ORIGEM
O ser humano sempre sentiu o desejo de guardar lembranças de sua
vida. Este foi o principal impulso para a criação da fotografia. De sua origem
até hoje, a máquina fotográfica se popularizou conforme os ideais da Revolução
Francesa, acompanhou o desenvolvimento da ótica, da química a evolução da
tecnologia e hoje quem não tem uma?
BREVE HISTÓRICO
A origem da máquina
fotográfica não se limitou a um único local ou período histórico: Na Grécia
Antiga, Aristóteles, durante um eclipse solar, observou um fenômeno ótico
através de um furo numa folha. No século XIII os árabes conseguiram uma imagem
invertida numa parede. No século XV, durante o Renascimento, quando a figura
humana e a paisagem são visto racional e matematicamente de acordo com as
regras da perspectiva, de Leonardo da Vinci realiza experimentos numa câmera
escura. Giovanni Baptista Della Porta, desenvolveu uma câmera escura, adaptou
uma lente. Sua técnica passou a ser utilizada por pintores. Em 1727, na
Alemanha, Johann Heinrich Shullze para fixar imagens, pesquisou como encontrar
fósforos e descobre o nitrato de prata. Em 1826, Joseph Nicéphore Niépce fixa a
primeira imagem fotográfica numa chapa de metal sensibilizada com betume da
Judéia. Ele também fixa com ácido nítrico uma imagem num papel sensibilizado
com cloreto de prata. Depois utiliza lâminas de cobre. Apesar de seus
experimentos, o tempo de exposição continua longo e a luminosidade não é boa.
Faz, então, uma sociedade com Louis Jacques Mande Daguerre, mas morre e
Daguerre é quem alcança popularidade. Daguerre descobre que o vapor de mercúrio
reduz o tempo de exposição à luz, patenteia a invenção e a vende. Em 1939 a Academia de Ciências
de Paris faz a divulgação ao mundo. Esse método não foi satisfatório e instigou
novas pesquisas com a fotografia sobre papel, pois não tinha uma boa imagem de
fundo e não permitia várias cópias. Em 1835, Willian Henry Talbot , numa câmera
fotográfica de madeira , após meia hora de exposição, usando sal de cozinha
como fixador da imagem negativa e um outro papel sensível, fez uma imagem em positivo. Patenteou
seu invento em 1841 com o nome de Calotipia. Em 1824, Antoine Hercules Romuald
Florence vem para o Brasil, desenvolve algumas invenções sobre captação de
imagem, inclusive pela luz solar. Em 1832 descobriu um processo que chamou de
Photographie. Em 1933 fotografou rótulos de farmácia utilizando a luz solar.
A partir daí, o
ato de fotografar ficou mais fácil, tornou-se possível fotografar fora do
estúdio. Na Europa a fotografia estava associada ao retrato, nos Estados Unidos
ao paisagismo. No Oriente, em meados do século XIX, Felice Beato fotografa
China, Japão e a Guerra da Criméia. Em 1888 nasce a Kodak, George Eastman
fabrica câmeras pequenas com filmes já colocados. Para ser revelado, o filme
era devolvido à empresa.
A busca pelo
aperfeiçoamento nunca parou. Nas primeiras décadas do século XX fotógrafos trabalham
com inúmeros materiais, surgem novos modelos de câmera, objetivas e filmes, até
coloridos.
A CÂMERA FOTOGRÁFICA
ANALÓGICA
As câmeras fotográficas
analógicas são classificadas de acordo com o formato do filme que utilizam.
As câmeras com Formato 120, usadas profissionalmente, precisam de
filmes de 6 cm
de largura. As que tem o formato 4 X 5, também profissionais, pesadas e de
difícil manejo, necessitam de filmes em chapa. As câmeras com formato 135 são populares e
dispõem de vários recurso, têm um visor direto e isso dificulta o enquadramento
da imagem para chegar até o filme, provocando cortes, Esse erro chama-se
paralaxe. Essas câmeras caracterizam-se por ter Telêmetro que regula a imagem
dupla e corrige o foco, Foco fixo, focaliza imagens de 2 metros de distância até
o infinito, Foco variável com escala de distância simbólica ou métrica.
As câmeras Monoreflex (SLR) são sofisticadas e dispõem de inúmeros
recursos. Contêm um espelho em seu interior e nele refletem a imagem captada
através da objetiva. Essa imagem é gravada no filme sem erro de enquadramento.
As partes dessa máquina são: Objetiva, espelho, plano focal, pentaprisma, visor
e filme(sensor). Seu funcionamento ocorre quando o obturador e o diafragma
controlam a quantidade de luz que entra na câmera. Como a luz é variável,
torna-se necessário o seu controle. O fotômetro é um dispositivo que mede a
quantidade de luz e regula a abertura do diafragma com a velocidade do
obturador. Há a leitura automática da máquina. Há também a leitura
semi-automática quando o fotógrafo determina a abertura e a máquina encontra
essa abertura. A leitura manual ocorre quando o fotógrafo regula manualmente a
velocidade e a abertura da luz. Na medição integrada o fotômetro calcula a
quantidade de luz e faz a média. A medição pontual é feita quando apenas uma
pequena quantidade de luz chega no centro do visor.
O filme fotográfico absorve a luz por fotossensibilidade e após a
revelação, transforma os sais de prata em prata metálica tem duas
sensibilidades: ISO e ASA. Essa sensibilidade corresponde à quantidade de luz
que o filme necessita para reter a imagem. Quanto maior a ASA, menor o tempo de
exposição à luz. Nas máquinas digitais, o filme recebe o nome de sensor.
A fotografia colorida é obtida a partir das três cores primárias
aditivas. O processo de revelação é semelhante ao processo em preto e branco: O
revelador converte a imagem do filme em prata metálica negra, depois, corantes
ativam cada uma das cores nas três cores primárias, que posteriormente são
registradas nas suas cores complementares.
O diafragma é um conjunto de lâminas situado na objetiva e que
regula a quantidade de luz que chega até o filme. Essas lâminas abrem e fecham
formando o diâmetro de abertura do diafragma. Ele recebe números indicativos da
quantidade de luz. Quanto menor for o número, maior é a abertura do diafragma.
A máquina fotografada tem junto ao seu corpo o obturador. Este abre e fecha e controla em frações de segundos a velocidade com que a
luz penetra no seu interior. Essa velocidade é determinada por números situados
num anel. Quanto maior o número de velocidade, menor o tempo de abertura do
obturador e de exposição do filme à luz.
A distância entre o centro ótico e a película é responsável pelo ângulo
de visão e pelo resultado estético.
A objetiva é formada por um conjunto de lentes e distingue-se pela
distância focal. A distância focal é a menor distância entre a objetiva e o
plano do filme onde é possível produzir uma imagem nítida de um plano distante.
A distância focal de uma objetiva determina o ângulo de visão, aproximando e
distanciando os objetos visualizados. Quando a distância focal é aumentada, o
ângulo de visão se estreita, o objeto fica maior e diminui o número de objetos.
Nas câmeras de135 mm as objetivas são normais e não distorcem a perspectiva. As
teleobjetivas são objetivas com distância focal maior e possibilitam registrar
detalhes a longa distância. Achatam a perspectiva. Grande angular são objetivas
com distância focal menor. E com ângulo
de visão maior. Sua distorção é arredondada nas bordas, a profundidade é
grande. Macro são objetivas para registrar detalhes. Tem profundidade pequena.
Zoom são objetivas com várias distâncias focais, mas pouco luminosas por causa
do grande número de lentes que dispersam a luz interna.
A CÂMERA FOTOGRÁFICA DIGITAL
Na câmera digital a
imagem é captada através dos fotodiodos, estes são sensores que convertem luz
em sinais elétricos, formando o pixel. Há dois tipos de sensores: Os CCD e os
CMOS. Os CCD são acoplados entre si e têm a finalidade de transferir a carga de
um para o outro para a leitura linha por linha, coluna por coluna a partir de
um dos cantos. Os CMOS estão associados individualmente a amplificadores,
conversores e transistores. A leitura e a codificação é feita a partir das
bordas. São mais rápidos. A captação da imagem pode ser feita em Mosaico,
quando cada pixel captura uma só cor ou pela Captura Foveon X3 através de
filtros de cor em três camadas separadas, sobrepostas combinadas ao silício
criam o pixel colorido. Os recursos das câmeras digitais são praticamente os
mesmos das câmeras analógicas. Para facilitar a seleção e o modo de disparo,
elas possuem ícones que são selecionados conforme a distância e a luminosidade
do local. Um menu auxilia na escolha do
seletor de foco, da qualidade da imagem, a temperatura da cor, a nitidez dos
contornos.
DIFERENÇAS E VANTAGENS ENTRE A MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS ANALÓGICAS E
DIGITAIS
Nas câmeras
fotográficas analógicas a imagem só pode ser vista após sua revelação. Há
gastos com filmes. As imagens são excelentes, os negativos podem ser guardados
nas câmeras e quando bem cuidados podem duram mais de um século. As imagens são
lidas através de produtos químicos. Nas digitais a visualização é imediata, e
com a vantagem de a imagem poder ser apagada e imediatamente ser substituída
por outra. O armazenamento depende do tamanho da foto, isto é,de quantos
megapixel tem a foto. Ocupa muito espaço na memória, a tecnologia pode se
tornar ultrapassada. A leitura das cores é feita através da leituras dos pixel
por um sensor eletrônico
Ainda hoje,
muitos fotógrafos preferem a máquina fotográfica analógica porque consideram seu
resultado melhor que o digital, mas em virtude da praticidade do uso da câmera
digital em grande escala, da falta de alguns materiais, preferem a digital. A
praticidade da câmera digital faz com ela, sem filme para comprar e para
revelar, automatizada, e sempre apresentando grandes novidades, seja a grande
preferida. É certo que os avanços da digital atingem a analógica, isso faz com
que a máquina fotográfica analógica continue ainda no mercado ao lado de sua
rival.