Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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21 de junho de 2015

Viola Spolin




            Viola Spolin nasceu em Chicago, Illinois, EUA, em 1906 e faleceu em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foi uma importante professora de teatro no século XX por criar jogos teatrais para auxiliar a concentração e o treinamento de atores. Escreveu livros para teatro nos quais publicou técnicas de improvisação, hoje considerados como importantes fontes de informação. Viola é tida como a mãe do teatro de improviso. Seu trabalho influenciou a televisão, o teatro e o cinema americanos, fornecendo técnicas que ainda hoje são usadas por diretores, atores e escritores teatrais.
            Durante sua vida, Spolin percebeu a necessidade de um sistema de fácil treinamento teatral e desenvolveu jogos que desencadearam a criatividade e ajudaram a desbloquear a capacidade do indivíduo para a autoexpressão criativa. A sua técnica originou-se no período da Grande Depressão, quando estudou com Neva Boyd. Além de professora, escreveu diversos textos sobre improvisação. Seus escritos também são respeitados fora do círculo teatral por diretores, educadores e psicólogos, afetando principalmente o comportamento humano. O pai de Spolin era policial e fazia parte do esquadrão vermelho, dessa forma prendia imigrantes que suspeitava de atitudes antiamericanas. Spolin escolheu esses imigrantes para ajudar com seus jogos. Essas pessoas precisavam aprender a se comunicar na nova língua e absorver os costumes cultuais e étnicos do novo país.
            Em 1946, Viola Spolin criou a Companhia de Jovens atores de Hollywood, treinando crianças a partir do seis anos com jogos teatrais. Exerceu este trabalho até 1955, quando retornou para Chicago e até 1969 exerceu atividades variadas: dirigiu teatro, realizou oficinas de jogos, trabalhou com seu filho, Paul Sills, publicou “Improvisações para Teatro” e foi co-fundadora do teatro de Jogos. No teatro, buscou a participação do público, eliminou a separação convencional entre atores e audiência. Não obtendo o sucesso esperado, fechou o teatro após alguns meses. Entre 1970 e 1991 foi consultora do teatro Sills Story em Los Angeles, Nova York e na televisão. Também realizou workshops para empresas e atuou como atriz no filme de Paul Mazursky Alex em 1970. Em 1975 publicou o jogo “Theater” abordando o ensino aprendizagem exclusivo para professores que atuavam em sala de aula. Em 1976 criou o Spolin Game Theater Center em Holywood onde foi diretora artística e professora. Em 1979 recebeu um doutorado honorário da Universidade de Michigan. Em 1985 publicou o livro “Manual de um diretor.
            Os jogos teatrais escritos, ensinados e aplicados por Viola Spolin eram simples e descomplicados, construídos em cima de um foco ou problema técnico. Sua reprodução era natural e espontânea, com efeitos libertadores. Havia jogos para libertar a tensão do ator, para limpá-lo de preconceitos subjetivos, jogos de relacionamento, de concentração., que além de proporcionarem prazer, aumentavam a sensibilidade, a auto-consciência e a comunicação interpessoal.  Considerados uma técnica de auto-conhecimento e de comunicação não-verbal, esses jogos não eram do tipo que se ganha ou se perde. Suas regras permitiam aos participantes interagir igualmente uns com os outros. Eram democráticos, pois qualquer pessoa podia participar, fossem jovens ou velhas, de qualquer etnia. Neles usavam-se a linguagem, os gestos, a mímica, a imaginação, o contato físico. Eles tinham um efeito libertador para os jogadores.
            O currículo de Spolin tem uma lista extensa de palestras, demonstrações, workshops para estudantes, profissionais de teatro, ensino fundamental e médio, escolas para superdotados, com problemas de saúde mental , psicologia e centros de realbilitação de delinqüentes. A autora ensina que esses jogos teatrais podem ser aplicados em qualquer campo, disciplina ou assunto.
            Viola Spolin não fez carreira como atriz, mas passou a maior parte de seu tempo estudando como se fosse uma atriz. Não participou de nenhum grupo teatral, mas foi atraída pela visão em conjunto. Sem dúvida, Spolin transformou a teatro americano e universalizou a comunicação. Seu pensamento escrito foi usado no teatro e na escola. Sem saber, ela reinventou o teatro. Seu trabalho foi árduo. Não teve medo de inovar, de mudar, de recomeçar, de assumir cargos, de ensinar. Foi arrojada, sempre tinha novos projetos. Com seus jogos teatrais fez algo essencial para o desenvolvimento humano: ajudou as pessoas a  desenvolverem habilidades e a cooperarem umas com as outras, além de ensinar a se ouvirem mutuamente e a se imaginarem em circunstâncias semelhantes às outras.. Seu grande legado foi não guardar para si o conhecimento, mas ensinar, escrever e formar líderes, foi acreditar no potencial das pessoas, acreditar que elas fariam o melhor trabalho,  foi também estimular essas  pessoas. Foi formadora de talentos notáveis do mundo do teatro e do cinema, com sua genialidade se tornou conhecida internacionalmente.
            Em suma, Viola Spolin foi uma educadora teatral que sempre acreditou no ser humano e não mediu esforços para fazê-lo crescer como pessoa. Spolin foi útil.
           


Referências


11 de outubro de 2013

Dia da árvore


Dia 21 de setembro. Comemore esta data com seus alunos.

O teatro a seguir foi representado por alunos da 5ª série da Escola Manuel Bandeira de Alto Piquiri no ano de 2002. Foi um trabalho de resultado excelente. Ensaie o texto com seus alunos.
Faça as adaptações no texto, de acordo com sua região. Mude o figurino conforme o aluno que irá representar: menino ou menina.

AGONIA DE UM PLANETA
Profesoras: Marice Piffer Martins e Terezinha Bordignon

PERSONAGENS:
Terra, Sol, Anjo, Lua, três Estrelas (Todas com o nome de Maria): Todas as personagens descalças. Nas mãos um bastão com tira coloridas de papel, barbante, lã, sobra de tecido para dar brilho e movimento aos astros. As roupas podem ser feitas de TNT ou plático linholene. Todos os alunos são identificados com um papel preso à roupa.

CARACTERÍSTICAS DAS PERSONAGENS:


Terra


Roupa rasgada cor cinza (Tingir uma roupa velha ou costurar uma de TNT). Boca e rosto pintados em tom cinza. Na cabeça um capacete, bola de isopor, ou bexiga branca, bola de borracha recortada, com desenho dos Continentes. (Pintar com tinta lavável ou colar um papel).

Sol
Roupa vermelha, raios luminosos na cabeça, tiras vermelhas e amarelas. Pintura do rosto bem carregada de vermelho, rouge e batom.Uar um short ou bermuda vermelha. tiras vermelhas e laranja coladas à cintura.
Anjo

Roupa branca, asas e uma coroa de flores brancas na cabeça. Rosto natural
Lua

Roupa cor azul claro ou prateada, rosto e lábios pintado de azul ou prata.
Uma das Estrelas Três Marias

Roupa amarela ou dourada, na cabeça uma estrela dourada.

CENÁRIO:
Enfeitar o cenário pendurando uma lua azul, três estrelas (são as Três Marias)

DESENVOLVIMENTO:
As personagens tomam seus lugares no palco:
Estrelas, Sol e Terra( um pouco afastada, andando bem devagar em círculo, como se fosse sua órbita, de cabeça baixa, triste).
SOL – (falando bem alto e animado) Bom dia, Estrelas benditas!
ESTRELAS – (falando juntas) Bom dia, querido Sol!
SOL – Bom dia, linda Terra!
TERRA – (Permanece em silêncio, cabeça baixa)
SOL – Bom dia, Terra maravilhosa!
TERRA – (Continua em silêncio)
SOL – Bom Terra! Levante a cabeça!
TERRA – (Não diz nada)
SOL – Nossa, que Terra silenciosa! Será que está cansada ou ainda não acordou?
ANJO – Nesse momento o anjo entra cantando a música do Padre Marcelo Rossi: Senhor, Põe teus anjos lá em casa! Senhor, Põe teus anjos lá em casa! Senhor, Põe teus anjos lá em casa! Senhor, Põe teus anjos lá em casa! O anjo pára de cantar e diz: Bom dia Sol, como você está belo!
SOL: Bom dia anjo
ANJO - Bom dia estrelinhas!
ESTRELINHAS – Bom dia, anjo!
SOL – Que bom vê-lo, anjo Celestino! O que faz por aqui?
ANJO – Estou de passagem. Parei um pouquinho para descansar e me aquecer, mas já estou seguindo viagem.
SOL – Para onde você vai Celestino?
ANJO – Vou visitar a linda Terra. Estou com saudade. Estive visitando outros astros criados por Deus, agora quero rever minha amiga. Não vejo a hora de tomar banho nas cachoeiras, comer frutas saborosas, ouvir o cantar dos pássaros, respirar aquele ar perfumado.
SOL – O quê, você não sabe o que aconteceu com a Terra?
ANJO – Não amigo. O que foi, ela sofreu alguma catástrofe? Foi terremoto? Maremoto? Ou foi vulcão?
SOL – Não foi nada disso. Dê uma olhada para ela. Veja como está triste.
ANJO – Meu Deus, Como está sem vida! Ela está agonizando
TERRA – (Levanta a cabeça, permanece triste e fala com voz triste e angustiada) Socorro! Socorro! (Abana-se com falta de ar)
ANJO – (Fala para o Sol e Estrelas) Vou voar para lá imediatamente. Quem sabe eu possa fazer alguma coisa por ela? Tchau amigos.
SOL - Tchau, Celestino, voe o mais rápido que puder.
ANJO – (Vai em direção à Terra cantando) Senhor, põe teus anjos lá casa! Quando chega diz, O que foi Terra, Eu vim socorrê-la.
TERRA _ (Para de girar e senta-se no chão, triste) Anjo Celestino, veja como estou. Estou morrendo. Não tenho ar. O ar que Deus me deu foi envenenado com gazes tóxicos. Sinto sede, mas a água que me resta foi poluída com lixos e detritos. Sinto fome, mas no meu solo já não nasce mais nada, pois foi arado, sofreu erosões e envenenamento. (Chora)
ANJO – Calma, Terra. Quem sabe ainda há uma solução! Vou pedir ajuda a algumas pessoas conscientes, aos governos de todos os países. Vamos conscientizar todos os povos sobre a necessidade de cuidar do Planeta Terra, afinal é o local onde moram.
TERRA – É por isso que estou triste. É tarde demais. Não há pessoas, nem animais, nem plantas, só deserto. Estou me tornando um planeta seco, como Marte, Júpter, Saturno e outros planetas do nosso sistema solar. (Cair no chão e morrer)
ANJO – (Olhando para a platéia) Já não há o que fazer. Está morta, totalmente estéril. Deus a fez a Terra tão bela. A humanidade não fez nada por ela. Não lhe deram valor!
(SOL E ESTRELAS – aproximam-se. Ficam em volta, formando um círculo)
SOL – As plantas não mais germinarão!
ANJO – As crianças não mais sorrirão!
ESTRELA – (juntas) A Terra era azul, agora é cinza!
ANJO – Vamos enterrá-la.
(todos pegam a Terra no colo e saem do palco cantando a marcha fúnebre):
Tan – tan – tantan
Tantam – tantam – tantam – tantam! Bis
Todos voltam ao palco e o aluno que representou a Terra comenta:
Hoje foi só um teatro, mas se não cuidarmos da Terra com carinho, preservando seu meio ambiente, isto vai acontecer muito mais cedo do que esperamos, e aí será o fim da humanidade.

29 de maio de 2010

Feitos com legumes e frutas


Estas figuras estão no site http://prensesler67.blogcu.com . Além dessas, há outras que podem servir para teatros, aulas de Arte e Ciências, Produções de textos, Matemática, na decoração de festas infantis...


Coelho feito com pimentões maduros

Porquinho-da-índia feito com batata doce


Esqueleto esculpido em pepino


Mulher grávida feito com laranja



Melancia com sede


Tartaruga feita de melão
http://linksno.blogspot.com

8 de junho de 2008

Criando personagens








Com sua criatividade você pode criar personagens com diferentes legumes ou frutas. Estes modelos não foram feitos por mim, estão no blog Álbum da Cozinha. Podem ser usados na decoração de festas, mas por que não usá-los como personagens de teatros?

1 de março de 2008

Pintura no rosto








































































Diversas pinturas no rosto e corpo copiadas de diversos sites da internet, ótimas para teatro. O professor poderá criar ou desenhos ou adptá-los ao tema trabalhado


Acesse estas páginas com pinturas de rosto:
http://www.collectgbstamps.co.uk
http://www.parteaz.co.uk
http://www.facepaintingbymel.com

8 de fevereiro de 2008

Recursos


Para você que gosta de contar estórias para seus alunos ou representar teatros, veja as idéias interessantes que podem ser aproveitas. Click no link Aos pequenos com carinho.



10 de julho de 2007

Obesidade


A mulher e sua galinha

Uma mulher possuía uma galinha que lhe dava um ovo todo dia. Ela pensava consigo mesma como poderia obter dois ovos por dia ao invés de apenas um, e finalmente, para atingir seu propósito, decidiu dar à galinha ração em dobro.

A partir daquele dia a galinha tornou-se gorda e preguiçosa e nunca mais botou nenhum ovo.


Moral: A cobiça vai muito além dela mesma.

Autor: Esopo

SUGESTÃO DE ATIVIDADES:

1- Leitura

2- Ditado

3- Sinônimos

4- Dígrafos

5- Artigo indefinido

6- Numerais ordinais e fracionários

7- Pronomes: reto, oblíquo, possessivo, indefinido

8- Substantivos

9- Tempos verbais

10- Preposições

11- Advérbios

12-Acentuação gráfica

13-Sintaxe: Sujeito, predicado, objetos, adjuntos adverbiais

14-Trabalhar o preconceito com os gordos, cobiça, educação alimentar, preguiça

15-Ilustração de história em quadrinhos

MENSAGEM

Nossos corpos são nossos jardins... nossas vontades são os jardineiros

William Shakspeare

TEATRO - MULHER FORMOSA


CENÁRIO: Uma academia. O professor opta pelo mais prático.
PERSONAGENS:
Roberto
Verinha (Uma aluna magra)
Taís ( Uma aluna com corpo normal)
Figurantes fazendo ginástica


NARRADOR :

A mulher gorda já teve seus dias de glória na época do Renascimento. Os artistas esculpiam e pintavam mulheres gordinhas. Muitas delas foram retratadas e imortalizadas com suas gordurinhas ou gorduras avantajadas. Era o padrão de beleza da época.

De uns anos para cá esse padrão de beleza mudou. A Moda adotou a mulher Barbie, que é exageradamente magra por modelo ideal e as gordas foram deixadas de lado, como se nelas não existisse beleza. Passaram a ser motivo de deboche, Já não encontram roupas prontas para comprar, a não ser em lojas especializadas. Para completar o martírio, surgiram as propagandas de produtos dietéticos, os regimes, as clínicas de cirurgia plástica, os centros de emagrecimento, os produtos que oferecem milagres, os aparelhos para ginástica, as academias, os médicos especializados, regimes na INTERNET. As propagandas dificilmente são feitas com pessoas gordas, anão ser para chamar a atenção e ficar engraçada.

As mulheres magras, com corpos esqueléticos, são supervalorizadas. Muitas delas recebem salários milionários, desfilam, viajam, vivem cercadas de fotógrafos e de admiradores, tornam-se atrizes de cinema e televisão. Isto desperta a idéia de que ser uma pessoa magra é garantia de sucesso. O que muitas pessoas não sabem é que estas belíssimas mulheres muitas vezes estão doentes. A bulimia e anorexia tem matado algumas delas, conforme a imprensa tem noticiado. O pior de tudo é que são imitadas por outras. Muitas famílias só vão perceber quando o problema está muito grave e a jovem já corre risco de vida.

Nos dias atuais a obesidade tem aumentado muito. Produtos industrializados, maus hábitos alimentares, sedentarismo geram muitos pneuzinhos. Conviver com ele e com a idéia de magreza gera angústia. Felizmente, há um movimento contra moda dos corpos esquelético. As agências de modelo estão sendo questionadas e criticadas. Já estão proibindo desfile de modelos anoréxicas. Os corpos revestidos com mais carne já são vistos com outros olhos.

Musica de fundo: Mulher Pequena, de Roberto Carlos.


DESENVOLVIMENTO ( parar a música):

VERINHA: (entra em cena trajando roupa de ginástica, reclama) Nossa, como eu estou gorda! Olha só minha barriga, O que é isso? Preciso dar um jeito nisso (mostra gorduras que não existem) Estou parecendo um bola. Quando o Roberto prestar atenção em mim, não vai querer mais namorar comigo. Vou parar de comer. Vou almoçar uma laranja, no café da tarde tomo uma xícara de café com adoçante e não janto mais. Quero ver se emagreço ou não emagreço. Além disso, vou fazer duas horas de exercícios na academia todos os dias, Sem falar na aula de natação três vezes por semana.

TAÍS: (Entra em cena com um chocolate, sorrindo, toda feliz. Enquanto contracena fica degustando os alimentos) Oi Verinha! Nossa, mas você está linda!

VERINHA: O que você quer com isso? É brincadeira sua. Só pode ser brincadeira. Eu acabei de decidir que vou fazer um regime!

TAÍS: Você ficou louca? Pra que fazer regime? Você pensa que pode voar? Seu corpo está ótimo. Não precisa de regime. Vai fazer regime coisa nenhuma. Eu não faço regime! Estou feliz como sou.

VERINHA: Mas deveria. Veja só. Vai virar uma elefanta se comer este chocolate. Joga isso fora!

TAÌS: Exagerada! Eu não penso assim. É claro que cuido da minha alimentação. Como frutas, verduras, eu evito muito doce, bolachas recheadas, salgadinhos, mas não me privo das coisas boas da vida. Não penso como você. Aceita um chocolate? Comprei dois.

VERINHA: Não, obrigada. Agora vou malhar. (Faz abdominal)

TAÍS: (pega o outro chocolate) Não sei se como este chocolate agora ou se deixo para mais tarde. Deve ser uma delícia. Tem certeza que não quer mesmo um pedaço?

VERINHA: Lógico que não.

TAÍS: (guarda o chocolate) Esse chocolate que me aguarde.

VERINHA: Estou com uma dor no estômago

TAÍS: É fome. Você vive passando fome. Com certeza nem almoçou.

VERINHA: Só uma folha de alface! A fome é psicológica. Vai passar, Vai passar. Prefiro morrer que continuar gorda como estou!

TAÍS: Vai passar coisa nenhuma. Uma folha de alface é muito pouco. Você ainda está em fase de crescimento. Precisa se alimentar muito bem. Se continuar assim vai adoecer. Por que você acha que precisa emagrecer mais?

VERINHA: Quero ficar bonita, como as artista da TV e do cinema. ( Mudar o exercício)

TAÍS: Mas você é bonita.

VERINHA: Quero ser como as atrizes! Elas não são gordas e eu sou!

TAÍS: Fique aí com sua ginástica que eu vou estudar um pouco. Amanhã tenho prova de Literatura. (Afasta-se e senta-se num banquinho ou no chão e fica lendo um livro).

VERINHA: Vai estudar sim. Depois você me ensina

TAÍS: Nem pense nisso, não vou correr risco. Além do mais você precisa aprender também.

ROBERTO: (Roberto chega com dois papéis nas mãos) Oi Verinha. Tudo bem?

VERINHA: Mais ou menos, Roberto.

ROBERTO: Sabe o que é este papel?

VERINHA: Não faço a menor idéia.

ROBERTO: Ganhei dois convites para um rodízio de pizza, hoje à noite. Está convidada para ir comigo.

VERINHA: Pizza? Eu não posso ir nesse rodízio. (faz exercícios)

ROBERTO: Credo Verinha, Vamos sim. Já imaginou comer pizza à vontade sem precisar pagar nada?

VERINHA: Eu não quero, porque pizza engorda e eu estou muito gorda. (Faz exercícios mais rapidamente, respira ofegante)

ROBERTO: Você está ótima. Vamos sim. Pra que tanto sacrifício? Seu tipo físico é assim mesmo.

VERINHA: Ui, que coisa esquisita.

ROBERTO: O que foi Verinha? Você está pálida!

VERINHA: (desmaia)

ROBERTO: Socorro, Taís venha me ajudar

TAÍS: (Vai socorrer Verinha, fica apavorada) Ela desmaiou, e agora?

FIGURANTES: (Vêm perto – Obs: Não ficar na frente para não impedir a platéia de ver a cena - e cada um diz)

- Morreu.
- Morreu?
- Sei lá
- Que Deus a tenha
- Era uma boa menina
- A essa hora já está na luz
- Descanse em paz

ROBERTO: (Em voz) Calma pessoal . Vou ver o pulso dela. Nossa está bem fraquinho!

TAÍS: Será que ela teve uma parada cardíaca?

ROBERTO: Não, quer dizer, acho que não. Vamos abaná-la. Quem sabe assim ela recebe mais oxigênio.

FIGURANTES: (dizem ao mesmo tempo)

- Com certeza ela morreu
- Bem que eu avisei
- Vamos avisar os pais dela?
- Não. Chama o pronto socorro!
- Não, a polícia!
- Polícia não seu tonto. Vão nos acusar de homicídio!

ROBERTO: Silêncio, por favor! (Ouve-se um gemido) Parece que ela ainda não morreu. Por favor, afastem-se. Ela está precisando de ar. (todos os figurantes se afastam um pouco)

VERINHA: Onde estou? Ai, minha cabeça, está rodando! Será que eu morri?

TAÍS: Não morreu ainda não, mas se não consultar um médico, não vai durar muito. Você precisa se tratar. Deve estar anêmica.

VERINHA: Eu desisti de morrer.

FIGURANTES: (todos ao mesmo tempo)
(Morre! Morre! Morre! Morre!)

ROBERTO: ( Seus urubus, quietinhos aí)

TAÍS: Você está certa, amiga. A vida é muito boa. Lembra do chocolate? Ainda está em tempo. Quer comê-lo agora?

VERINHA: Quero.

TAÍS: (entrega o chocolate) Sabe Verinha, É preciso cuidar da saúde. Ela é a coisa mais preciosa uma pessoa pode ter. Uma pessoa pode ter tudo, mas se não tem saúde não é totalmente feliz. Não vale a pena fazer o que você fez. Muitas meninas que fizeram o que você fez, morreram na flor da idade. Já imaginou, meninas que morreram de fome, mas tinham o que comer. Não faça mais isso.

VERINHA: Amanhã mesmo vou ao médico.

ROBERTO: Ótimo, e a rodada de pizza?

VERINHA: Está confirmada.

OS FIGURANTES SE APROXIMAM. DE MÃOS DADAS, TODOS CANTAM O REFRÃO DA MÚSICA _ Mulher Pequena, de Roberto Carlos

Coisa bonita,
Coisa gostosa,
Quem foi que disse
Que tem ser magra
Pra ser formosa?


Coisa bonita,
Coisa gostosa,
Você é linda
É do jeito que gosto
Maravilhosa.

Bis.

9 de abril de 2007

Teatro com as mãos

O Teatro sempre esteve presente em todas as sociedades, até na primitiva, em cerimônias ritualísticas. Com o desenvolvimento da humanidade, foi adquirindo um caráter educativo, através da representação de lendas sobre deuses e heróis. Na Grécia antiga, era popular e grátis. Com o advento do Cristianismo, para combater os deuses pagãos, foi abolido, mas resistiu. Na Era Medieval, na Europa, serviu para propagar conteúdos Bíblicos, voltou à popularidade através dos gêneros trágico, épico e da comédia.

No Brasil, o teatro foi divulgado pelos Jesuítas, na catequização dos índios e perdura até os dias atuais. Há muitos grupos folclóricos que se utilizam do teatro para divulgar a cultura regional, como por exemplo o teatro mambembe: artistas itinerantes que carregam suas fantasias e representam nas praças públicas e os espetáculos circenses que viajam de cidade em cidade propagando sua arte.

Não existem muitos teatros, se os compararmos ao número de habitantes das cidades brasileiras. O teatro, em forma de espetáculos, em grandes auditórios, só é freqüentado pela elite porque ainda é muito caro.

Nas escolas, o teatro desempenha um papel educativo. É uma ótima ferramenta pedagógica. Pode ser trabalhado em todas as séries. O professor, mesmo com pouco espaço e escassez de material pode desenvolvê-lo, não é necessário fazer gastos excessivos, basta ser um pouco criativo.

Podemos enumerar uma série de vantagens obtidas quando se trabalha o teatro com alunos:

O aluno aprende a improvisar;

Desenvolve a oralidade, a expressão corporal, a impostação de voz;

Aprende a se entrosar com amigos;

Desenvolve o vocabulário;

Trabalha o lado direito do cérebro (emocional);

Desenvolve as habilidades para as artes plásticas (pintura corporal, confecção de figurino e montagem de cenário);

Oportuniza a pesquisa;

Desenvolve a redação;

Trabalha a cidadania, religiosidade, ética, sentimentos, interdisciplinaridade...;

Incentiva a leitura;

Propicia o contato com obras clássicas, fábulas, reportagens...;

Melhora a disciplina, alunos indisciplinados geralmente são os melhores atores;

Ajuda o alunos tímidos a desinibirem-se e adquirirem auto-confiança;

Desenvolve habilidades adormecidas;

Tem caráter lúdico;

Estimula a imaginação e a organização do pensamento.

Enfim, são incontáveis as vantagens em se trabalhar o teatro em sala de aula. O professor precisa auxiliar nos ensaios, e às vezes necessita de uma ajuda extra, de alguém da escola que possa colaborar, dependendo do grau de dificuldade do teatro, mas vale a pena. Também pode associar-se a outros professores da turma.

Nos dias atuais, a ecologia é um tema que não pode ficar fora do teatro. Visitando o blog potuguês de uma amiga, encontrei uma matéria que pode ser utilizada pelo professor para trabalhar teatro. São lindos desenhos de animais pintados nas mãos. O professor pode usar as pinturas e complementar com outras, como animais da fauna brasileira, animais em extinção, e até a pintura de personagens criados para interagirem durante as apresentações. Vale a pena conferir:

http://palavrasarticuladas.blogspot.com


ALGUMAS IMAGENS COMPLEMENTARES: