Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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18 de agosto de 2022

Tupi-guarani

Entenda a Língua Portuguesa do Brasil aprendendo o Tupi-Guarani

Língua indígena

Havia mais de 200 línguas no nosso Brasil, quando fomos descobertos. Em meados de 1700 três de cada quatro brasileiros falavam tupi. Muito tempo depois, em São Paulo, Amazonas e Pará, ainda predominava o Tupi. A língua portuguesa ganhou um colorido especial, por causa do contacto com o tupi e se distanciou muito do português falado em Portugal. O tupi também sofreu influência do português e as palavras se tornaram mais simples, desaparecendo muitos sons guturais e nasais.

A língua de contato entre o colonizador e os povos indígenas do litoral é o tupi mais precisamente o dialeto tupinambá. Os jesuítas estudam a língua, traduzem orações cristãs para a catequese e ela se estabelece como língua geral, ao lado do português. Na metade do século XVIII (1757), o tupi tem sua utilização e o ensino proibidos pelo Marquês de Pombal. Nessa época, o português se fortalece com a chegada de grande número de pessoas de Portugal. Com a expulsão dos jesuítas do país (1759), o português fixa-se definitivamente como o idioma do Brasil. 

Estudar a língua do indígena muito significativo para quem quiser conhecer a verdadeira história do Brasil. Nossa elite, nossa sociedade moderna e culta, infelizmente não lhe dá valor e coloca a língua tupi no rol das coisas inúteis, incompreensíveis e enigmáticas. Esqueceram uma língua comprovadamente rica e bela pelos seus cultores do passado. Uma língua que nem sequer desapareceu, ainda é uma língua viva no Brasil, falada em algumas regiões da Amazônia e desconhecida nas escolas públicas, exceto em algumas universidades em cursos específicos. O Padre José de Anchieta teve esta preocupação, escreveu "Arte de Gramática da Língua mais falada na costa do Brasil".

Herança tupi

Da língua indígena, o português incorpora principalmente palavras referentes à flora (abacaxi, buriti, carnaúba, mandacaru, mandioca, sapé, taquara, peroba, imbuia, jacarandá, ipê, cipó, pitanga, maracujá, jabuticaba, caju), à fauna (capivara, quati, tatu, sagüi, caninana, sucuri, piranha, araponga, urubu, curió, sabiá), a nomes geográficos (Aracaju, Guanabara, Tijuca, Niterói, Pindamonhangaba, Itapeva) e a nomes próprios (Jurandir, Ubirajara, Maíra).

A primeira vez que se tentou ensinar o tupi no nosso país foi em 1840. Em agosto de 1840 que o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen propôs, depois de longas conversas sábias e justas, que se pedisse com urgência ao Governo do Império a criação de cadeiras de língua tupi. O Governo Imperial não ouviu, não atendeu, não criou...

Em 1933 João Ribeiro fez outra tentativa. Ninguém o ouviu...

Estima-se entre 120 e 150 o número de línguas indígenas faladas hoje no Brasil. Durante o período colonial, a língua mais importante era o tupi-guarani, que apresentava duas variantes _ o tupi antigo e o tupinambá _ faladas na região que ia do atual Estado de São Paulo ao Estado do Maranhão.

APRENDA:

I = água Açu = grande -

Iguaçu = rio grande Ita = pedra - Ex: Itapeva, Itapema, Itatiaia, Tuba = cheio, repleto, em grande quantidade Araçatuba = Local onde há muito araçá Guaratuba = Local de muitos lobos = Local de muitos pássaros Mirim = pequeno

Localidades com nomes de origem Tupi-Guarani e seus significados:

Bahia

Aracatu = Tempo bom Andaraí = Rio dos morcegos

Aratu = Caranguejo preto dos mangues

Catu = Bom

Caitité = (cateto) porco do mato

Coatiba = Floresta

Camaçari = (Gama = seio) (çari = lágrima)

Guanambi = Beija-flor

Guaratinga = Garça branca

Itaparica = Curral das pedras

Itabuna = Pedra escura

Itambé = Pedra afiada

Itaperaba = Pedra brilhante

Ibicaraí = Terra santa

Ibicuí = Areia

Ituaçu = Grande cascata

Itapicuru = Pedra de cascalho

Jequié = Covo, armadilha para peixes

Utinga = Rio branco

Xique-xique = Cacto da caatinga

Ceará

Aracati = Vento de maresia

Acaraú = Acará preto (cascudo)

Ibiapina = Terra escalvada

Baturité = Serra boa

Canindé = Espécie de arara

Espírito Santo

Guarapari = Pesqueiro das garças

Itapemirim = Pedra pequena

Iuna = Água preta

Goiás

Goiânia = Arvore anileira (fornece tintura de cor azul)

Itumbiara = Cachoeira da caça

Pindorama = Terra das palmeiras

Porangatu = Muito bonito

Mato Grosso

Cuiabá = farinheiro

Iguatemi = Enseada verde-escuro

Poconé = Mão cansada

Maracaju = Chocalho amarelo

Paranaíba = Rio imprestável

Ponta Porã = Ponta bonita

Maranhão

Grajaú = Tipo de macaco preto

Igarapé = Caminho da canoa

Parnaíba = Rio ruim , sinuoso

Tutóia = Oh! Linda

Minas Gerais

Araxá = Panorama, horizonte

Abaeté = Homem bom

Bambu = Taquara grossa

Cambuí = Fruta deliciosa

Camanducaia = Queimada para caça

Caeté = Mata virgem

Caratinga = Peixe branco

Itabira = Pedra empinada

Itajubá = Pedra amarela, ouro

Itapajipe = Rio das pedras

Pará = Rio

Pirapora = Morada dos peixes

Paraopeba = Rio raso

Rio de Janeiro

Araruama = Comedouro de araras

Itaguaí = Enseada das pedras

Itatiaia = Pedras aguçadas

Magé = Pajé, feiticeiro

Niterói = Água escondida

Parati = Mar tranqüilo

São Paulo

Avaré = Padre

Araçatuba = Lugar de muitos araçás (fruta semelhante à jabuticaba)

Araribá = Fruta de arara, de papagaio

Atibaia = Clima e água saudáveis

Anhembi = Rio dos inhambus (ave )

Bauru = Cesto de frutas

Boituva = Lugar de muitas cobras

Cabreuva = Árvore da coruja

Caçapava = Clareira na mata

Cananéia = Monte espesso, separado

Guaratinguetá = Muitas garças brancas

Mogi Guaçu = Rio das cobras grandes

Mogi Mirim = Rio das cobras pequenas

Pacaembu = Lugar das pacas

Paraitinga = Rio das águas claras

Piracicaba = Colheita de peixes

Piratininga = Peixe seco

Sorocaba = Rasgão na terra

Tupã = Deus

Tietê = Canário da terra

Taubaté = Taba (aldeia)

Ubatuba = Lugar de muitas canoas

Votuporanga = Colina ou vento bonito

Paraná

Cambé = Homem do mato

Goiô-Erê = Água do Campo

Guarapuava = Barulho das garças

Guaíra = Intransitável

Ipiranga = Rio vermelho

Iporã = Rio Bonito

Curitiba = local com muitos pinheiros

A Língua Portuguesa no Brasil herdou palavras indígenas ligadas à flora, à fauna, bem como nomes próprios e geográficos.

Referentes à flora:

abacaxi
abacaxi - buriti - carnaúba - capim - mandacaru - caatinga amendoim - banana - pipoca - canjica - araticum - - abóbora - mandioca - sapé - taquara - bambu - peroba - imbuía - jacarandá - ipê - cipó - pitanga - maracujá - jabuticaba - caju

pé de mandacaru
Referentes à fauna: capivara arara - cutia - jacaré - jibóia - lambari - tamanduá - cupim - siri - motuca - quati - tatu - sagüi - caninana - sucuri - piranha - araponga - urubu - curió - sabiá
Arara

Expressões:

Andar na pindaíba = estar sem dinheiro

Estar de tocaia = Ficar na espreita, ficar observando

Cair na arataca = Cair numa cilada, cair numa armadilha

Nomes próprios:

Jurandir - Ubirajara - Maíra - Iara - Araci - Iracema - Jaci - Jurema - Moema - Tami - Tainá - Ubiratã - Tupã

Referências:

IBGE

FUNAI

Dicionário de Tupi-Guarani Dicionário de Tupi-Guarani

3 de maio de 2015

127 Horas


O texto abaixo foi extraído do Capítulo Quinze, páginas 359, 360 e 361 do livro "127 Horas", de Aron Ralston, publicado pela Editora Seoman. Aron Ralston, alpinista experiente, em uma caminhada sozinho pelo deserto de Utah, nos Estados Unidos, num desfiladeiro estreito sofreu um grave acidente, quando deslocou uma rocha de quase meia tonelada e teve sua mão direita presa. Tentou se soltar de inúmeras formas, usando seus equipamentos de alpinista. Com pouca água e comida, consumiu aos poucos seus suprimentos até acabarem, passando a beber sua urina. Após vários dias, quando se viu sem chance alguma de sobreviver, pois não disse a ninguém para onde ia, num ato de desespero e coragem, quebrou seu braço e com canivete o amputou. Livre, continuou sua batalha para sobreviver.
O texto em primeira pessoa é narrativo descritivo, com riqueza de detalhes que emocionam e nos transportam ao local onde o alpinista encontrou água e bebeu, até podemos nos colocar no lugar da personagem, sentir sua coragem, sua alegria, sua dor e, principalmente sua sede.




..........................................................................................................................
O ar escaldante seca  os meus poros e eu sou torturado por três minutos enquanto faço uma série prolongada de ajustes e manobras infinitesimais para manter o meu corpo embaixo da plataforma. Finalmente, solto um pouco mais a corda através do ATC, os meus pés descendo soltos pela borda inferior da plataforma e estou pendurado livre da parede na minha corda, a cerca de 18 metros do chão. Um momento de deleite vertiginoso substitui a minha ansiedade enquanto giro sobre mim mesmo para ficar de frente para o anfiteatro, flutuando à vontade no ar. Deslizando a corda para baixo, indo mais rápido à medida que me aproximo do solo, observo o eco das minhas cordas cantando enquanto elas deslizam pelo ATC.

Tocando o chão, puxo o chicote de seis metros de comprimento das minhas cordas através do aparelho de rapel e imediatamento arremeto para a poça aureolada de lama. Saio do sol para a sombra fria, soltando bruscamente a mochila do lado esquerdo e depois mais delicadamente por cima do braço direito, e de novo retiro a Nalgene. Quando abro a tampa desta vez, arremesso o conteúdo na areia pelo lado lado esquerdo e encho-a na poça, afastando folhas e insetos mortos ao longo da água aromática. Estou tão ressecado que saboreio a umidade elevada ao redor da piscina e isso aguça minha sede. Chocalho o líquido para enxaguar a garrafa e depois esvazio de novo o conteúdo para o lado.

Passando a garrafa pela piscina duas vezes, encho-a de novo com a água marrom. No tempo que demora para levar o bocal da Nalgene aos meus lábios, discuto se devo beber devagar ou engolir de uma vez, e decido provar e depois engolir de uma vez. As primeiras gotas encontram a minha língua e, em algum lugar no céu, um coro principia a cantar. A água está fria e, melhor de tudo, é adocicada, como um vinho do porto de alta qualidade depois do jantar. Bebo o litro inteiro em quatro goles encadeados, afogando-me no prazer, e depois estendo a mão para tornar a encher a garrafa. (Tem tanto para beber.) O segundo litro segue do mesmo modo e torno a encher a garrafa uma vez mais. Imagino se a água teria esse gosto maravilhosamente adocicado para uma pessoa normalmente hidratada. Se  a água realmente é assim tão deliciosa, o que a deixa dessa maneira? Será que as folhas mortas fermentam o líquido em algum tipo de chá do deserto?

Sento-me na borda da poça e, por um momento, estou feliz comigo mesmo, como se minha sede fosse tudo o que realmente importasse, e agora que cuidei dela, estou totalmente a vontade. Tudo desaparece. Até mesmo de notar a dor do meu braço. Eu fantasio que estou num piquenique, sentado à sombra depois de um lanche prolongado, sem nada a fazer a não ser observar as nuvens passarem.

Mas sei que o alívio terá vida curta. Relaxo como estou, tenho 13 quilômetros de caminhada pela frente para chegar até minha caminhonete e preciso me preparar para isso. Observo vários conjuntos de pegadas de cascos de cavalo na areia à minha direita. Alguém ou um grupo de pessoas, andou cavalgando por essa parte do cânion desde a última tempestade. O meu coração salta ao pensar que poderia cruzar com um grupo de caubóis em algum ponto da minha caminhada, mas não me deixo enganar a ponto de alegrar ou manter muitas esperanças. As pegadas ressecadas em forma de maçã, pontuando o caminho pelo leito seco por uns 50 metros cânion abaixo, dizem-me que faz mais de um dia que aqueles cavalos passaram por aqui.

Bebo o terceiro litro de maneira mais conservadora .......................................................................................................................... seguro a câmera na mão esquerda para um autorretrato com a poça de água ao fundo. 
.......................................................................................................................... encho o recipiente com dois litros de água adocicada.



ATC: Air Traffic Controller, marca comercial de um aparelho de freio/descensor de rapel. 
NALGENE: marca comercial de uma empresa que fabrica garrafas de água para esportes radicais e de aventura. 


Sugestões de atividades:

1- Leitura do texto.
2- Comentário
3- Levar os alunos a um local para beberem água.
4- Encenação
5- Desenhos.
6- Exposição dos desenhos
6- Pesquisa sobre a água potável no Planeta Terra.



11 de agosto de 2014

Leitura e Arte


Um novo fóssil de dinossauro foi achado em Cuenca, na Espanha, e parece responder a uma antiga questão da paleontologia: afinal, as aves são uma sequência evolutiva dos grandes répteis do passado? Este novo fóssil encontrado pode estar nos aproximando da solução: cientistas espanhóis descobriram que o dinossauro em questão tem uma espécie de corcova, que pode indicar a presença de um primitivo folículo de penas.

Eis o nome que a nova espécie recebeu: Concavenator Corcovatus (que significa “carnívoro de corcovas de Cuenca”), e foi subdividido em um grupo conhecido como terópodes (é deste grupo que os pássaros foram supostamente originados). Estes dinossauros eram encontrados no continente de Gondwana (curso rápido da geografia que você já viu na escola: há 200 milhões de anos, o continente único, Pangeia, se dividiu em Laurásia e Gondwana. A Gondwana daria origem aos continentes do hemisfério sul), no período triássico.
http://hypescience.com/mais-uma-evidencia-de-que-as-aves-vieram-dos-dinossauros-e-encontrada/

1- Leitura do texto: 
a- Leitura feita pelo professor
b- Leitura silenciosa
c- Leitura feita para o grupo.
d- Leitura feita em coro.

2- Pesquisa sobre a origem e evolução das aves;

3- Sugestões de atividades de arte usando diversas técnicas: recortar, colorir, pintar, dobrar, colar, montar.


Aves feitas com mãos recortadas

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Galinhas feitas com cabaças coloridas com tinta preta com detalhes em biscuit

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Feitas com filtros de café


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Feita com luva de tricô

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12 de janeiro de 2010

Lista da normalidade


"Lista da normalidade": é um texto que faz parte do livro " O vencedor está só", de Paulo Coelho. Após sua leitura, poderemos mudar muitos de nossos velhos conceitos.




Vira-se para um dos “amigos”:

 O que é ser normal?

...........................................................................................

 Viver como uma dessas pessoas que não tem ambição nenhuma  responde finalmente.

Javits tira a lista do bolso e a coloca em cima da mesa.

 Ando sempre com isso. E vou acrescentando itens.

O “amigo” responde que não pode ver isso agora, precisa prestar atenção ao que está acontecendo. O outro, porém, mais relaxado e mais seguro, lê o que está escrito:

Lista da normalidade

1) É normal qualquer coisa que nos faça esquecer quem somos e o que desejamos, de modo que possamos trabalhar para produzir, reproduzir, e ganhar dinheiro.

2) Ter regras para uma guerra (Convenção de Genebra).

3) Gastar anos fazendo uma universidade, para depois não conseguir trabalho.

4) Trabalhar de nove da manhã as cinco da tarde em algo que não dá o menor prazer, desde que em trinta anos a pessoa consiga aposentar-se.

5) Aposentar-se, descobrir que já não tem mais energia para desfrutar a vida, e morrer em poucos anos, de tédio.

6) Usar botox.

7) Entender que o poder é muito mais importante que o dinheiro, e o dinheiro é muito mais importante que a felicidade.

8) Ridicularizar quem busca a felicidade, chamando-o de “pessoa sem ambição”.

9) Comparar objetos como carros, casas, roupas, e definir a vida em função dessas comparações, em vez de tentar realmente saber a verdadeira razão de estar vivo.

10) Não conversar com estranhos. Falar mal do vizinho.

11) Sempre achar que os pais estão certos.

12) Casar, ter filhos, continuar juntos mesmo que o amor tenha acabado, alegando que é para o bem da criança ( que parece não estar assistindo às constantes brigas).

12ª)Criticar todo mundo que tenta ser diferente.

14) Acordar com um despertador histérico ao lado da cama.

15) Acreditar em absolutamente tudo o que está impresso.

16) Usar um pedaço de pano colorido amarrado no pescoço, sem qualquer função aparente, mas que atende pelo pomposo nome de “gravata”.

17) Nunca ser direto nas perguntas, mesmo que a outra pessoa entenda o que se está querendo saber.

18) Manter um sorriso nos lábios quando se está morrendo de vontade de chorar. E ter piedade de todos os que demonstram seus próprios sentimentos.

19) Achar que a arte vale uma fortuna, ou que não vale absolutamente nada.

20) Sempre desprezar aquilo que não foi difícil de conseguir, porque não houve o “sacrifício necessário”, e portanto não deve ter as qualidades requeridas.

21) Seguir a moda, mesmo que tudo pareça ridículo e desconfortável.

22) Estar convencido de que toda pessoa famosa tem toneladas de dinheiro acumulado.

23) Investir muito na beleza exterior, e se preocupar pouco com a beleza interior.

24) Usar todos os meios possíveis para mostrar que, embora seja uma pessoa normal, está infinitamente acima dos outros seres humanos.



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11 de novembro de 2009

Asas e raízes


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Hamid pediu tempo para pensar. Foi até o túmulo de seu pai, rezou a tarde inteira. Caminhou durante a noite pelo deserto, sentiu o vento que congelava os seus ossos, e voltou até o hotel onde os estrangeiros estavam hospedados. “Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”, diz um provérbio árabe.

Precisava das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua, descobrimos como nossos antepassados superavam seus problemas. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por esse lugar.

Precisava das asas. Elas nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes, e aprender com eles.

Pediu inspiração a Deus, e começou a rezar. Duas horas depois, lembrou-se de uma conversa de seu pai com um dos amigos que freqüentava a loja de tecidos:

Hoje de manhã, meu filho me pediu dinheiro para comprar um carneiro; devo ajuda-lo?

Essa não é uma situação de emergência. Então, aguarde mais uma semana antes de atender o seu filho.

Mas tenho condições de ajudá-lo agora; que diferença fará esperar uma semana?

Uma diferença muito grande. A minha experiência mostrar que as pessoas só dão valor a algo quando têm a oportunidade de duvidar se irão ou não conseguir o que desejam.

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O vencedor está só – Paulo Coelho

6 de novembro de 2009

Um amigo fiel

Ainda não vi um texto que supere a descrição de um cão, como este, escrito pelo advogado George G. West. Com ele, representou, num tribunal, o proprietário de um cão morto a tiros, propositadamente pelo vizinho, na cidade de Warrensburg, EUA. O fato aconteceu há mais de um século, e foi gravado na entrada do tribunal de justiça daquela cidade.



Senhores jurados!

O mais verdadeiro dos amigos que um homem pode ter neste mundo egoísta, aquele que nunca o abandona e nunca mostra ingratidão ou deslealdade é o cão.

Ele permanece com seu dono na prosperidade e na pobreza, na saúde e na doença. Dormirá no chão frio, onde os ventos invernais sopram e a neve se lança impetuosamente.. Quando só ele restar ao lado de seu dono, ele beijará a mão que não tem alimento para oferecer, lamberá as machucaduras e as dores que aparecem nos encontros com a violência do mundo.


Ele guarda o sono de seu pobre dono como se fosse de um príncipe.

Quando todos os amigos o abandonarem, o cão permanecerá. Quando a riqueza desaparece e a reputação se despedaça, ele é constante em se amor, como o Sol na sua jornada através do firmamento. Se o destino arrasta o dono para o exílio, o desamparo e o desabrigo, o cão fiel pede o privilégio maior de acompanhá-lo, para protege-lo contra o perigo, para afrontar seus inimigos.



Quando a últimas cena se apresentar, a morte o levar em seus braços e seu corpo for deixado na laje fria, mesmo que todos os parentes se retirem, lá ao lado da sepultura, se encontrará seu nobre cão, a cabeça entre as patas, os olhos tristes, mas em atenta observação, fé e confiança, mesmo diante da morte.

George G. West


SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

- Leitura do texto;

- Pesquisa dos significados das palavras desconhecidas em dicionário;

- Desenho dos parágrafos do texto;

- Descrição de animal de estimação (cão, gato, coelho, tartaruga...)

- Pesquisa das raças caninas mais populares;

- Pesquisa de pensamentos sobre cães;

- Pesquisa de poemas sobre cães;

- Visita a uma entidade que cuida de cães abandonados e estimula sua adoção;



Furika (Foi adotada por minha filha Camila)


A Prece do Cão


Trata-me com carinho, meu amado mestre, pois nenhum coração em todo o mundo será mais agradecido do que o meu.


Não tente me educar com pancadas, pois embora eu possa lamber-lhe as mãos entre um golpe e outro, a sua paciência e compreensão ensinar-me-ão mais rapidamente as coisas que espera que eu aprenda.


Fale-me muito, pois tua voz é a doce música do meu mundo, como pode perceber pelos ardentes sacolejos de minha cauda quando ouço os seus passos...

Quando o tempo está frio e chuvoso, conserve-me dentro de casa, pois sou um animal doméstico, sem preparo para enfrentar as interpéries do tempo, e a minha maior glória será o privilégio de sentar-me a seus pés.


Conserve minha vasilha com água fresca, pois além de não poder reclamar quando ela está seca também não posso dizer-lhe quando estou com sede.


E quando eu estiver bem velho, se o todo PODEROSO me privar de saúde e da visão, por favor não me vire as costas...


Faça-me o bem de deixar que a minha vida de dedicação e fidelidade possa se extinguir suavemente e eu farei sentir com o meu último alento que sempre me senti seguro em suas mãos.


Amém

http://www.forumnow.com.br


SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

- Leitura do texto em forma de Jogral;

- Colar a foto do animal de estimação e escrever um depoimento como se fosse o animal.





DR. PET - Cães abandonados

http://www.caocidadao.com.br