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11 de outubro de 2013
3 de setembro de 2010
4 de agosto de 2010
Ilustração de livro
Ilustre um conto folclórico com recortes de revistas. Complemente as cenas com lápis de cor, lápis cera ou outro material disponível. O importante é expressar o texto em imagens. Você não vai encontrar todas as imagens, então crie e improvise. Mostre para seus alunos e deixe que eles leiam e manuseiem seu trabalho, assim eles compreenderão melhor o seu objetivo. Depois disso, marque uma data para eles ilustrarem contos individualmente ou em equipe. Você pode pedir para que tragam revistas velhas, tecidos, tesoura, cola, régua...
No dia combinado, distribua alguns textos para eles criarem as ilustrações.
O trabalho pode ser exposto e mostrado para outras séries.
O exemplo abaixo foi feito por mim.
Mito do Folclore Brasileiro
Ficou assim:
Agosto - mês do Folclore
Fonte:http://www.jangadabrasil.com.br
– Onde é que vosmecê comprou esse cachorro tão bonito?
– Isso não é um cachorro, não. É uma ovelha, que eu comprei na feira – o homem explicou.
– Que cachorrinho bonito! Vosmecê não quer vender?
Luís da Câmara Cascudo.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/
9 de agosto de 2008
Folclore brasileiro
Aluno A
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Folclore? Sabe o que é?
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Todos
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São lendas que os velhos contam.
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Aluno B
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São remédios de folhagens,
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Aluno C
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Comidas e candomblé.
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Aluno D
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Objetos, beberagens,
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Todos
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São as danças, são as músicas.
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Todos
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São expressões.
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Aluno A
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São figurinhas de barro.
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Aluno B
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São trajos, são rituais,
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Aluno C
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E até bois puxando um carro
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Aluno D
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E tipos especiais:
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Todos
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Tudo de uma região!
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Aluno A
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Enfim, são crenças, são ditos,
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Aluno B
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Que o povo não esquece não,
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Aluno C
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Porque são ricos, bonitos,
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Todos
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Porque é sua tradição
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O cachimbo é de barro,
Bate no jarro.
Bate no sino.
O sino é de ouro,
Bate no touro.
Bate na gente.
A gente é fraco,
Cai no buraco.
Acabou-se o mundo!
Deus veio lhe visitar
Salve a sua saúde
E a família como está?
Um lugar no seu altar
Que esta pomba verdadeira
Está cansa de voar.
Veio o divino visitar
E pra sua grande festa
Uma esmola vem tirar.
A sua bonita esmola
Mais bonita há de ser
A sua chegada na glória.
Dada de bom coração
O Divino concederá
A todos salvação”.
Prenda minha, tenho muito que fazer,
Vou partir para o rodeio, prenda minha,
No campo do bem querer.
Eu prendi meu coração
Ficou preso e mui bem preso, prenda minha,
Este potro redomão”.
Passou por debaixo da escada
E lá no fundo azul
Na noite da floresta
A lua iluminou
A dança, a roda, a festa,
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem
Vira, vira
Vira, vira lobisomem.
Entre os sacis e as fadas
E lá no fundo azul
Na noite da floresta
A lua iluminou
A dança, a roda, a festa
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem
Vira, vira
Vira, vira lobisomem,
18 de agosto de 2007
29 de julho de 2007
Folclore brasileiro
Agosto é o mês do Folclore. Há uma variedade muito grande de temas que podem ser trabalhados: lenda e mitos, simpatias, festas, crendices... Conforme a idade dos alunos, é preciso cuidar com as lendas e o mitos, estes podem ser inadequados, pelo forte conteúdo que apresentam.
10 de julho de 2007
Ilustrações
31 de março de 2007
O menino e o padre
Um padre andava pelo sertão e, certa vez, com muita sede, aproximou-se duma cabana e chamou por alguém de dentro. Veio então um menino muito mirrado.
_ Bom dia, meu filho, você não tem por aí uma aguinha aqui pro padre?
_ Água tem não senhor, aqui tem um pote cheio de garapa de açúcar _ respondeu o menino.
_ Serve, vá buscar _ pediu-lhe o padre.
E o menino trouxe a garapa dentro de uma cabaça. O padre bebeu bastante e o menino ofereceu mais. Meio desconfiado, mas como estava com muita sede, o padre aceitou. Depois de beber, o padre, curioso, perguntou ao menino:
_ Me diga uma coisa, sua mãe não vai brigar com você por causa dessa garapa?
_ Briga não senhor. Ela não quer mais essa garapa, tinha uma barata morta dentro do pote.
Surpreso e revoltado, o padre atirou a cabaça no chão e esta quebrou-se em mil pedaços, e exclamou:
_ Moleque danado, por que não me avisou antes?
O menino olhou desesperado para o padre, e então disse em tom de lamento:
_ Agora sim eu vou levar uma surra das grandes, o senhor acaba de quebrar a cabacinha da vovó fazer xixi dentro!
3 de fevereiro de 2007
Trava-línguas
Quando um trava-linguas é repetido de forma rápida ou várias vezes seguidas, provoca um problema de dicção ou paralisia da língua; é praticamente impossível pronunciar um trava-línguas sem uma concentração intensa no que se está dizendo
Ex.: Toco preto, Porco crespo, repetido rapidamente.
O professor motivará os alunos para que recitem bem alto e da mesma forma que ele fizer. Ou seja, quando o professor falar lentamente, eles respondem lentamente; quando falar rápido, eles devem falar rápido, mas sempre todas ao mesmo tempo, devendo ter o cuidado de não expor alguma criança que possua dificuldades como gagueira ou outro problema de fala. Iniciar com frases simples e depois as mais complexas. Também poderá passar como tarefa, para que os alunos mais tímidos treinem em casa.
O professor também poderá organizar um concurso. O vencedores serão aqueles que melhor memorizarem e pronunciarem os trava-línguas. Também poderá trabalhar a cultura popular coletando informações sobre folclore com as famílias dos alunos, podendo inclusive pensar na elaboração de um livro da turma.
Para valorizar a importância de cuidar da boca e da garganta, a importância da voz, como ela nos faz falta , como o cigarro prejudica a voz, o tom de voz que usamos com as outras pessoas, como gritar pode tornar uma pessoa afônica, a importância da higiene bucal, etc., poderá convidar um fonoaudiólogo, para dar uma palestra.
Alguns trava-línguas
Pó pô o pó?
Pó pô.
Tatá tatuou o tatu.
Cair no poço não posso.
Porco seco, corpo crespo.
Bagre branco, branco bagre.
Fia, fio a fio , fino fio, frio a frio.
Amo a ama, mas a ama ama o amo.
O ó que som tem? Ora de u, ora de ó.
Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala!
Toco preto, porco fresco, corpo crespo.
O peito do pé preferido de Pedro é preto.
Tente falar esta palavra: "Tapibaquígrafo"
Atrás da porta torta tem uma porca morta.
Quem a paca cara compra, paca cara pagará.
O chará chora. Em Araxá o chará achará chá.
Um limão, mil limões, um milhão de limões.
Traga três pratos de trigro para três tigres tristes.
A Gigi já jejuou hoje e o João enjoou e jejuou junto.
O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra
Lara amarra a arara rara, a rara arara de Araraquara
Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia
A melão melou a mala, a mala melou a mula e a mula melou a mola.
A rã erra e rói na rinha, o réu erra e urra na raia, o rei erra e ri na rua.
7 de outubro de 2006
Conto tradicional do brasil
Luís Câmara Cascudo
Imaginem quem foi dizer que também ia à festa... O Sapo! Logo ele, pesadão e não sabendo sequer correr, seria capaz de subir àquelas alturas! Pois o Sapo disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma. Os bichos morriam de tanto rir. Os pássaros, então, nem se fala!
Mas o Sapo tinha um plano. Na véspera, procurou o Urubu e ficou bastante tempo conversando com ele, divertindo-o muito. Depois disse:
_ Bem, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido.
O Urubu respondeu:
_ se vou? Claro que sim, lá nos encontraremos!
Em vez de sair, o Sapo deu meia volta, entrou no quarto do Urubu e, vendo a viola em cima da cama, entrou lá dentro, encolhendo-se todo.
O Urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tiracolo e bateu asas para o céu, rru-rru-rru...
Chegando ao céu, o Urubu arrumou a viola num canto e foi à procura das outras aves. O Sapo espreitou por uma fresta e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e veio para a rua, todo satisfeito.
Nem queiram saber o espanto que as aves tiveram, ao verem o Sapo pulando no céu! Perguntaram, perguntaram, mas o Sapo fazia-se desentendido e não adiantava nada.
A festa começou e o Sapo saltitou de um lado para o outro, divertindo-se muito. Pela madrugada, sabendo que só podia voltar da mesma forma que tinha vindo, mestre Sapo foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu se havia hospedado. Procurou a viola e acomodou-se, como da outra vez.
Ao pôr-do-sol acabou-se a festa e os convidados foram-se embora voando, cada qual para seu destino. O Urubu agarrou a viola e rumou para a Terra, rru-rru-rru...
Ia a meio caminho quando, numa curva, o Sapo se mexeu e o Urubu, olhando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola. _ Ah! camarada Sapo! É assim que você vai à festa no Céu? Deixe de ser xico esperto...!
E, àquela altitude, virou a viola. O Sapo começou a cair, acelerando de tal forma que até zunia. E dizia, na queda:
_ Béu-Béu!
Se eu desta escapar...
Nunca mais festas no céu!...
E vendo as serras lá embaixo:
_ Afastem-se pedras, se não eu parto-as todas!
Bateu em cima das pedras como um figo maduro, espedaçando-se todo. Ficou em pedaços. Nossa Senhora, com pena do sapo, juntou todos os pedaços e fê-lo reviver.
Por isso o sapo tem a pele assim cheia de remendos.
Sugestão:
Trabalhar:
_ Leitura
_ As características do Urubu e do sapo: esperteza, decisão, coragem, ousadia, teimosia, inconseqüência
_ A reprodução oral
5 de outubro de 2006
A moura torta
Uma vez havia um pai que tinha três filhos, e, não tendo outra cousa que lhes dar, deu a cada um uma melancia, quando eles quiseram sair de casa para ganhar a sua vida. O pai lhes tinha recomendado que não abrissem as frutas senão em lugar onde houvesse água.
O mais velho dos moços, quando foi ver o que dava a sua sina, estando ainda perto de casa, não se conteve e abriu a sua melancia. Pulou de dentro uma moça muito bonita, dizendo: "Dai-me água, ou dai-me leite". O rapaz não achava nem uma coisa nem outra; a moça caiu para trás e morreu.
O irmão do meio, quando chegou a sua vez, se achando não muito longe de casa, abriu também a sua melancia, e saiu de dentro uma moça ainda mais bonita do que a outra; pediu água ou leite, e o rapaz não achando nem uma coisa nem outra, ela caiu para trás e morreu.
Quando o caçula partiu para ganhar a sua vida, foi mais esperto e só abriu a sua melancia perto de uma fonte. No abrí-la pulou de dentro uma moça ainda mais bonita do que as duas primeiras, e foi dizendo: "Quero água ou leite". O moço foi à fonte, trouxe água e ela bebeu a se fartar. Mas a moça estava nua, e então o rapaz disse a ela que subisse em um pé de árvore que havia ali perto da fonte, enquanto ele ia buscar a roupa para lhe dar. A moça subiu e se escondeu nas ramagens.
Veio uma moura torta buscar água, e vendo na água o retrato de uma moça tão bonita, pensou que fosse o seu e pôs-se a dizer: "Que desaforo! Pois eu sendo uma moça tão bonita, andar carregando água…!" Atirou com o pote no chão e arrebentou-o. Chegando em casa sem água e nem pote levou um repelão muito forte, e a senhora mandou-a buscar água outra vez; mas na fonte fez o mesmo, e quebrou o outro pote. Terceira vez fez o mesmo, e a moça, não se podendo conter, deu uma gargalhada.
A moura torta, espantada, olhou para cima e disse: "Ah! É você, minha netinha!… Deixe eu lhe catar um piolho". E foi logo trepando pela árvore arriba, e foi catar a cabeça da moça. Fincou-lhe um alfinete, e a moça virou numa pombinha e voou! A moura torta então ficou no lugar dela. O moço, quando chegou, achou aquela mudança tamanha e estranhou; mas a moura torta lhe disse: "O que quer? Foi o sol que me queimou!… Você custou tanto a vir me buscar!"
Partiram para o palácio, onde se casou. A pombinha então costumava voar por perto do palácio, e se punha no jardim a dizer: "Jardineiro, jardineiro, como vai o rei, meu senhor, com a sua moura torta?" E fugia. Até que o jardineiro contou ao rei, que, meio desconfiado, mandou armar um laço de diamante para prendê-la, mas a pombinha não caiu. Mandou armar um de ouro, e nada; um de prata, e nada; afinal, um de visgo, e ela caiu. Foram levá-la, que muito a apreciou. Passados tempos, a moura torta fingiu-se grávida pôs matos abaixo para comer a pombinha. No dia em que deviam botá-la na panela, o rei, com pena, se pôs a catá-la, e encontrou-lhe aquele carocinho na cabecinha, e, pensando ser uma pulga, foi puxando e saiu o alfinete e pulou lá aquela moça linda como os amores. O rei conheceu a sua bela princesa. Casaram-se, e a moura torta morreu amarrada nos rabos de dois burros bravos lascada pelo meio.
ROMERO, Sílvio.