A
intensidade da vida depende de como a olhamos.
Há pintores
que iriam achar belo este prato de uvas que se encontra sobre a mesa; e
tentariam pintá-las com todo seu frescor, sua cor, sua luz e sua forma.
E nós,
quando olhamos o quadro que resultou disso, devemos pensar nos vinhedos, como
eles cresceram, como foi a colheita. Pensar na loja onde o vinho destas uvas
será vendido, e nas bocas que provarão; entender que cada uma delas veio de um
lugar diferente, embora estejam todas no mesmo prato. Reparar que esse prato é
chinês, e recordar tudo o que aprendemos sobre a China.
Então
nossos olhos se dirigem à mesa onde o prato repousa, e pensamos de que madeira
é feita, como era a árvore de onde foi tirada, quem a cortou, e onde vivia o
lenhador com sua família.
Ver as
coisas dessa maneira enriquece a imaginação, e nos abre para um mundo muito
mais rico.
As crianças
deviam aprender a fazer isso.
Kahlil
Gibran – do livro CARTAS DE AMOR DO PROFETA – Adaptação de Paulo Coelho
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A humanidade é um oceano. Se algumas gotas estão sujas, isso não significa que ele todo ficará sujo. (Mahatma Gandhi)