aos homens ofertados sem contrato.
Uma beleza-em-si , fantástico desenho
corporizado em cachões e bulcões de
aéreo contorno
mostrava-se, despia-se, doava-se
em livre culto à humana vista extasiada.
Toda a arquitetura, toda a engenharia
de remotos egípcios e assírios
em vão ousaria criar tal monumento
e desfaz-se
por ingrata intervenção de tecnocratas.
Aqui sete visões, sete esculturas
de líquido perfil
dissolvem-se entre cálculos
computadorizados
de um país que vai deixando de ser humano
para tornar-se empresa gélida, mais nada.
Faz-se do movimento uma represa;
da agitação faz-se um silêncio empresarial,
de hidrelétrico projeto.
Vamos oferecer todo o conforto
que luz e força tarifadas geram
à custa de outro bem
que não tem preço nem resgate,
empobrecendo a vida
na feroz ilusão de enriquece-la.
Sete boiadas de água, sete touros brancos
de bilhões de touros brancos integrados
afundam-se em lagoa, e no vazio
que forma alguma ocupará.
Que resta senão da natureza a dor sem gesto,
a calada censura
e a maldição que o tempo irá trazendo?
Vinde povos estranhos, vinde irmãos
brasileiros de todos os semblantes,
vinde ver e guardar
não mais a obra de arte natural.
hoje cartão postal a cores, melancólico.
Mas seu espectro ainda rorejante
de irisadas pérolas de espuma e raiva,
passando, circunvoando,
entre pontes pênseis destruídas
e o inútil pranto das coisas,
sem acordar nenhum remorso,
nenhuma culpa ardente e confessada.
(“Assumimos a responsabilidade!
Estamos construindo o Brasil grande!”)
E patati patati patatá...
Sete Quedas por nós passaram
e não soubemos, ah, não soubemos amá-las.
E todas sete foram mortas
e todas sete somem no ar,
sete fantasmas, sete crimes
dos vivos golpeando s vida
que nunca mais renascerá,


ELEGIA PARA AS SETE QUEDAS
Roza de Oliveira

As comportas se fecharam
para a água represar.
O imenso lago será
maior que os olhos de Deus
que começou a chorar?

As águas cobrem os campos
cobrem árvores copadas;
cobrem plantinhas e flores
que não foram resgatadas
pela espécie que as condena
a viverem viverem liquefeitas
sem ninhos e sem perfumes,
sem ar, sem sol, sem estrelas,
sem pássaros, sem borboletas.

As comportas se fecharam.
As águas estão aumentando.
Água na terra e no céu,
porque Deus está chorando!

O animal fugitivo
chora o seu canto perdido;
o homem chora o seu berço
no qual havia nascido,
onde vivia a sonhar.
Tanto ninho destruído!
A quem pertence o direito
de tais destinos mudar?

As comportas se fecharam
para o Quadro sepultar
do nosso divino Artista
Sua obra singular!
De luto Ele está vestido,
muito triste, arrependido
do poder ao homem dar.
Sete Quedas expirando...
Sete Quedas se acabando...
Deus e o homens chorando...


Sete Quedas
(Roza de Oliveira)
No aluvião das palavras
que desabam sem parar
das cascatas dos lamentos
por Sete Quedas findar
ouve-se uma profecia
de que o gigantesco lago
só cem anos vai durar!

E, se ao Ser Supremo cabe
tudo um dia resgatar,
no mito do eterno retorno
desde já vou me integrar,
para ver as Sete Quedas
um dia ressuscitar!



(As Sete Quedas desapareceram com a represagem das águas do Lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu para que o Rio Paraná se tornasse um rio navegável. Que pena que os interesses comerciais foram mais importantes que essa obra tão bela esculpida pela natureza! )


Leia mais em http://sopabrasiguaia.blogspot.com

SUGESTÕES:
- Leitura
- Estudo do vocabulário (sinônimos)
- Produção de texto teatral sobre o final das Sete-Quedas
- Entrevista com pessoas que viram as Sete-Quedas
- Pesquisa e exposição de fotos e reportagens sobre as Sete Quedas.
- Cartazes com desenhos sobre o poema “Elegia às Sete Quedas”.
- Debate: prós e contra o fim de alguma queda d’água ou outra beleza natural do município ou de um município próximo.

Uma data especial

12 de outubro, dia de

Nossa Senhora Aparecida

Rainha e Padroeira do Brasil.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada por dois pescadores do Rio Paraíba do Sul, na região de Guaratinguetá, estado de São Paulo, por volta do ano de 1717. Os pescadores Domingos Martins Garcia, João Alves e Filipe Pedroso já pescavam há bastante tempo, sem que conseguissem tirar peixe algum das águas do rio. Foi quando João trouxe em sua rede a parte correspondente ao corpo da imagem e, depois, lançando a rede um pouco mais distante, trouxe nela a cabeça da Senhora. Dali por diante, a pescaria tornou-se copiosa e, receosos de que a quantidade de peixe trazida para os barcos ocasionasse um naufrágio, os três amigos voltaram para casa, trazendo a imagem e contando a todos o prodígio que haviam vivido.

O culto à Senhora não tardou a tomar vulto. À imagem, que representa Nossa Senhora da Conceição, logo foi dado o nome de Aparecida, por ter aparecido do meio das águas nas mãos dos pescadores. Inicialmente instalada em uma capela na vila dos pescadores, já por volta do ano de 1745 teve sua primeira igreja oficial, em torno da qual viria a nascer o povoado e o santuário de Aparecida.

A consagração de Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil ocorreu em 31 de maio de 1931 Os padres redentoristas, responsáveis pelo Santuário Nacional de Aparecida, foram os grandes animadores da construção da Basílica que hoje abriga a imagem da Senhora. O projeto iníciou em 1955 e atualmente possui capacidade para abrigar 45.000 pessoas.

Fonte de pesquisa: amaivos.uol.com.br

O corvo astuto e o urubu

TEATRO:

PERSONAGENS:
CORVO:
Esperto e inteligente
URUBU: Preguiçoso, fedido e nojento

CENÁRIO:
O O espaço do palco apresenta pedras, galhos secos, um fundo representando uma paisagem e um jarro com um pouco de água.
(O urubu entra batendo as asas e tapando o nariz)
(O corvo também entra batendo as asas.)
(Ficam de costas um para o outro)

Urubu: Que fedor! Meus Deus, hoje estou usando o meu perfume predileto, “gambazê carnissê”
Corvo: Mas carniça! (olha para a sola do sapato) Ué?
Urubu: (Vira-se para o corvo) Oi! Sou eu que estou usando perfume de carniça francesa. Gostou?
Corvo: (Vira-se para o urubu) Não. Sou alérgico a carniça. fique longe de mim. (Fala olhando para a platéia) Que sede! Também, voei tanto! Essa história de procurar milho me chateia. Eu tenho saudades do tempo em que minha mãe me tratava no bico. Naquele tempo eu não passava fome, nem sede... muito menos calor. Ufa! (O corvo se abana) .
Urubu: Pois eu não tenho esse problema. Sempre me alimentei muito bem. Por isso sou saudável, vôo muito alto, tenho bons olhos e um faro excelente. Nunca me falta carniça. Agora pouco saboreei um apetitoso gambá ao sol. Sede eu também não passo, pois todos os dias bebo a água do esgoto do frigorífico. Que vidão!
Corvo: (Olhando ao redor- Fala bem alto) Nossa, Olha, olha! Que delícia. Uma jarra com água no fundo. Parece estar bem fresquinha. Eu vou tomá-la!
Urubu: Foram os caçadores que a esqueceram. Mas desista. Não para bebê-la. Nosso pescoço não alcança o fundo. Bem que eu já tentei, mas eu não consegui.
Corvo: Pois eu vou conseguir. Quer ver só?
Urubu: Duvido. Vamos comigo o esgoto é aqui perto!
Corvo: Poluída eu não quero! Mas eu já sei o que vou fazer. Vou colocar aquelas pedras ali dentro do jarro. Assim a água vai subir e eu poderei bebê-la.
Urubu: Ah! A do esgoto é muito melhor. Þem mais sabor! Tem mais cheiro!
Corvo: Não quero. Prefiro esta. (Coloca as pedras dentro do jarro e bebe a água) Uhm! Que delícia. Até parece um delicioso jantar!
Urubu: (Olhando a platéia) Que nojo! Eco! Mas é porco mesmo!
Corvo: Bem amigo, vou continuar minha viagem. Tenho que chegar ainda hoje numa lavoura de milho cortada por um riacho e tomar um bom banho!. Foi um prazer conhecê-lo! Adeus!
Urubu: Adeus! Boa viagem!
(O corvo sai do palco batendo as asas!)

Urubu: (Sozinho no palco canta)
Eu como carniça
Porque gosto muito.
Eu sou fedido
E muito papudo!


SUGESTÕES PARA SE TRABALHAR O TEATRO

um horário ( meia noite, meio dia, três da tarde)

um local ( praça, cinema, praia)

um tema ( encontro, separação, briga)

um personagem ( criança, mecânico, avó)

um objeto ( guarda-chuva, mala, lenço)

uma frase (“Isto não podia acontecer”)

um animal ( gato, pulga, cobra)

um personagem imaginário ( fantasma, anjo, fada)

um clima ( tédio, alegria, desespero)

uma peça de vestuário (meia, boné, capa de chuva)

um tipo ( avarento, fofoqueira, pessimista)

uma característica (maldade, beleza, orgulho)

ESBOÇO:

quem são os personagens?

como é o cenário?

em que época se passa?

como se inicia ação?

o que provoca o conflito?

como ele se resolve?

Salto Paiquerê


Terezinha Bordignon
Salto Paiquerê

Município de Alto Piquiri

Estado do Paraná - Brasil 
Ponto Turístico ainda inexplorado.





LUGARZINHO ABENÇOADO


Entre as árvores e florestas;
Com casinha sobre o rio;
Quando eu vejo abrir a porta;
Você logo me sorriu;

Olhei para o céu;
E agradeci a Deus;
Quando eu ver você de volta;
Nunca mais direi Adeus;

Casa Velha;
De sapê;
Tem muita história pra contar;
De mim e de você.

Águas limpas e cristalinas;
Já tomoei banho em você;
Muitos peixes eu pesquei;
Nas águas do Goio-Erê

Thalita Richter -Escola Manuel Bandeira - 1998
Salto Paiquerê
From: Crozover
Pintei o Salto Paiquerê. Entre aqui e veja.

5 de outubro de 2006

Helena Kolody














CANÇÃO DO INVERNO
Cai a neve, de mansinho...
Cai a neve em meus cabelos,
Que eram de ouro e são de luar.
Altas torres de castelo...
Cai a neve, de mansinho,
Para os sonhos sepultar.
Cai a neve... tão de leve!
No meu rosto, brando e brando,
Será a neve resvalando.
Ou é o pranto a deslizar?
De origem ucraniana, Helena Kolody nasceu em Cruz Machado, interior do Paraná, em 1912, e vive em Curitiba, onde foi educadora. Seu primeiro livro de poesia, Paisagem interior, saiu em 1941. Depois desse, publicou vários outros, nos quais deixou registrado um jeito muito especial de falar da natureza e da vida. O poema Canção de inverno foi retirado do livro Luz infinita.

ATIVIDADES:
PESQUISE NO DICIONÁRIO:
neve
ouro
luar
torre
castelo
sepultar
brando
resvalar
pranto
deslizar

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Verbos:
verbos no infinitivo, gerúndio e particípio
verbos no presente do indicativo, pretérito imperfeito do indicativo e  futuro do presente
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Um substantivo comum no 8º verso
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Uma preposição na 1ª estrofe e outra na 3ª.
Substantivos no diminutivo
Nomes da pontuação utilizada;
Nomes dos sinais utilizados na pontuação.
Copie o 6º verso.
Quantas estrofes tem o poema;
De acordo com o número de versos, que nome recebe cada estrofe;
Passar para a ordem direta: Cai a neve, de mansinho, para os sonhos sepultar.
RESPONDA:
Qual a diferença entre texto poético e texto informativo?
Qual a intenção da poetisa ao se utilizar do diminutivo?
Explique cada um dos versos: 3, 4 e 6.
O poema sugere silêncio. Identifique.
Em qual pessoa do discurso o poema é escrito?
Qual o sentimento expresso?
Que idade tem a pessoa representada?
Explique o que representam cada uma das palavras: ouro, neve, luar
Escrever um texto em verso ou prosa cujo nome seja: Canção do verão

Como resumir texto



1. Ler todo o texto.
2. Reler, sublinhando frases ou palavras importantes.
3. Identificar as idéias principais e essenciais, apenas a informação central..
Observar:
. De quem se fala.
. O que se fala.
. Quais os exemplos.
. Se há idéias contrárias.
. O que dizem essas idéias.
. O tempo.
. O lugar.
. As características das pessoas
. As causas, etc.)

4. Excluir informações adicionais de menor importância e detalhes de pouca significação.

5. Não escrever diálogos, descrições detalhadas, cenas ou personagens secundárias.
Somente personagens, ambientes e ações mais importantes.
6. Registrar apenas o que o autor escreveu, com palavras suas, sem comentar as idéias.
Sem usar expressões como "segundo o autor", "o autor afirmou que".
7. Resumir de cada parágrafo, porque cada um encerra uma idéia diferente.
8. Ler os parágrafos resumidos e observar se todas as partes estão bem ligadas e formam um todo.
9. Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes idéias do texto:
"por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em decorrência de", "por
outro lado", "da mesma forma".
10.O resumo não deve ultrapassar 20% da extensão do texto original, no máximo a metade do texto.
11.O resumo tem três partes: (Podem ser escritas num único parágrafo)
Introdução: Frase que introduz o assunto e resume tudo que será falado.
Desenvolvimento: Resumo das idéias principais, ligeiramente comentadas.
Conclusão: Frase que sintetiza tudo.
Um presente muito especial
João não via a hora que chegasse seu aniversário, no inicio do mês de agosto. Contava os dias, as horas e os minutos, pois sabia que ganharia um jogo eletrônico, pelo qual esperava com tanta ansiedade.
O tempo passou lentamente, mas finalmente chegou o dia tão esperado. Ao acordar, olhou para o lado e junto à sua cama estava o brinquedo de seus sonhos.
Súbito saltou da cama, deu pulos de alegria e correu para chamar o irmão e mostrar-lhe seu presente. Seus olhos brilhavam de satisfação quando, juntamente com o irmãozinho, começou a brincar.
Durante toda a tarde não saíram de perto do novo brinquedo. Foi só quando já estava quase escurecendo que lembraram de convidar um amigo de João, o qual morava no mesmo prédio, para brincar com eles.
Assim que telefonou para o amigo, ele correu para o apartamento e os três brincaram até a hora do jantar.
RESUMO:
João aguardava ansiosamente pelo dia do seu aniversário, no inicio do mês de agosto, pois ganharia um jogo eletrônico. Ao acordar, nesse dia, encontrou o presente. Foi correndo mostrá-lo a seu irmão, com o qual brincou durante toda a tarde. Lembrou-se de telefonar para um amigo que morava no mesmo prédio. chamando-o para brincar também. Os três se divertiram muito com o jogo até a hora do jantar.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
Resumir o texto abaixo:
TRAUMA SUPERADO

Era uma vez uma pata que não queria mais ter filhos para não engordar. Decidiu chocar seus três ovos numa chocadeira comunitária. Dois patinhos nasceram bonitos, muito vistosos. O último nasceu feio, raquítico, porque faltou energia elétrica na sua hora de nascer. Quase morreu, coitado! Deram-lhe o nome de Patinho Feio.
Depois de uma semana do nascimento, mamãe pata foi à piscina do Piquiri Country Clube com seus jovens filhos. Todos muito felizes no primeiro banho, pularam do trampolim. Patinho Feio quase morreu afogado, pois era muito magro e suas penas escassas. Seus irmãos e sua mãe, envergonhados e com mania de grandeza, ignoraram o fato. Por sorte o pobrezinho encontrou uma bóia e saiu do perigo. Enquanto isso, mamãe pata bronzeava suas penas ao sol tomando Sprit gelada e seus irmãos tomando Coca-cola e comendo X salada.Patinho Feio reclamou de fome e sede, mas só recebeu Q. Suco e Miliopã.
Numa manhã, Mamãe pata foi ao shopin center de Umuarama comprar óculos de sol para si, “walkman” para seus dois belos filhos e sandálias havaianas para Patinho Feio. Todos que o viram o acharam horrível. Um grupo de patos funks deram-lhe golpes de karatê na cabeça. Sua mãe nem tentou defendê-lo. Teve que fugir para não morrer.
O tempo foi passando... tudo piorava. O patinho tornou-se um adolescente revoltado. Cansado com tanta discriminação, decidiu tirar passaporte . Sem dinheiro, escondeu-se no porão de um navio e viajou para os Estados Unidos da América. Durante a viagem, passou muita fome. Para comer tinha que roubar comida.
Nos Estados Unidos arrumou emprego de garção e aperfeiçoou-se em natação. Ficou adulto, forte, com belas plumas. Tratou-se por um ano com um analista e teve seu trauma quase superado, pois ainda não tinha coragem para se olhar num espelho. Ganhou uma quantia milionária num cassino de Las Vegas e voltou para o Brasil.
Aqui chegando, retornou à piscina onde nadou quando criança. Olhou para a água e viu um cisne muito belo. Era sua imagem refletida na água. Nesse instante curou-se completamente do trauma. Seu complexo de inferioridade terminou.
Agora é um executivo famoso de uma empresa multinacional. Tem mansão, piscina de hidromassagem, BMW, esposa e belos filhos. Realizou todos os seus sonhos, dizem que ele tem até um clube particular.

Saberdoria árabe

Quem não sabe e não sabe que não sabe, é um imbecil: deve ser internado.
Quem não sabe e sabe que não sabe, é um ignorante: deve ser instruído.
Quem sabe e não sabe que sabe, é um sonhador: deve ser acordado.
Quem sabe e sabe que sabe, é um sábio: deve ser imitado.