Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

TRANSLATE

Busque arquivos antigos

Mostrando postagens com marcador Valores - II. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Valores - II. Mostrar todas as postagens

18 de maio de 2010

Questionamentos pessoais

1- O que eu espero para este ano?
2- Como posso aperfeiçoar minhas qualidades?
3- Quais são minhas dificuldades pessoais? (medos, angústias,
    fraquezas)
4- Como posso ajudar meus colegas durante este ano?
5- Como pretendo estar no final do ano?
6- Como posso conseguir um futuro de sucesso?
7- Que tipo de pessoa eu sou?
8- O que eu penso sobre a vida?
9- Desenho de uma qualidade minha.
10- Desenho do meu futuro.

Atividade baseada em sugestão do Jornal "O transcendente"

19 de fevereiro de 2009

Como fazer uma crítica construtiva


1- Faça sua crítica o mais depressa possível;
2- Faça apenas uma reclamação de cada vez;

3- Não repita um argumento depois de apresentá-lo;
4- Faça objeções apenas a ações que a outra pessoa não pode mudar;

5- Faça críticas em forma de sugestões ou perguntas;

6- Evite sarcasmo;

7- Evite palavras como "sempre" e "nunca";

8- Não se desculpe por sua confrontação;

9- Não se esqueça da cortesia. E aí quando você criticar, as pessoas estarão mais aptas as aceitar.

Charles Dickson


Agora, se você não é tão perfeio assim, ou de vez quando gosta de um pouco de descontração, leia o que diz o blog Betwithbeans - 10 dicas de auto-ajuda.

7 de dezembro de 2008

Objetos Sagrados


Na última sexta-feira de novembro aconteceu uma Feira de Ciências na Escola Vinícius de Moraes, uma das três escolas onde lecionei este ano. Fica a uns doze quilômetros de minha casa, e, para chegar até lá, só comendo poeira ou amassando barro, pois não há asfalto. E não sou a única, os demais professores também fazem o mesmo. O ano inteiro, todas as segundas-feiras, eu ministrei uma aula. Isso mesmo, eu viajei 24 quilômetros (ida e volta) para ministrar uma aula por semana. A escola fica numa cidadezinha chamada Saltinho do Oeste. Este pacato e tranqüilo vilarejo tem apenas três quarteirões asfaltados, uma praça pequena com uma igreja no centro, uns dois ou três armazéns, onde se vende de tudo um pouco, e o prédio escolar.
Apesar da dificuldade de locomoção, eu gostei muito de fazer parte de seu corpo docente, e nada me impediu de que eu participasse, juntamente com a professora Filomena, da Feira de Ciências, com uma exposição de Objetos Sagrados. A professora Filomena ficou responsável pela 5ª série e eu pela 6ª série. Nossa parceria foi perfeita. Apesar da precariedade, o resultado foi ótimo, e superou nossas expectativas. A intenção era expor objetos sagrados de muitas religiões, mas isso não ocorreu porque a maioria da população é Católica, de forma a maioria dos alunos só trouxe para a exposição objetos do catolicismo. 

19 de novembro de 2008

O círculo do amor


Certa manhã, um camponês bateu com força na porta de um convento. Quando o irmão porteiro abriu, ele lhe estendeu um magnífico cacho de uvas.
“− Caro irmão porteiro, estas são as mais belas produzidas pelo meu vinhedo. E venho aqui para dá-las de presente.
− Obrigado! Vou levá-las imediatamente ao abade, que ficará alegre com esta oferta.
− Não! Eu as trouxe para você.
− Para mim? Eu não mereço tão belo presente da natureza.
− Sempre que bati na porta, você abriu. Quando precisei de ajuda porque a colheita foi destruída pela seca, você me dava um pedaço de pão e um copo de vinho todos os dias. Eu quero que este cacho de uvas traga-lhe um pouco de amor do sol, da beleza da chuva, e do milagre de Deus.
O irmão porteiro colocou o cacho diante de si, e passou a manhã inteira admirando-o: era realmente lindo. Por causa disso, resolveu entregar o presente ao Abade, que sempre o havia estimulado com palavras de sabedoria.
O Abade ficou muito contente com as uvas, mas lembrou-se que havia no convento um irmão que estava doente, e pensou: ‘vou dar-lhe o cacho. Quem sabe, pode trazer alguma alegria à sua vida’.
Mas as uvas não ficaram muito tempo no quarto do irmão doente, porque este refletiu: ‘o irmão cozinheiro tem cuidado de mim, alimentando-me com o que há de melhor. Tenho certeza que isso lhe trará muita felicidade’. Quando o irmão cozinheiro apareceu na hora do almoço, trazendo sua refeição, ele entregou-lhe as uvas.
− São para você.
Como sempre está em contato com os produtos que a natureza nos oferece, saberá o que fazer com esta obra de Deus.
O irmão cozinheiro ficou deslumbrado com a beleza do cacho, e fez com que o seu ajudante reparasse a perfeição das uvas. Tão perfeitas que ninguém para apreciá-las melhor que o seu irmão sacristão, responsável pela guarda do Santíssimo Sacramento, e que muitos no mosteiro viam como um homem santo.
O irmão sacristão, por sua vez, deu as uvas de presente ao noviço mais jovem, de modo que esse pudesse entender que a obra de Deus está nos menores detalhes da Criação. Quando o noviço o recebeu, o seu coração encheu-se da Glória do Senhor, porque nunca tinha visto um cacho tão lindo. Na mesma hora lembrou-se da primeira vez que chegara ao mosteiro, e da pessoa que lhe tinha aberto a porta; fora este gesto que lhe permitira estar hoje naquela comunidade de pessoas que sabiam valorizar os milagres.
Assim, pouco antes do cair da noite, ele levou o cacho de uvas para o irmão porteiro.
− Coma e aproveite. Porque você passa a maior parte do tempo aqui sozinho, e estas uvas lhe faro muito bem.
O irmão porteiro entendeu que aquele presente tinha lhe sido realmente destinado, saboreou cada uma das uvas daquele cacho e dormiu feliz”.
Paulo Coelho – O Zarrir

2 de novembro de 2008

O tempo








CONTA E TEMPO
Deus pede estrita conta do meu tempo
E eu vou, do meu tempo, lhe dar conta;
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta,
Eu que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo
O tempo me foi dado e não fiz conta;
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
Hoje quero acertar conta e não há tempo.

Oh vós que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passa-tempo;
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta.

Pois aqueles que, sem conta gastam tempo,
Quando o tempo chegar de prestar conta,
Chorarão como eu, o não ter tempo.

(autor desconhecido)


DECÁLOGO DO TEMPO













I – Lembra-te que prestarás conta das horas que passam.
II – Aproveita a hora presente, pois ela representa o trabalho, o cumprimento do dever, o mérito.
III – Não esqueça que tempo perdido não se recupera mais.
IV – Tem alta consideração o valor do tempo.
V – Não percas tempo em bebidas, jogos e conversas ociosas.
VI – Um bom método economiza muito tempo.
VII – Recomendação especial: A pontualidade. Não faças ninguém perder tempo esperando por ti.
VIII – Emprega bem o tempo seguindo um programa.
IX – Luta contra os inimigos do tempo: preguiça e falta de ideal.
X – Aproveita o tempo enquanto é tempo.
(autor desconhecido)


OS DEZ MANDAMENTOS DO PREGUIÇOSO

I – Nasce cansado e vive para descansar.
II – Ama a sua cama como a si mesmo.
III – Se vê alguém descansando, ajuda-o.
IV – Descansa de dia para dormir de noite.
V – O trabalho é sagrado! Não o toca.
VI – Aquilo que pode fazer amanhã, não o faz hoje.
VII – Trabalha o menos que pode. O que tem para fazer, faz com que outra pessoa o faça.
VIII – Nunca ninguém morreu por descansar demais.
IX – Quando vem a vontade de trabalhar, senta e espera que ela passe.
X – Se trabalho é saúde, vive a doença.
(autor desconhecido)


“Quando alguém precisa de algum favor,
não deve procurar um preguiçoso”
(Anônimo)


Os três textos falam do mesmo tema, o tempo. O tempo e feito segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos... Somados irão compor nossa vida. Se jogarmos fora o tempo, estamos jogando fora a vida que temos.
No primeiro texto, vê-se claramente que alguém viveu esbanjando seu tempo, mas que só percebeu tardiamente o que fez. Vê-se que essa pessoa tinha consciência do que fazia, mas ignorou como se não o soubesse. A impressão que se tem é de uma pessoa bem velha, á beira da morte. Deu-se conta do que fez e agora, já que não pode reparar seu erro, alerta os que ainda podem fazer alguma coisa, para que não façam o mesmo, principalmente os jovens. Nota-se o seu arrependimento tardio. Não devemos fazer o mesmo. Chegar à velhice de mãos vazias, sem aproveitar nossa capacidade. A vida é uma oportunidade para se acumular sabedoria e fazer o bem.
O jovem, muitas vezes não tem consciência desse desperdício. Pensa que demora muito para ficar velho. Não sabemos a hora do nosso fim. Quanto se vão na flor da idade. Lembrar que nossos avós, bisavós..., já foram jovens um dia. Muitos já partiram. Outros fatos também podem ser comentados: o tempo empregado com coisas fúteis, a falta de ideal, a preguiça, a irresponsabilidade, falta de planejamento, a pontualidade, jogos, o empurrar para o outro, principalmente para os pais. A organização do tempo ajuda a evitar o stresse. Programar tempo para o trabalho, para as refeições, estudo, atividades físicas, convívio familiar, arte...



SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
RESPONDA:
a- Como você economiza seu tempo?
b- Você faz tudo que deve?
c- De que forma as pessoas gastam o tempo em passa-tempo?
d- Por que não devemos desperdiçar o tempo?
e- Se eu tivesse pouco tempo de vida eu...
f- Escreva dez regras de como aproveitar melhor o tempo
g- Crie os cinco mandamentos do trabalhador.


1 de setembro de 2008

S. O. S. Titanic



10 de abril de 1912: Um grande dia na história da navegação. O Titanic, o maior e mais luxuoso transatlântico construído até aquela data, parte com 2.200 passageiros a bordo para sua primeira viagem de Southampton para Nova Yorque. Devido a seu engenhoso e bem planejado sistema de compartimentos estanques, ele era considerado praticamente insubmergível. “Nem Deus consegue afundar esse navio!”, afirmaram alguns. 14 de abril, 23:00 horas: O Titanic recebe uma mensagem de rádio. “Cuidado, icebergs!” O aviso é desprezado. Que mal poderia fazer um pouco de gelo para o grande e poderoso navio? Mas então... 23:40 horas: De repente uma enorme montanha de gelo aparece na frente do Titanic. Os alarmes tocam. Um estranho ranger se faz ouvir. Grande agitação na ponte de comando. E aí vem a terrível comunicação: um rombo de 90 metros na proa! A água entra muito rapidamente apesar dos compartimentos estanques, subindo cada vez mais!

0:05 horas: Vinte e cinco minutos após a colisão. Ouve-se uma ordem: “Todos os passageiros para o convés! Preparar todos os botes salva-vidas!” O operador de rádio recebe a ordem para enviar a mensagem de S.O.S. S.O.S. – “save our souls – salvem nossas almas!” Mas muitos ainda nem se dão conta da seriedade da situação. A banda de bordo continua a tocar suas músicas. E muitos tentam desviar sua atenção do perigo real com a alegria fingida. Aproximadamente 0:30 horas: “Todos para os botes! Mulheres e crianças primeiro! Muitos se negam terminantemente a entrar nos botes salva-vidas. Eles dizem: “Não, nós não vamos. Queremos ficar. Aqui estamos mais seguros. O Titanic não vai afundar”. 0:45 horas: Os primeiros botes são lançados ao mar. Alguns apenas com a metade da sua capacidade de ocupação! Muitos dos lugares seguros nos botes ficam vazios. A maior parte dos 2.200 passageiros fica a bordo perplexa, indecisa. 2:18 horas: Todas a luzes do navio se apagam. O Titanic afunda nas gélidas águas do Atlântico, arrastando para a morte mais de 1.500 pessoas.

Esse foi o trágico final de um dos capítulos da história do orgulho humano. Muitos dos que estavam a bordo do Titanic faziam planos e estavam convictos que alcançariam Nova Yorque. Eles pensavam: “O que pode acontecer a esse navio tão imponente? Ninguém atrapalhará nossos planos!” Mas mesmo assim todos os planos se frustraram naquela noite. A Palavra de Deus nos diz: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Provérbios 16,18).

A questão decisiva é, se entreguei minha vida a Deus, colocando-a sob Sua direção ou se tento vive-la e administrá-la sem Ele. Planos sem Deus acabam num beco sem saída. Passar pela vida ignorando-O é uma catástrofe. Quem não coloca Deus em primeiro lugar vive num Titanic. Deus é nosso bote salva-vidas. Só Ele pode ser nosso S.O.S. . Façamos nosso pedido de socorro a Ele.

Peter Bronclik

25 de agosto de 2008

O pote rachado


Certo carregador de água, tinha dois grandes potes, cada um pendurado na ponta de um cabo, o qual ele carregava sobre seus ombros. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro pote era perfeito e sempre levava a poção completa de água até o final da longa caminhada. O pote rachado chegava só com a metade. Por dois anos isto se repetiu diariamente , com o carregador trazendo apenas um pote e meio de água.

Naturalmente, o pote perfeito estava orgulhoso de seu desempenho, perfeito até o final para o propósito a que tinha sido feito. Mas o pobre pote rachado estava envergonhado de sua própria imperfeição, e miserável por ser capaz de alcançar apenas metade daquilo a que tinha sido feito. Depois de dois anos do que sentia ser uma falha insuportável, ele um dia falou ao carregador perto do riacho:

- Estou envergonhado de mim mesmo, e eu quero me desculpar com você.

- Porque? - perguntou o carregador

- Tenho conseguido, nestes últimos dois anos, entregar apenas metade do meu carregamento porque esta rachadura faz com que a água vaze por todo o caminho. Por minha causa , você tem que realizar todo esse trabalho, e você não recebe o valor todo de seus esforços, disse o pote. O carregador sentiu pena do velho pote rachado e em sua compaixão ele disse:

- Enquanto nós voltamos á casa, eu quero que você note as flores lindas que há ao longo da trilha . De fato, a medida que eles subiram a colina , o velho pote rachado notou o sol que aquecia as lindas flores silvestres ao lado da trilha e isto o animou um pouco. Mas ao final da trilha , ele ainda sentia-se mal porque tinha vazado metade do seu carregamento.

O carregador disse ao pote :

- Você notou que haviam flores apenas em seu lado da trilha, mas nenhuma do lado do outro pote ? É porque eu sempre soube de seu defeito, e eu aproveitei o mesmo. Eu plantei sementes de flores do seu lado da trilha , e cada dia enquanto eu voltava do riacho você as regou. Por 2 anos eu tenho sido capaz de colher estas flores para decorar a casa . Sem você ser do jeito que é , nunca iria ter esta beleza para agraciar a casa.

Cada um de nós tem seus próprios defeitos. Somos todos potes rachados . Mas se nós permitimos a natureza utilizará nossos defeitos... Na imensa sabedoria divina, nada se perde.

Jornal Missão Jovem


16 de julho de 2008

Quando os bichos falavam



Houve uma vez uma grande assembléia de bichos. Vieram de toda a parte para se unir e rezar para conhecer e falar com o Grande Espírito, criador e mantenedor da VIDA. Pensando que poderia demorar vários dias, cada um trouxe comida dentro de um pote de barro. Tinha todo o tipo de pote: pintado, com alças, com tampa, sem tampa, redondo, oval, com desenhos, simples. Só de ver as vasilhas de barro, era um espetáculo!
Puseram-se a rezar e a refletir, mas nada do Grande Espírito. Passou tempo. Deu fome. Cada um foi para o seu lado comer. A onça tinha trazido só picuí, a cutia só pimenta, o jacaré só tucupi, o macaco só farinha, o veado só água e assim por diante. Cada um se satisfez e tornaram a rezar e a refletir. Continuaram assim durante três dias. Estavam cansados de esperar, cansados de sempre comer a mesma coisa e começaram a ficar irritados uns com os outros. Até duvidaram do Grande Espírito, pois este não aparecia mesmo.
No terceiro dia, o filhote da onça foi brincar com o filhote da cutia e disse: “amos misturar a pimenta de vocês com nosso picuí...” Dito e feito. Foi tão gostoso! Ele ficaram alegres e os outros filhotes também se aproximaram com farinha, tucupi, água. As mães, vendo aquilo, em dois toques arrumaram uma mesa grande, onde todos os potes de comida foram colocados em comum. Todo mundo veio e fizeram o maior banquete, bonito e alegre. Neste dia e neste banquete, conheceram o Grande Espírito.
Autor desconhecido.



ATIVIDADES:
1- Todos os animais reunidos oraram conhecer o Grande Espírito. Por que ele não chegou, apesar das orações.
2- O que significa os animais comerem apenas o seu alimento?
3- Por que os animais ficaram irritados uns com os outros?
4- Duvidar do Grande Espírito: O significa essa dúvida?
5- O que os animais filhotes descobriram?
6- Quem é o Grande Espírito?
7- Desenhe cenas do texto e escreva o que o texto nos quer ensinar.
8- Exposição dos desenhos com as mensagens.

12 de fevereiro de 2008

Bhagavad Gita


“O homem não nasce, e também nunca morre. Tendo vindo a existir, jamais deixará de faze-lo, porque é eterno e permanente.
Assim como um homem descarta as roupas usadas e passa a usar roupas novas, a alma descarta o velho corpo e assume um corpo novo.
Mas ela é indestrutível; espadas não podem cortá-la, o fogo não a queima, a água não a molha, o vento jamais a resseca. Ela está além do poder de todas as coisas.
O homem é indestrutível, ele é sempre vitorioso (mesmo em suas derrotas), e por isso não deve lamentar-se jamais”.
Bhagavad Gita (Capítulo II, 16-26)

Uma prece




“Ó Deus, quando presto atenção nas vozes dos animais, no ruído das árvores, no murmúrio das águas, no gorjeio dos pássaros, no zunido do vento ou no estrondo do trovão, percebo neles um testemunho da Tua unidade: sinto que Tu és o supremo poder, a onisciência, a suprema sabedoria, a suprema justiça.
Ó Deus, conheço-Te nas provas que estou passando. Permite, ó Deus, que Tua satisfação seja minha satisfação. Que eu seja Tua alegria, aquela alegria que um Pai sente por um filho. E que eu me lembre de Ti com tranqüilidade e determinação, mesmo quando fica difícil dizer que Te amo.”
Dhu’l-Nun (egípcio, falecido em 861 A.C.)

28 de setembro de 2007

Remédio ou veneno?


Um rico mercador grego havia convidado alguns amigos para um jantar. E para isso deu algumas orientações ao cozinheiro para que o banquete fosse inesquecível. O prato principal deveria ser o mais delicioso possível. Ele não devia preocupar-se com o preço. Um pouco antes do jantar, o mercador foi à cozinha para apreciar o famoso prato e ficou decepcionado. Tratava-se de um prato comum de línguas. Então esse é o prato mais delicioso? - quis saber.

E o empregado justificou sua opção. É com a língua que pedimos água, louvamos a Deus, dizemos o doce nome de mamãe. É com a língua que fazemos amigos, pedimos perdão, damos bons conselhos, consolamos, elogiamos as virtudes dos companheiros. É com ela que pronunciamos a frase mais maravilhosa possível: eu te amo.

Passado algum tempo, o mercador – um tanto curioso – mandou o cozinheiro preparar outro prato de comida. Desta vez queria o pior alimento. E mais uma vez, o prato escolhido foi língua. E para isso havia uma explicação lógica. É com a língua que enganamos o próximo, mentimos, amaldiçoamos, semeamos a discórdia e a malícia. Por causa da língua muitas famílias e comunidades foram divididas para sempre. Até guerras tiveram seu início com a palavra.

A língua humana é uma mediação, capaz do pior e do melhor. Nada é melhor, nada é pior... A língua humana é marcada pela ambigüidade. Ela pode matar, mas pode salvar. É veneno ou remédio. Ela revela aquilo que vai no coração. O próprio Jesus garantiu: “A boca fala daquilo que o coração está cheio” (Mt 12,34).

.............................................................................................

Aldo Colombo

O SILÊNCIO

- O que é que aprendes nesta vida de silêncio?, perguntou um visitante a um monge num mosteiro.

O monge, que estava tirando água de um poço, respondeu-lhe:

- Olha para o fundo do poço. O que vês?

O homem aproximou-se, olhou e disse:

- Nada. Não vejo nada.

O monge ficou quieto e silencioso durante instantes. Depois disse de novo:

- Olha agora. O que vês?

- Agora vejo o meu reflexo no espelho da água.

O monge comentou então: Antes a água estava agitada. Agora está parada. Assim é a experiência do silêncio. O homem descobre a si mesmo!

Revista Boa Nova (Portugal)


PENSAMENTO


Há pessoas que transformam o Sol numa simples mancha amarela, mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio Sol.

Pablo Picasso (1881-1973), pintor espanhol.

27 de agosto de 2007

Discriminação

O PATINHO FEIO

Lá embaixo, na campina, escondido pela grama alta, havia um ninho cheio de ovos. Mamãe Pata deitava-se nele, toda feliz, aquecendo os ovinhos. Ela esperava com paciência que seus patinhos saíssem da casca.

Foi uma alegria doida no ninho. Craque! Craque! Os ovinhos começaram a abrir.

Os patinhos , um a um, foram pondo suas cabecinhas pra fora, ainda com as peninhas molhados. No meio da ninhada, havia um patinho meio estranho, bem diferente dos outros.

Uma pata gorda, a linguaruda do quintal, foi logo dizendo:

- Mas o que é muito cinzenta e feia?

Mamãe Pata ficou triste com o comentário da linguaruda. Aí ela falou:

- Não vejo nada de errado com o meu patinho!

- Eu vejo - disse a linguaruda, completando: - Nenhum dos outros
patinhos é assim!

Alguns dias depois, Mamãe Pata foi se balançando lá para as águas do lago, com os patinhos atrás. Plaft! Ela pulou na água - e um por um, os patinhos pularam também.
Nadaram que foi uma beleza. Até o patinho feio nadou com eles também.

Hans Christian Andersen

O racismo e a discriminação a qualquer título são abomináveis aos olhos daqueles que vivem a verdadeira humanidade e que tratam aos outros com igualdade, respeito e amor independente da cor, da raça, do sexo, da idade, da profissão, etc...

(Cristina Baida Beccari)


USE O TEXTO "O PATINHO FEIO" E AS IMAGENS ABAIXO PARA TRABALHAR DIFERENTES TIPOS DE DISCRIMINAÇÃO:




10 de agosto de 2007

A arte de julgar os outros

Eram dois vizinhos. Um deles comprou um coelho para os filhos. Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. E os pais desta família compraram um filhote de pastor alemão. Então começa uma conversa entre os dois vizinhos:

- Ele vai comer o meu coelho!

- De jeito nenhum. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos "pegar" amizade!!!

E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes com os dois animais. Eis que o dono do coelho foi viajar no fim de semana com a família, e o coelho ficou sozinho.

No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche tranquilamente, quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra e morto. Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo, o cão levou uma tremenda surra! Dizia o homem: O vizinho estava certo, e agora? Só podia dar nisso! Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?!? Todos se olhavam. O cachorro, coitado, chorando lá fora,
lambendo os seus ferimentos.

- Já pensaram como vão ficar as crianças?

Não se sabe exatamente quem teve a idéia, mas parecia infalível:

- Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na sua casinha.

E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças.

- Descobriram!

Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.

- O que foi? Que cara é essa?

- O coelho, o coelho...

- O que tem o coelho?

- Morreu!

- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.

- Morreu na sexta-feira!

- Na sexta?

- Foi. Antes de viajarmos, as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu!

COMENTÁRIO:

A história termina aqui. O que aconteceu depois fica para a imaginação de cada um de nós. Mas o grande personagem desta história, sem dúvida alguma, é o cachorro. Imagine o coitado, desde sexta-feira procurando em vão pelo seu amigo de infância.
Depois de muito farejar, descobre seu amigo coelho morto e enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para seus donos, imaginando o fizessem ressuscitá-lo. E o ser humano continua julgando os outros..

Outra lição que podemos tirar desta história é que o homem tem a tendência de julgar os fatos sem antes verificar o que de fato aconteceu. Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?

Histórias como essa, são para pensarmos bem nas atitudes que tomamos. Às vezes fazemos o mesmo...

Colaboradores: Bel Frison e Rubens DR de Bicho

Imagens: Tartajuba brinquedos


28 de julho de 2007

Textos para reflexão

O HOMEM E O BOSQUE

 
Um lenhador, tendo perdido o cabo de seu machado, entrou certo dia na floresta e em tom de humildade, pediu-lhe que deixasse cortar um galho de árvore a fim de confeccionar outro para a sua ferramenta, prometendo em troca só devastar outras florestas.
Respeitaria ali, assim se obrigava, os antigos robles cuja vetuzes era tão respeitada pelo povo, não tocaria no pinho esguio e resinoso que fazia o encanto dos olhos, assim como respeitaria todas as demais plantas.
Deu-lhe a floresta o galho pedido; o lenhador no mesmo instante despojou-o da casca, rapidamente preparou o novo cabo e ajeitou-lhe na ponta o machado.
A seguir, o miserável, vibrando a arma renovada, pôs-se a cortar impiedosamente ciprestes, robles, louros e teixos, sem nada respeitar. E cada tronco que se abatia ao solo, doridamente gemia:
- Ah, fomos nós, desditosos, que lhe fornecemos os meios para nos abater!
A fábula explica a moral que no mundo, geralmente, paga-se o benefício recebido com fria ingratidão.


PENSAMENTOS:
A ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso. ( Machado de Assis)
A ingratidão não passa de uma prova para seu aperfeiçoamento. ( Mônica Bonfiglio )
A ingratidão é sempre uma forma de fraqueza. Nunca vi homens hábeis serem ingratos. ( johann Goethe )
Não dês a ninguém aquilo que te peça, mas aquilo que achas que necessita; e suporta logo a ingratidão. ( Miguel de Unamuno )



A FORMIGA E A POMBA



Uma formiga foi à margem do rio para beber água, e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha, e a deixou cair na correnteza perto dela. A formiga, subiu na folha, e flutuou com segurança até a margem.
Pouco tempo depois, um caçador de pássaros, veio por baixo da árvore, e se preparava para colocar varas com visgo perto da Pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo.
A formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha, e isso deu chance para que a Pomba voasse para longe a salvo.

Moral: O grato de coração sempre encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão. (Esopo)

10 de julho de 2007

Males da humanidade

FOFOCA, CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E MENTIRA


1 – FOFOCA: (intriga, mexerico, bisbilhotice).

Quão lamentável, mas este mal É o “disse que me disse”, que tem levados muitos a servirem aos propósitos maléficos. Vigie o vosso falar, para que não incorram no erro e sejam considerados por todos como fofoqueiros e indignos de confiança.

2 – CALÚNIA: (Falsa imputação (a alguém) de um fato definido como crime. Mentira, falsidade, invenção.)

Infelizmente esta prática é relativamente comum, frutificando a desarmonia e uma série de conseqüência. Se tens alguma queixa contra outrem, seja espiritual e procure a pessoa, numa conversa franca e ungida resolva as pendências.


3 – DIFAMAÇÃO: (Tirar a boa fama ou o crédito a; desacreditar publicamente; Falar mal)

O ato de difamar é visível entre pessoas. A satisfação de muitos é observar a vida alheia e destacar os erros, é prazeroso para estes falar da vida do próximo. Tudo é motivo para apontar e falar. Estes semeiam a discórdia.


4 – MENTIRA: (Mentir é afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade)

A mentira está muito atuante entre as pessoas. A sociedade atual tem a mentira como uma necessidade no dia-a-dia. Jamais devemos compactuar com a mentira. Nossa palavra deve ser sempre verdadeira, esta condição se aplica em todos os aspectos da vida; seja profissional, pessoal e ou religioso.


.Elias R. de Oliveira

http://www.vivos.com.br/index.htm

“A fofoca é o mais desprezível dos vícios; pois, por não poder influenciar o espírito e o caráter dos sábios, rasteja como uma serpente venenosa e refugia-se na alma dos fracos, tolos e ociosos”

(Gutemberg B. de Macedo)

O GALO E A RAPOSA



Fugindo as Galinhas e o Galo de uma Raposa, subiram na árvore. Como a Raposa não poderia fazer-lhes mal lá de baixo, cautelosamente disse ao galo: Vocês podem descer tranqüilamente, que agora decidiu-se fazer a paz universal entre todas as aves e animais; portanto, desçam aqui para festejarmos juntos este dia! O galo entendeu logo tratar-se de uma mentira; mas com dissimulação respondeu:- Esta novidade por certo é ótima e alegre, mas estou vendo três Cães chegando; vamos esperar por eles e então desceremos para comemorarmos todos juntos. Porém a Raposa, sem mais esperar, deu meia volta dizendo:- Bem, eu temo que eles ainda não saibam das novidades e me matem. E assim a Raposa foi embora bem depressa e as Galinhas e o Galo ficaram seguros.

Fábula de Esopo


27 de maio de 2007

O homem e a natureza



O CAPÍTULO PERDIDO


NO PRINCÍPIO era a Terra e ela tinha forma e beleza. E o homem habitava as planícies e vales da Terra. E disse o Homem: Edifiquemos prédios neste lugar: e construiu cidades e encheu a Terra com aço e concreto. E as campinas desapareceram. E viu o homem que isso era bom.
NO SEGUNDO DIA, o homem olhou as água da Terra. E disse: Joguemos nossos refugos nas águas para acabar com o lixo. E assim fez. E as águas ficaram poluídas e seu odor, fétido. E viu o homem que isso era bom.
NO TERCEIRO DIA, o homem olhou as florestas da Terra e viu que eram exuberantes. E disse: Serremos madeira para as nossas casas e cortemos lenha para nosso uso. Assim fez o homem. E as árvores desapareceram e a Terra se tornou árida. E viu o homem que isso era bom.
NO QUARTO DIA, o homem viu que os animais corriam livremente pelos campos e brincavam ao Sol. E disse: Enjaulemos os animais para nosso divertimento e os matemos por esporte. E assim fez o homem. Não havendo mais animais sobre a face da Terra. E viu o homem que isso era bom.
NO QUINTO DIA, o homem respirou o ar da terra. E disse: Espalhemos nossos detritos pelo ar, pois os ventos os dissiparão. E assim fez o homem. E o ar se impregnou de fumo e gases que não podiam ser eliminados. A atmosfera se tornou pesada com a fumaça que sufocava e ardia. E viu o homem que isso era bom.
NO SEXTO DIA, o homem olhou o próprio homem. E, ouvindo as muitas línguas e vendo as diferenças raciais, temeu e sentiu ódio. E disse: Façamos grandes máquinas para destruir estes antes que nos destruam. E construiu enormes máquinas e a Terra foi convulsionada com a fúria das grandes guerras. E viu o homem que isso era bom.
NO SÉTIMO DIA, havendo o homem terminado toda a sua obra, descansou. E a Terra estava silenciosa e vazia, pois já o homem não habitava a face da Terra. E isto foi bom?
Revista Mocidade
COMO PRESERVAR A FAUNA


Nunca usar roupa, complemento ou enfeite de decoração feito de produto ou subproduto cuja retirada implique na morte ou mutilação de qualquer animal. Exemplo: cosmético à base de óleo de tartaruga, plumas de pássaros, consumo de carnes de caça, etc.;

Jamais adquirir animais vendidos na rua;

Não freqüentar circos ou espetáculos com animais amestrados ou enjaulados;

Nunca ter como animais de estimação espécies silvestres como macacos, jaguatiricas, etc.;

Cuidar das plantas, aves e animais do local onde vive, denunciando às autoridades ecológicas qualquer movimentação estranha que prenuncie derrubada de árvores ou mata, (alçapões) de animais, ou caça.
MENSAGEM:
_ O menino que atormenta os animais, há de mais tarde atormentar a família e a Pátria. (Pitágoras)
_ Os maus tratos aos animais demonstram covardia e ignorância. (Leon Tolstoi)
OBSERVAÇÃO:
Muitos meninos ainda fazem estilingue e saem caçando passarinho por aí, matando pelo prazer de matar. O professor pode comentar sobre isso.

ATIVIDADES



- Colorir os desenhos, recortar e colar as figuras no caderno, copiando o que o homem fez do primeiro ao sétimo dia e como preservar a fauna

Para o professor:
Acesse o blog Palavras Articuladas e veja algumas imagens de tráfico de animais
Filme A walk in the woods. Mostra o que encontramos quando visitamos uma floresta. Escolha o idioma: Inglês ou Espanhol.