Os Três Porquinhos
Numa bonita casa de campo viviam três porquinhos: Prático, Heitor e Cícero.
Quando não iam à escola, ficavam brincando felizes e despreocupados no campo. Ao escurecer, voltavam cansados e satisfeitos. Em casa, sua avozinha, que lhes preparava grandes bolos com natas e morangos, os esperava.
Um dia, Cícero, o mais pequeno, propôs:
- Agora que já somos grandes! podemos construir uma casa só para nós vivermos sozinhos! Cada um construirá a sua , conforme o seu gosto.
Cícero não queria se cansar muito, pensou que uns ramos e um pouco de palha seriam o suficiente para construir uma cabaninha fresca e confortável.
O Heitor, pelo contrário, pensou que uma cabana de madeira seria suficientemente confortável e resistente, e que não teria de trabalhar muito para construí-la.
Prático queria uma casinha como a da sua vovozinha. Por isso, carregou uma carriola várias vezes com tijolos e cimento e trabalhou com muito afinco.
– Assim estarei protegido do lobo, que de vez em quando sai da floresta.
De fato, veio o lobo e bateu na casinha de palha: Toc! Toc!
– Um amigo... abre! - respondeu o lobo lambendo-se.
– Não! Você é o lobo mau e não vou abrir a porta para você!
- Ah, é assim é? – Rosnou o lobo rangendo os dentes.
- Veja então como abro a sua porta! – E deu um sopro e varreu a casinha, fazendo rolar para bem longe o porquinho.
Enquanto Cícero escapava, o lobo foi bater à porta do Heitor:
– Abre, não vou lhe fazer mal!
Heitor também não quis abrir, mas um par de sopros foram suficientes para destruir a sua casinha.
Muito esfomeado, o lobo bateu à porta da casa do Prático.
- Vai embora, lobão! – Respondeu-lhe o porquinho.
Desta vez, o lobo soprou e soprou muitas vezes, mas a casinha, construída com cimento e tijolos era muito forte para ele.
Por fim o lobo mau ficou sem forças. Aborrecido, levantou o punho, ameaçando:
- Por enquanto, deixo você..., mas voltarei depressa! E vou comê-lo de uma só vez.
Quando chegou a noite, o lobo voltou. Prático ouviu o lobo trepando na casa para subir até o telhado. Enquanto entrava pela chaminé, o lobo lambia-se todo pensando no jantar de porquinho assado. Mas Prático, que tinha uma panela de sopa no fogo, colocou mais lenha no fogo.
O lobo já estava no meio da chaminé quando começou a cheirar a queimado: era a sua cauda que chamuscava! Saiu pela chaminé e desapareceu uivando..
No dia seguinte, enquanto o pobre lobo, com a cauda entre as patas, continuava fugindo para o mais longe possível, a povoação celebrava a valentia do porquinho sábio e o retorno à tranqüilidade.