Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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11 de outubro de 2013

folclore - cobra gigante






Imagens do nosso folclore




3 de setembro de 2010

Boi Balaio

4 de agosto de 2010

Ilustração de livro

Uma sugestão para você trabalhar em agosto, mês do Folclore.

Ilustre um conto folclórico com recortes de revistas. Complemente as cenas com lápis de cor, lápis cera ou outro material disponível. O importante é expressar o texto em imagens. Você não vai encontrar todas as imagens, então crie e improvise. Mostre para seus alunos e deixe que eles leiam e manuseiem seu trabalho, assim eles compreenderão melhor o seu objetivo. Depois disso, marque uma data para eles ilustrarem contos individualmente ou em equipe. Você pode pedir para que tragam revistas velhas, tecidos, tesoura, cola, régua...

No dia combinado, distribua alguns textos para eles criarem as ilustrações.
O trabalho pode ser exposto e mostrado para outras séries.


O exemplo abaixo foi feito por mim.



O CABOCLO D'ÁGUA
Mito do Folclore Brasileiro

Criatura fantástica que vive no fundo dos rios. Tem o domínio das águas e dos peixes. Ataca canoeiro e pescadores, virando barcos e criando ondas enormes. Para evitar seus ataques, quem viaja sozinho deve fincar uma faca no fundo da canoa. É bom também oferecer fumo a este monstrengo das águas.

Ficou assim:






















Agosto - mês do Folclore




OS TRÊS LADRÕES E A OVELHA

Três ladrões estavam descansando debaixo de uma árvore quando avistaram um homem que trazia uma marrã de ovelha nas costas. Pensaram em atacá-lo e tomar a ovelha, mas um deles teve uma idéia melhor e que foi aceita por todos. Saiu na estrada o primeiro ladrão e, saudando o homem da ovelha perguntou onde ele tinha comprado aquele cachorro tão bonito. O homem explicou que era uma ovelha e o ladrão esteve teimando que era um cachorro até que se despediu.

Mais para diante o segundo ladrão apareceu e gabou muito a beleza do cachorro, embora o homem dissesse que era uma ovelha, comprada na feira. Teimou e teimou e se despediu, deixando o dono da ovelha muito desconfiado. O terceiro ladrão fez o mesmo jogo, dando as belezas do cachorro e perguntando se o homem o queria vender. Discutiu mais tempo e foi-se embora.
O homem ficou olhando a ovelha e pareceu-lhe que era mesmo um cachorro. Jogou-a fora, zangando com a compra idiota que fizera.
Os três ladrões carregaram a ovelha e almoçaram muito bem neste dia.

Luís da Câmara Cascudo.

Fonte:http://www.jangadabrasil.com.br





TRÊS LADRÕES DE OVELHA
Mentira repetida vira verdade

Lá para as bandas do sertão da Paraíba, enfiados na caatinga, três cangaceiros descansavam, quando avistaram na estrada, ao longe, um homem que carregava uma ovelhinha nos ombros. Fazia dois dias que os três não comiam e, apesar de filhotinha, a ovelha daria uma bela refeição.

Mas os fora da lei também têm o seu orgulho e atacar um pobre diabo como aquele que ia pela estrada era até uma vergonha para três cangaceiros famosos e destemidos como eles. Foi quando o primeiro teve uma boa ideia, contou aos outros e eles resolveram pô-la em prática.

O primeiro cangaceiro foi até a estrada, disse bom-dia ao homem que lá vinha e perguntou:

– Onde é que vosmecê comprou esse cachorro tão bonito?

– Isso não é um cachorro, não. É uma ovelha, que eu comprei na feira – o homem explicou.

O cangaceiro teimou que era um cachorro, mas não disse mais nada e se despediu. Mais adiante, o segundo cangaceiro pareceu na estrada e foi logo elogiando o cachorrinho que o homem carregava nos ombros. Não adiantou o homem explicar que se tratava de uma ovelha, pois o cangaceiro continuou a insistir em chamá-la de cachorro.

Depois foi a vez do terceiro ladrão aparecer na estrada e fazer o mesmo jogo.

– Que cachorrinho bonito! Vosmecê não quer vender?

E os dois discutiram – é ovelha, é cachorro – até que o cangaceiro foi-se embora. A essa altura, o homem, muito aperreado, olhou devagarzinho a ovelha e acabou se convencendo de que ela era mesmo um cachorro. Largou-a ali mesmo na estrada e seguiu seu caminho, furioso consigo mesmo pela compra idiota que havia feito.

Os três cangaceiros, então, recolheram a ovelha na estrada e almoçaram muito bem naquele dia.


Luís da Câmara Cascudo.



Fonte: http://educacao.uol.com.br/


9 de agosto de 2008

Folclore brasileiro

FOLCLORE
FOLCLORE – A palavra vem do Inglês, “folk” = povo + “lore” = sabedoria.
FOLCLORE Significa sabedoria popular. È o conjunto de conhecimentos, costumes, lendas, contos, canções, danças, festas, trajes, artesanato, tudo expresso em arte popular.
O DIA DO FOLCLORE É 22 DE AGOSTO
O folclore brasileiro resultou do contato entre os colonizadores europeus, os africanos, e os indígenas aqui existentes.
VEJA O QUE HERDAMOS NO FOLCLORE:


DOS FRANCESE: Traços culturais das atividades dos colégios, como as músicas infantis. Ex: Irmão Jaques (Frére Jacques), Giroflê (girafa), A mão direita tem uma roseira, Vamos passear na floresta. Também nos deixaram a quadrilha.
DOS ALEMÃES: O uso da madeira e tijolos intercalados nas construções, o aproveitamento dos cavalos nas carroças, o uso da batatinha, salsicha, cerveja e shop. O aproveitamento da mulher na agricultura.
DOS INGLESES: O futebol e vários vocábulos. EX: gol.
DOS ÁRABES: Palavras e gestos, O quibe, o espetinho. O turbante usado pelas baianas. O vermelho das roupas.
DOS HOLANDESES: Os tesouros enterrados (segundo as lendas).
DOS JAPONESES: O feijão, o arroz, a sopa e o broto de bambu na alimentação. A palha de arroz na cobertura das casas.

DOS INDÍGENAS: O emprego do sapé e da folha de palmeira na cobertura das casas. A utilização de cipós para amarrar as construções das paredes (barrear). O uso das redes e dos giraus para secar ou guardar mantimentos. A utilização de peneiras, cuias de cabaças, cestos de palha, cipó ou taquara. O emprego de pilões, moringas ou potes de barro (ex: artesanato em barro). A utilização de tangas, cocares, penas, braceletes e colares, (ex: no carnaval). O emprego do laço e da arapuca. A utilização da mandioca (pirão, beiju, mingau), do milho (cozido, assado, canjica, pamonha, pipoca). Outras plantas: amendoim, inhame, abóbora, abacaxi, etc.
DOS AFRICANOS: o uso das saias largas e rodadas. O emprego de panos vistosos e coloridos, chalés, braceletes, argolas, miçangas, balangandãs. Na alimentação: vatapá, acaçá, caruru, acaragé, mungusá, azeite-de-dendê e pimenta malagueta. O uso de instrumentos musicais como: atabaque, marimbá, agogô, afochê. Na religião, os cultos-afro: candomblé, umbanda, macumba.
DOS ITALIANOS: as casas com as bases de pedra e os porões. Na alimentação, macarrão, pizza, risoto, polenta, vinho. Os instrumentos musicais: sanfona, gaita, viola caipira e a banda de música.

DOS PORTUGUESES: a LÍNGUA. As varandas nas construções. Dentro de casa o oratório, o tacho, a cama de tábuas, os baús e arcas, os candeeiros, as lanternas de quatro vidros. A utilização de teares, a roda de fiar, o monjolo, a roda d1água, o cata-vento, o trançado de couro. Na linguagem, os trava-línguas, as adivinhas, os ditados populares, as quadras, as trovas (literatura de cordel), as fábulas, as lendas, os contos, os mitos. Das festas destacam-se também Santos Reis, São Sebastião, Nossa Senhora dos Navegantes, Festas Juninas, São Benedito, Festa do Divino.
DOS ESPANHÓIS: Observa-se maior influência no gaúcho: o chapéu de abas largas preso ao queixo, lenço no pescoço, a bombacha, botas de couro, o poncho. Também o churrasco e o chimarrão, a dança do fandango, algumas músicas infantis e a vaquejada nordestina, com a derrubada do boi puxando-lhe o rabo na corrida.
CONCLUINDO: Todas essa tradições misturaram-se e deram origem e novas criações. Essas novas criações são o nosso folclore.

VAMOS CONHECER NOSSO FOLCLORE?


SACI: É um menino negro de uma perna só, usa um capuz vermelho e, segundo alguns, usa cachimbo. Não é maldoso e só gosta de fazer certas travessuras, como por exemplo, dar nó nos rabos dos cavalos.
CAIPORA: é O PROTETOR DAS CAÇAS DO MATO. Simbolizado por um anão peludo, montado num queixada (porco do mato), atravessa velozmente as matas com grande estrépito. É sinônimo de azar.
CURUPIRA: É o protetor das matas, onde habita. É uma espécie de indiozinho escuro com os pés voltados para trás. Dizem que pressente tempestades, e bate nas árvores para acorda-las, para melhor resistirem às intempéries.
LOBISOMEM: Segundo a crendice sertaneja, é um homem que se transforma em um lobo ou em um enorme cão, nas noites de lua cheia, quando estas caem numa sexta-feira. Inúmeras são as estórias de Lobisomem que circulam pelos sertões.
BOITATÁ: Nas regiões sulinas, alguns campeiros mais supersticiosos evitam cavalgar á noite, temendo encontrar o Boitatá (cobra-de-fogo), na língua guarani). É uma espécie de fogo, em forma de cobra, ou pássaro, que enfrenta o cavaleiro, impedindo a sua marcha.
MENINO DOURADO: é um menino que, nas costas de um peixe denominado “dourado”, em noites de luar, pode ser visto deslizando sobre o rio. Protege os barqueiros.
MÃE-D’ÁGUA: Crendice popular de todas as regiões brasileiras. No Norte é Iara, no Sul habita as lagoas tranqüilas, mas atrai os pescadores para seus domínios. Metade mulher, metade peixe, também conhecida por Sereia. No Rio São Francisco é benfazeja e muitos pescadores juram tê-la visto.

NEGRINHO DO PASTOREIO: Lenda popular do Rio Grande do Sul, é a história do pobre negrinho escravo, sacrificado pelo malvado senhor, porque não encontrou um petiço (cavalinho) que se desgarrara da manada. Depois de açoitado, foi abandonado num formigueiro, onde foram encontra-lo no dia seguinte, cercado por uma aura luminosa ao lado de Nossa Senhora que o levou para o Céu. É invocado na busca de animais perdidos.
BICHO-PAPÃO: é um homem que costuma andar esfarrapado e sujo. Muito feio, barbudo e pálido, tem por hábito roubar crianças choronas e mentirosas, e leva-las para sempre.


JOGRAL: FOLCLORE


Aluno A
Folclore? Sabe o que é?
Todos
São lendas que os velhos contam.
Aluno B
São remédios de folhagens,
Aluno C
Comidas e candomblé.
Aluno D
Objetos, beberagens,
Todos
São as danças, são as músicas.
Todos
São expressões.
Aluno A
São figurinhas de barro.
Aluno B
São trajos, são rituais,
Aluno C
E até bois puxando um carro
Aluno D
E tipos especiais:
Todos
Tudo de uma região!
Aluno A
Enfim, são crenças, são ditos,
Aluno B
Que o povo não esquece não,
Aluno C
Porque são ricos, bonitos,
Todos
Porque é sua tradição

QUADRINHAS POPULARES
Hoje é domingo,
Pede cachimbo.
O cachimbo é de barro,
Bate no jarro.

O jarro é fino,
Bate no sino.
O sino é de ouro,
Bate no touro.

O touro é valente,
Bate na gente.
A gente é fraco,
Cai no buraco.

O buraco é fundo,
Acabou-se o mundo!

VERSOS DO FOLCLORE PAULISTA

“Meu senhor dono da casa
Deus veio lhe visitar
Salve a sua saúde
E a família como está?

O Divino também pede
Um lugar no seu altar
Que esta pomba verdadeira
Está cansa de voar.

A todos desta boa casa
Veio o divino visitar
E pra sua grande festa
Uma esmola vem tirar.

O Divino lhe agradece
A sua bonita esmola
Mais bonita há de ser
A sua chegada na glória.

Agradecemos sua esmola
Dada de bom coração
O Divino concederá
A todos salvação”.

MÚSICA DO FOLCLORE GAÚCHO

“Vou m’embora, vou m’embora,
Prenda minha, tenho muito que fazer,
Vou partir para o rodeio, prenda minha,
No campo do bem querer.

No potreiro dos teus olhos, prenda minha
Eu prendi meu coração
Ficou preso e mui bem preso, prenda minha,
Este potro redomão”.

O VIRA
Ney Matogrosso

O gato preto cruzou a estrada
Passou por debaixo da escada
E lá no fundo azul
Na noite da floresta
A lua iluminou
A dança, a roda, a festa,
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem
Vira, vira
Vira, vira lobisomem.

Bailam corujas e pirilampos
Entre os sacis e as fadas
E lá no fundo azul
Na noite da floresta
A lua iluminou
A dança, a roda, a festa
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem
Vira, vira
Vira, vira lobisomem,

LENDA INDÍGENA SOBRE O AMOR


Conta a lenda indígena que, há muitos anos, só existia a escuridão negra e profunda.
Nasceu, então um bravo guerreiro com o destino de ser para os homens a luz brilhante do dia; mas antes disso, ele conheceu e se apaixonou pela mais bela e cativante filha das matas, sendo para ela a luz do amor. A amante chamava-se Lua e havia nascido para clarear, suavemente, a quietude da noite.
A Lua também entregou seu coração ao jovem guerreiro índio, o Sol. Eles tiveram um amor intenso. O maior que o mundo já conheceu. Mas foi chegando o tempo de cada um cumprir sua missão. Lua e Sol tiveram de separar-se para toda a eternidade. No sofrimento de seu coração, A Lua chorou tanto, e por tanto tempo, que suas lágrimas caíram à Terra e formaram o primeiro riacho que cantava triste a sua melodia: depois, o rio Amazonas. O Sol, com seu amor infinito, iluminou e aqueceu, num beijo, a face da Terra.

18 de agosto de 2007

O Curupira


29 de julho de 2007

Folclore brasileiro


Agosto é o mês do Folclore. Há uma variedade muito grande de temas que podem ser trabalhados: lenda e mitos, simpatias, festas, crendices... Conforme a idade dos alunos, é preciso cuidar com as lendas e o mitos, estes podem ser inadequados, pelo forte conteúdo que apresentam.


SEREIA OU IARA?

10 de julho de 2007

Ilustrações


Selecione provérbios fáceis de serem ilustrados. Ilustre dois provérbios em papel A4 ou cartolina, um com desenhos outro com recortes de revista. Leve para a sala de aula a fim de que seus alunos vejam o que você fez, assim eles terão mais criatividade e valorizarão melhor o trabalho. Essa atividade pode ser feita em casa. Para fazer na escola, providencie cola, tesouras e revistas velhas. Faça exposição dos trabalhos. Alguns alunos querem ilustrar mais de um provérbio, mas o importante é a qualidade e não a quantidade.

31 de março de 2007

O menino e o padre


Conto tradicional do Folclore Nordestino


Um padre andava pelo sertão e, certa vez, com muita sede, aproximou-se duma cabana e chamou por alguém de dentro. Veio então um menino muito mirrado.

_ Bom dia, meu filho, você não tem por aí uma aguinha aqui pro padre?

_ Água tem não senhor, aqui tem um pote cheio de garapa de açúcar _ respondeu o menino.

_ Serve, vá buscar _ pediu-lhe o padre.

E o menino trouxe a garapa dentro de uma cabaça. O padre bebeu bastante e o menino ofereceu mais. Meio desconfiado, mas como estava com muita sede, o padre aceitou. Depois de beber, o padre, curioso, perguntou ao menino:

_ Me diga uma coisa, sua mãe não vai brigar com você por causa dessa garapa?

_ Briga não senhor. Ela não quer mais essa garapa, tinha uma barata morta dentro do pote.

Surpreso e revoltado, o padre atirou a cabaça no chão e esta quebrou-se em mil pedaços, e exclamou:

_ Moleque danado, por que não me avisou antes?

O menino olhou desesperado para o padre, e então disse em tom de lamento:

_ Agora sim eu vou levar uma surra das grandes, o senhor acaba de quebrar a cabacinha da vovó fazer xixi dentro!


3 de fevereiro de 2007

Trava-línguas

Os Trava-línguas despertam o gosto de brincar com as palavras e os sons da língua. O professor poderá usa-loa para melhorar a dicção de seus alunos. Eles fazem parte do nosso folclore, e sofrem variações conforme os costumes de cada região, São conjuntos de palavras que privilegiam encontros consonantais dificultosos de se falar, que podem servir muito bem para se melhorar a dicção, ajudando também a tornar mais clara a fala. Além de aperfeiçoadores da pronúncia, servem para divertir e provocar disputa entre amigos. São embaraçosos, provocam risos e caçoadas. Fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore

Quando um trava-linguas é repetido de forma rápida ou várias vezes seguidas, provoca um problema de dicção ou paralisia da língua; é praticamente impossível pronunciar um trava-línguas sem uma concentração intensa no que se está dizendo


Ex.: Toco preto, Porco crespo, repetido rapidamente.

Pia o pinto a pipa pinga.


O professor motivará os alunos para que recitem bem alto e da mesma forma que ele fizer. Ou seja, quando o professor falar lentamente, eles respondem lentamente; quando falar rápido, eles devem falar rápido, mas sempre todas ao mesmo tempo, devendo ter o cuidado de não expor alguma criança que possua dificuldades como gagueira ou outro problema de fala. Iniciar com frases simples e depois as mais complexas. Também poderá passar como tarefa, para que os alunos mais tímidos treinem em casa.

O professor também poderá organizar um concurso. O vencedores serão aqueles que melhor memorizarem e pronunciarem os trava-línguas. Também poderá trabalhar a cultura popular coletando informações sobre folclore com as famílias dos alunos, podendo inclusive pensar na elaboração de um livro da turma.

Para valorizar a importância de cuidar da boca e da garganta, a importância da voz, como ela nos faz falta , como o cigarro prejudica a voz, o tom de voz que usamos com as outras pessoas, como gritar pode tornar uma pessoa afônica, a importância da higiene bucal, etc., poderá convidar um fonoaudiólogo, para dar uma palestra.

Alguns trava-línguas

Pó pô o pó?
Pó pô.

Tatá tatuou o tatu.

Cair no poço não posso.

Porco seco, corpo crespo.

Bagre branco, branco bagre.

Fia, fio a fio , fino fio, frio a frio.

Amo a ama, mas a ama ama o amo.

O ó que som tem? Ora de u, ora de ó.

Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala!

Toco preto, porco fresco, corpo crespo.

Bote a bota no bote e tire o pote do bote.

O peito do pé preferido de Pedro é preto.

Tente falar esta palavra: "Tapibaquígrafo"

Atrás da porta torta tem uma porca morta.

Quem a paca cara compra, paca cara pagará.

Como pouco coco como, pouco coco compro.

O chará chora. Em Araxá o chará achará chá.

Um limão, mil limões, um milhão de limões.

Traga três pratos de trigro para três tigres tristes.

A Gigi já jejuou hoje e o João enjoou e jejuou junto.

O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra

Lara amarra a arara rara, a rara arara de Araraquara

Fui ao mar colher cordões, vim do mar cordões colhi.

Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia

A Xuxa acha a Sasha chata e a Sacha acha a Xuxa chata!

A baba do bobo babou a boba e a baba da boba babou o bobo.

A melão melou a mala, a mala melou a mula e a mula melou a mola.

A rã erra e rói na rinha, o réu erra e urra na raia, o rei erra e ri na rua.

Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.

7 de outubro de 2006

Conto tradicional do brasil

A FESTA NO CÉU
Luís Câmara Cascudo


Entre todas as aves, espalhou-se a notícia de uma festa no Céu. Todas as aves compareceriam e começaram a fazer inveja aos animais e outros bichos da terra incapazes de voar.
Imaginem quem foi dizer que também ia à festa... O Sapo! Logo ele, pesadão e não sabendo sequer correr, seria capaz de subir àquelas alturas! Pois o Sapo disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma. Os bichos morriam de tanto rir. Os pássaros, então, nem se fala!
Mas o Sapo tinha um plano. Na véspera, procurou o Urubu e ficou bastante tempo conversando com ele, divertindo-o muito. Depois disse:
_ Bem, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido.
O Urubu respondeu:
_ você vai mesmo?
_ se vou? Claro que sim, lá nos encontraremos!
Em vez de sair, o Sapo deu meia volta, entrou no quarto do Urubu e, vendo a viola em cima da cama, entrou lá dentro, encolhendo-se todo.
O Urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tiracolo e bateu asas para o céu, rru-rru-rru...
Chegando ao céu, o Urubu arrumou a viola num canto e foi à procura das outras aves. O Sapo espreitou por uma fresta e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e veio para a rua, todo satisfeito.
Nem queiram saber o espanto que as aves tiveram, ao verem o Sapo pulando no céu! Perguntaram, perguntaram, mas o Sapo fazia-se desentendido e não adiantava nada.
A festa começou e o Sapo saltitou de um lado para o outro, divertindo-se muito. Pela madrugada, sabendo que só podia voltar da mesma forma que tinha vindo, mestre Sapo foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu se havia hospedado. Procurou a viola e acomodou-se, como da outra vez.
Ao pôr-do-sol acabou-se a festa e os convidados foram-se embora voando, cada qual para seu destino. O Urubu agarrou a viola e rumou para a Terra, rru-rru-rru...
Ia a meio caminho quando, numa curva, o Sapo se mexeu e o Urubu, olhando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola.
_ Ah! camarada Sapo! É assim que você vai à festa no Céu? Deixe de ser xico esperto...!
E, àquela altitude, virou a viola. O Sapo começou a cair, acelerando de tal forma que até zunia. E dizia, na queda:
_ Béu-Béu!
Se eu desta escapar...
Nunca mais festas no céu!...
E vendo as serras lá embaixo:
_ Afastem-se pedras, se não eu parto-as todas!
Bateu em cima das pedras como um figo maduro, espedaçando-se todo. Ficou em pedaços. Nossa Senhora, com pena do sapo, juntou todos os pedaços e fê-lo reviver.
Por isso o sapo tem a pele assim cheia de remendos.

Sugestão:

Trabalhar:
_ Leitura

_ As características do Urubu e do sapo: esperteza, decisão, coragem, ousadia, teimosia, inconseqüência

_ A reprodução oral

5 de outubro de 2006

A moura torta

CONTO POPULAR

Uma vez havia um pai que tinha três filhos, e, não tendo outra cousa que lhes dar, deu a cada um uma melancia, quando eles quiseram sair de casa para ganhar a sua vida. O pai lhes tinha recomendado que não abrissem as frutas senão em lugar onde houvesse água.

O mais velho dos moços, quando foi ver o que dava a sua sina, estando ainda perto de casa, não se conteve e abriu a sua melancia. Pulou de dentro uma moça muito bonita, dizendo: "Dai-me água, ou dai-me leite". O rapaz não achava nem uma coisa nem outra; a moça caiu para trás e morreu.

O irmão do meio, quando chegou a sua vez, se achando não muito longe de casa, abriu também a sua melancia, e saiu de dentro uma moça ainda mais bonita do que a outra; pediu água ou leite, e o rapaz não achando nem uma coisa nem outra, ela caiu para trás e morreu.

Quando o caçula partiu para ganhar a sua vida, foi mais esperto e só abriu a sua melancia perto de uma fonte. No abrí-la pulou de dentro uma moça ainda mais bonita do que as duas primeiras, e foi dizendo: "Quero água ou leite". O moço foi à fonte, trouxe água e ela bebeu a se fartar. Mas a moça estava nua, e então o rapaz disse a ela que subisse em um pé de árvore que havia ali perto da fonte, enquanto ele ia buscar a roupa para lhe dar. A moça subiu e se escondeu nas ramagens.

Veio uma moura torta buscar água, e vendo na água o retrato de uma moça tão bonita, pensou que fosse o seu e pôs-se a dizer: "Que desaforo! Pois eu sendo uma moça tão bonita, andar carregando água…!" Atirou com o pote no chão e arrebentou-o. Chegando em casa sem água e nem pote levou um repelão muito forte, e a senhora mandou-a buscar água outra vez; mas na fonte fez o mesmo, e quebrou o outro pote. Terceira vez fez o mesmo, e a moça, não se podendo conter, deu uma gargalhada.

A moura torta, espantada, olhou para cima e disse: "Ah! É você, minha netinha!… Deixe eu lhe catar um piolho". E foi logo trepando pela árvore arriba, e foi catar a cabeça da moça. Fincou-lhe um alfinete, e a moça virou numa pombinha e voou! A moura torta então ficou no lugar dela. O moço, quando chegou, achou aquela mudança tamanha e estranhou; mas a moura torta lhe disse: "O que quer? Foi o sol que me queimou!… Você custou tanto a vir me buscar!"

Partiram para o palácio, onde se casou. A pombinha então costumava voar por perto do palácio, e se punha no jardim a dizer: "Jardineiro, jardineiro, como vai o rei, meu senhor, com a sua moura torta?" E fugia. Até que o jardineiro contou ao rei, que, meio desconfiado, mandou armar um laço de diamante para prendê-la, mas a pombinha não caiu. Mandou armar um de ouro, e nada; um de prata, e nada; afinal, um de visgo, e ela caiu. Foram levá-la, que muito a apreciou. Passados tempos, a moura torta fingiu-se grávida pôs matos abaixo para comer a pombinha. No dia em que deviam botá-la na panela, o rei, com pena, se pôs a catá-la, e encontrou-lhe aquele carocinho na cabecinha, e, pensando ser uma pulga, foi puxando e saiu o alfinete e pulou lá aquela moça linda como os amores. O rei conheceu a sua bela princesa. Casaram-se, e a moura torta morreu amarrada nos rabos de dois burros bravos lascada pelo meio.

ROMERO, Sílvio.